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O caminho até o vaporetto foi envolto em um silêncio contemplativo, com nossos passos ecoando suavemente nas ruas desertas. Veneza parecia ainda mais encantadora à noite, com as luzes refletidas nos canais criando um brilho suave e mágico. Foi naquele momento, quando Duncan tomou o chá apesar da careta que fez, que percebi o quanto ele realmente me afetava. Aquele gesto simples era a prova que eu precisava de que ele estava disposto a fazer nosso relacionamento funcionar.

Enquanto caminhamos, Duncan tirou seu sobretudo preto e o colocou sobre meus ombros com uma gentileza inesperada. Ele tem suas virtudes, afinal.

— Está esfriando. — disse ele calmamente, ajustando o casaco sobre mim.

— Obrigada. — sorri em agradecimento, sentindo o calor de suas roupas me envolver como um abraço.

Eu adorava quando ele demonstrava cuidado comigo, quando parecia preocupado e perturbado. A ideia de que eu mexia com ele de alguma forma me dava uma sensação reconfortante e única, uma sensação de pertencim
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