Soti saiu satisfeito, embora um pouco invejoso afinal, tudo que era bom era do sargento, eles dormiam em pequenas barracas, o sargento tinha uma tenda só para ele, até cama ele tinha.
Soti soltou a corda que estava presa ao carro e cutucou as pernas de Rosana com o bico da bota.- Vamos o sargento quer vê-la, seja educada e talvez tenha uns dias melhores. Ele disse se achando superior.Rosana estava fraca e com dificuldades para se levantar com as mãos presas. –Ande não temos o dia todo.Na verdade já passavam do meio dia, ela tinha dormido a noite, a invasão tinha acontecido no meio da tarde do dia anterior.Ela se levantou com dificuldade e o seguiu sendo puxada, ainda, pela corda. Quando entraram na tenda ele a empurrou e ela caiu no chão, seus cabelos se espalharam por seu rosto e quase cobriram seu corpo.Raoni era um homem de meia idade, devia ter uns quarenta e cinco anos, Rosana era uma jovem garota de dezenove anos.Ele estendeu o cabo do açoite e o colocou no queixo de Rosana fazendo a levantar a cabeça para encara-lo.Quando o homem viu o belo rosto dela e seus olhos particularmente encantadores, seus olhos brilharam com luxuria.- Como é seu nome? Ele perguntou a ela, que desviou o olhar e se manteve calada.- O que é? Você é tão primitiva que não sabe falar? Ele disse de forma arrogante de abaixando para encara-la.Rosana o olhou com ódio, ela o encarou e se recusou a responde-lo.- Se você for boazinha comigo pode ter uma vida mais fácil enquanto estivermos por aqui. Ele disse tocando o rosto dela, que tentava recuar.- Selvagem? Na cama você também se comporta assim? Ele disse enquanto se levantava.- Leve-a para a tenda das camareiras, peçam para que deem-lhe banho e algo para comer, depois traga-a aqui.Assim, cabo Soti puxou Rosana até a tenda e deu o recado, ficou para fora aguardando, ele estava com fome e até agora não tinha tido tempo para comer.- Me arrumem algo para comer enquanto está criatura se arruma para o sargento.As mulheres olharam para Rosana com pena, já haviam ouvido falar de como o sargento era repugnante e como tratava as mulheres, elas mesmas eram maltratadas todos os dias, mas ele nunca quis dormir com nenhuma delas.Rosana se recusou a tomar o banho ela não queria tirar a roupa, as mulheres tentavam convence-la, pois se o sargento se zangasse sobraria para elas também.- Como posso tirar as roupas com as mãos amarradas? Rosana disse, estendendo as mãos.As mulheres olharam para Soti que estava mordendo uma coxa de frango.- Eu não sei, façam vocês. Ele disse mais preocupado com a comida que estava em sua marmita.- Se te soltarmos promete não fugir? Uma delas perguntou.Rosana assentiu, mas quando a mulher lhe soltou ela deu um empurrão na camareira e saiu correndo, mas não foi muito longe. Olhando para trás caiu e logo ouviu uns gritos dos soldados e ela foi pega e trazida novamente, ela vinha se debatendo tentando escapar, foi jogada no chão com força.Ela sentiu um puxão em seu cabelo –Eu dei a você a chance de tirar estes trapos e encher essa sua barriga miserável, e você tenta fugir? Você achou mesmo que podia fugir de mim? Raoni disse com o rosto bem próximo do dela.Rosana olhou para ele e cuspiu em seu rosto.Ele a esbofeteou e prendeu suas mãos tentado beija-la a força, ela o mordeu ferindo o nariz dele, ela mordeu com tanta força que o homem urrou soltando-a e levando as mãos ao nariz que agora doía muito e sangrava.Ele foi socorrido por Soti e Rosana levada para uma espécie de solitária por outros soldados, um caixote bem pequeno onde a pessoa fica presa sentada dentro com os joelhos dobrados.Rosana passou a noite no caixote, na manhã seguinte não sentia seus pés e pernas.O Sol começou a esquentar e dentro daquele lugar estava muito quente e abafado.De repente a portinhola se abre ela, nem consegue identificar quem a está puxando para fora. Mais uma vez ela é arrastada para a tenda do sargento e jogada aos seus pés.Paf! Ela recebe um tapa no rosto e cai no chão.-Selvagem imunda, espero que tenha aprendido a lição, você pagará caro pelo que me fez. O homem disse raivoso olhando no espelho o nariz ferido pela mordida que ela deu.Rosana, ficou um tempo caída, seu ouvido zumbia e sua cabeça parecia girar, ela estava fraca, como comiam mal, as horas que ela já estava sem comer eram suficientes para sua pressão arterial cair e ela sentir muita fraqueza.- Deem um banho nela e não façam a bobagem de soltá-la novamente. Ele ordenou.Levaram-na e a jogaram em uma tina grande de água fria, Rosana sentiu seus ossos doerem, ela estava com muita raiva, ela nunca havia experimentado um sentimento tão ruim assim.As camareiras queriam tirar suas roupas ela não deixou, as mulheres se viram em dificuldades, se não fizessem o que lhes foi ordenado, elas poderiam ser castigadas.Com muito custo as mulheres rasgaram as roupas de Rosana a deixando nua, ela por vergonha acabou cedendo e vestindo um vestido que lhe deram.Ele era branco, de mangas longas e largo para ela, pois era muito mais magra e esguia que as camareiras, provavelmente o vestido era de uma delas. O vestido também ficou curto.Soti a pegou pelo braço e a trouxe para a tenda de Raoni que ao vê-la sentiu seu corpo formigar, ele já tinha visto que ela era bonita, mesmo suja e maltrapilha, agora que estava limpa e com uma roupa descente, mesmo que simples, ela era de “encher os olhos”.- Vocês podem ir. Ele disse sem nem olhar para Soti e o outro que estava de plantão na porta da tenda.- Você achou que ia fugir de mim? Deixa eu te contar uma coisa eu sempre consigo o que quero! Ele disse se aproximando dela até que ela encostou em um móvel.Rosana estava apavorada, suas pernas estavam tremendo. Raoni tocou sua cintura , apesar de magra seu corpo era bonito e muito fresco, ela era muito jovem, sua boca estava seca de desejo, ele a pressionou contra escrivaninha. Rosana passou a mão pela mesa e achou um objeto, que até aquela hora ela não sabia o que era, era um candelabro, ela o bateu com força na cabeça do sargento, que cambaleou para o lado soltando-a, ela aproveitou e saiu correndo. Raoni não esperava o golpe e ficou um pouco tonto, passou a mão na fronte, estava sangrando. -Insolente! Peguem esta selvagem ele gritou, vou lhe ensinar uma lição. Rosana correu unindo todas as suas forças, mas ela foi capturada, a trouxeram para o centro do destacamento. Ela foi jogada ao chão, ela não tinha forças para se levantar. Seus joelhos estavam ralados e sua mão estava doendo pela queda. - Me traga meu açoite. Raoni gritou, ele agora estava com uma faixa na cabeça. Plaft! AHHH! Rosana gritou ao sentir a pele de suas cost
A garotinha saiu e pegou na mão de seu pai, que a subiu no caminhão. Assim que o caminhão saiu, Yuri caminhou rapidamente para o caixote, da forma que estava o sol a pessoa que estava ali, poderia até morrer desidratada. No caminho ele fez um sinal para que um soldado seu viesse também. Ele se pôs de frente para o caixote e pediu para que abrissem. O soldado abriu, mas a pessoa lá dentro não se moveu, ele olhou para dentro do caixote e pensou que poderia ser tarde demais. - Vá e chame o sargento. Ele levou as mãos nas têmporas. Quando Raoni chegou ele o ordenou que tirasse a pessoa da caixa. Raoni estava relutante, pois já conhecia Yuri, mas ele não tinha muita opção. - Ela é rebelde, tacou um objeto em minha cabeça. Ele disse em sua defesa, mostrando a faixa em sua testa. - Tire-a. Ele disse muito irritado. Quando Raoni tirou Rosana do caixote, ela só murmurava, pouco se entendia o que ela dizia, mas uma coisa era bem audível “não me toque”. Muito irritado ao ver a pequena
Ele colocou a colher de volta no prato, se virando para sair disse: - Agora coma, se quiser se manter viva. Ele disse saindo da tenda. Percebendo a teimosia de Rosana ele resolveu sair da tenda para que ela ficasse à vontade e pudesse comer sossegada.Rosana estava com muita fome, ele pode vê-la comendo pela sombra projetada na parede da tenda, ele riu sozinho, ela era bonita, selvagem e tinha personalidade, ele gostou disso. Ele deu uma volta pelo destacamento e ficou muito irritado com aquela bagunça, tudo destruído. Ele foi até a tenda dos soldados e muitos estavam bêbados jogados em meio a sujeira – O que acontece aqui? Vocês são uma vergonha para o império! Ele disse em voz alta. Os homens levantaram, alguns cambaleando, e se colocaram em formação. - Hoje vocês não dormirão, quero isso aqui limpo e quando terminarem aqui passarão para o pátio e em silencio não quero ouvir um pio, ao amanhecer quero tudo pronto e impecável! Foi isso que vocês aprenderam? Onde está seu superi
Raoni estava deitado no banco de um caminhão quando viu as duas pessoas chegar, sua inveja, há muito guardada, estava a flor da pele. Há muito tempo ele se incomodava com Yuri, ele era bom, mas será que o bastante para ser tão jovem e já ser Marechal? Tinha algo a mais? E porque ele se achava superior e diferente dos outros? Rosana deitou e ficou pensando no que Yuri disse, ela nem sabia o nome dele, só sabia sua patente, ele tinha razão desde muito nova ela também pensava assim. Ela adormeceu. Yuri também acabou pegando no sono, mas acordou muito antes de Rosana. Ele foi até a cozinha e preparou o café, e pediu a camareira para preparar a agua com as ervas para tratar as feridas de Rosana. Depois ele foi tomar um banho, com as confusões do dia anterior ele não havia tomado banho, Yuri tinha hábitos muito diferentes dos militares, nem sempre ele foi militar, ele serviu porque todo homem em sua província tem que servir, mesmo que seja alguém de posses e até o filho do imperador.
Ela deu a camisa para ele e pegou o cantil, ela se inclinou como ele fez, mas quando ela inclinou o cantil a agua caiu no rosto dela, que se afogou e molhou seu colo. Yuri não pode deixar de perceber seu lindo colo molhado, mas também achou graça do acesso de tosse da garota. - Beba no bico. Ele disse. Ela olhou para ele, como quem diz, mas o cantil é seu. - Beba estou dizendo. Ele disse insistiu.Ele ficou a observando, que envergonhada colocava delicadamente os lábios rosados na boca do cantil. O estomago dele se encolheu neste momento e pensamentos não tão puros passou por sua mente. Os dois seguiram calados, cada um com suas recordações. Ela com a imagem dele tomando a agua, a regata evidenciava seus músculos e o quando ele levantou a cabeça para beber a agua, no gargalo, seu maxilar perfeito ficou ainda mais evidente. Ele enquanto dirigia sem propósito ficou imaginando aquele vestido fino molhado, evidenciando as curvas dos seios dela, seus delicados lábios tocando o cant
Ela olhou para ele, derrotada e entrou, mas para sua surpresa ele entrou logo depois dela. -Tire seu vestido e se enrole na toalha. Ele disse se virando de costas para ela. Ela se assustou quando ouviu as ordens dele, depois ela entendeu que era para que ele pudesse fazer o curativo em suas costas. Ela sentiu um frio em sua barriga enquanto se despia, seu coração estava acelerado, mas não era só ela que estava experimentando sensações novas, Yuri também nunca tinha ficado tão próximo de uma mulher nua assim. -Terminei. Ela disse timidamente sentada sobre uma espécie de saco de dormir sobre um alambrado de madeira. Ele se virou pegou uma toalha se secou e tirou sua camisa que estava molhada, ele colocou uma camiseta, ele pegou o balsamo e aplicou nas costas de Rosana – Já está bem melhor. Ele disse subindo a atoalha para cobrir as costas dela. -Vou me virar e você coloque a camisa, está frio. Ele se virou e se ajeitou perto da porta da barraca em um saco de lonas. Quando Rosana
Depois de um trecho, os solavancos do carro na estrada de chão, fizeram com que Rosana acordasse . Com uma baita dor de cabeça, ela se endireitou e perguntou: - Onde estou? - Comigo, onde mais? Não posso tirar os olhos de você que já se mete em confusão. Ele disse sério enquanto dirigia olhando de soslaio para ela. - Eu? Fui atacada pelos seus soldados, desde que vocês apareceram minha vida se tornou um caos. Ela disse brava. - Não são meus soldados, se fossem não estariam mais vivos para contar a história. E sabe você é muito ingrata e grosseira. Ele disse também irritado com a teimosia dela. - Pare o carro. Ela disse. Ele parou o carro ela desceu. - Onde você acha que está? Entre no carro! Ele disse de forma autoritária. - Não sou seus subordinados você não manda em mim! Ela disse batendo o pé e seguindo para o lado oposto que estavam indo. - É verdade se fosse meu subordinado te dava uma lição, apesar que se fosse minha mulher eu também poderia te dar uma lição. Ele a alc
Ele ainda disse: -Acrescente mais três trocas de roupas intimas e por favor coloque estes três pares de sapatos e estas duas sandálias. Ele disse escolhendo cuidadosamente. - Sapatos? Rosana perguntou. - Sim, não posso sair por ai com uma mulher descalça, não é? Foi só então que Rosana olhou para seus pés e realmente ela só andava descalço, ela só tinha um par de sandálias simples que usava no natal e no seu aniversário. A senhora os observava atenta. - Ela não vai experimentar os sapatos e vestidos? A senhora perguntou, para dissipar o clima entre os dois, que agora era estranho. - Se ela quiser? Mas tenho certeza que vai servir. Ele disse despreocupado, e de fato depois constatou-se que serviram perfeitamente. - Para que tudo isso? Eu não tenho nem onde guardar. Ela disse puxando a manga da camisa dele. Ele ficou pensativo –Hum é verdade também acrescente uma mala feminina por favor. - Marechal eu não preciso disso tudo. - Tudo bem, cancele a compra a partir de hoje se qu