Rosana estava apavorada, suas pernas estavam tremendo.
Raoni tocou sua cintura , apesar de magra seu corpo era bonito e muito fresco, ela era muito jovem, sua boca estava seca de desejo, ele a pressionou contra escrivaninha.Rosana passou a mão pela mesa e achou um objeto, que até aquela hora ela não sabia o que era, era um candelabro, ela o bateu com força na cabeça do sargento, que cambaleou para o lado soltando-a, ela aproveitou e saiu correndo.Raoni não esperava o golpe e ficou um pouco tonto, passou a mão na fronte, estava sangrando.-Insolente! Peguem esta selvagem ele gritou, vou lhe ensinar uma lição.Rosana correu unindo todas as suas forças, mas ela foi capturada, a trouxeram para o centro do destacamento.Ela foi jogada ao chão, ela não tinha forças para se levantar. Seus joelhos estavam ralados e sua mão estava doendo pela queda.- Me traga meu açoite. Raoni gritou, ele agora estava com uma faixa na cabeça.Plaft!AHHH! Rosana gritou ao sentir a pele de suas costas queimando.Ela ouve outro estalido e mais uma chicotada, ela já não grita, ela só solta um gemido, ouve-se mais um e ela cai com o rosto no pó e nem o gemido sai mais, ela não vê mais nada.Rosana foi levada para o caixote de castigo, lá ela foi deixada somente com o fino vestido.Raoni estava possesso de raiva, ao olhar no pequeno espelho, que trazia à mão, viu o corte em sua testa e cuspiu amaldiçoando Rosana.Ele se deitou com raiva, mas a imagem dela não saia de sua mente, ela era linda e também muito valente. Selvagem daquela forma ela devia ser muito deliciosa na cama.O sol estava a pino e ninguém havia ido ver como Rosana estava.De repente um alvoroço no destacamento mais soldados chegando. Um jipe fechado chega e todos se colocam em formação.Um homem, aparentemente de alta patente, sai do carro e faz um sinal para que os soldados desfizessem a formação.Ele era alto e forte sua aparencia era imponente, mas sem arrogancia. A farda impecavelmente montada, superior ele pára no meio do destacamento e olha a sua volta, seu semblante era de desagrado.- Onde está seu superior? Ele se dirige a Soti, com voz firme, mas em tom baixo.- Ele está na tenda senhor. O homem responde com medo.-Chame-o! Ele ordenou.O cabo foi correndo chamar seu superior.Raoni estava dormindo, na noite anterior ele tinha ficado até tarde lidando com Rosana e depois não dormiu pensando nela.Quando soube que quem havia chego era ninguém menos que o Marechal Yuri, ele começou a ter dor de cabeça. Ele não queria encontra-lo, mas não tinha como fugir e saiu o quanto antes para não irritá-lo.- Senhor! Raoni disse batendo continência.- Descansar, o que está acontecendo aqui? Yuri perguntou diretamente.- Tiramos os aldeões e trouxemos para cá, eram rebeldes não queriam colaborar. Ele disse de forma arrogante, tentando parecer convincente.- Mesmo? Yuri, se aproximou do lugar onde o povo estava amontoados em um pequeno espaço.Ele se virou para Raoni – Peça aos seus homens que façam refeição suficiente para todos, preparem os caminhões este povo voltará para suas casas. Guerra e defesa se faz com soldados, nosso dever é sempre proteger os civis, não importa de que país são.- Mas eles nos atacaram! Raoni protestou.- Mesmo? Aquele senhor ali, com a muleta ofereceu riscos a seus soldados? Yuri disse muito irritado já conhecia os métodos de Raoni e não gostava nada deles.Ele caminhou ao redor do destacamento e foi até aquelas pessoas, tristes e miseráveis.Sua província tinha invadido a província deles por causa de seu governante autoritário e corrupto.Há muito este governante incomodava a província vizinha, mas o estopim foi quando ele ordenou um ataque a um pequeno vilarejo da província de Yuri.O imperador mandou-o chamar quando ele estava no exterior, ele havia galgado todas as patentes do exército de seu país, mas ele o fez por obrigação não era seu sonho.- Vocês entendem o que digo? Ele perguntou as pessoas que estavam amontoadas sob uma tenta de lona.Eles assentiram que sim, que o entendiam.- Bom vocês serão soltos, alimentados e voltarão para suas casas, eu sinto pelo que aconteceu, vocês continuarão produzindo só peço que colaborem conosco, para não haver confusão e vocês serão bem tratados, pagaremos pelo alimento que por ventura precisarmos de vocês, se vocês quiserem nos fornecer, poderemos fazer trocas.Com um gesto ele ordenou que um soldado soltasse todos.Um homem levanta a mão, querendo falar.- Diga! Ele disse olhando atentamente para o homem.- Como poderemos voltar? Muitos estão sem suas casas, e também o alimento temos que entregar ao governo, mal temos para comer.- Não se preocupe seu governo não os explorará mais, e o que aconteceu com suas casas?- Os soldados atearam fogo. O homem disse tentando reprimir sua raiva.- Não se preocupem, eles mesmos construirão outras. Ele disse encarando os soldados de Raoni.Havia chego aos ouvidos do imperador as barbáries e os serviços sujos de alguns superiores do exército, tal como Raoni, depois que o governo vizinho invadiu seu território ele decidiu chamar de volta a terra natal, Yuri, só ele colocaria Raoni em seu devido lugar.Depois de um tempo o povo foi alimentado e colocado em caminhões para que pudessem voltar para sua aldeia.Não era interessante manter o povo parado sem trabalhar, se assim ficassem muitos morreriam de fome. Onde conseguir comida para todos se não for trabalhando?Quando quase todos os caminhões já tinham partido, uma pequena garotinha o olhou nos olhos e perguntou – Rosana não pode ir conosco?Yuri olhou sem entender – Quem ou o que é Rosana?- É minha amiga, na verdade ela é amiga. A menina disse triste.- Onde está sua amiga? Ele perguntou, com medo da resposta.- No caixote lá no fundo. A pequena apontou com o pequeno dedo.- Olhe acompanhe seus pais, eu mesmo levarei Rosana de volta está bem? Ele disse tocando a ponta do nariz da garotinha num gesto carinhoso.A garotinha saiu e pegou na mão de seu pai, que a subiu no caminhão. Assim que o caminhão saiu, Yuri caminhou rapidamente para o caixote, da forma que estava o sol a pessoa que estava ali, poderia até morrer desidratada. No caminho ele fez um sinal para que um soldado seu viesse também. Ele se pôs de frente para o caixote e pediu para que abrissem. O soldado abriu, mas a pessoa lá dentro não se moveu, ele olhou para dentro do caixote e pensou que poderia ser tarde demais. - Vá e chame o sargento. Ele levou as mãos nas têmporas. Quando Raoni chegou ele o ordenou que tirasse a pessoa da caixa. Raoni estava relutante, pois já conhecia Yuri, mas ele não tinha muita opção. - Ela é rebelde, tacou um objeto em minha cabeça. Ele disse em sua defesa, mostrando a faixa em sua testa. - Tire-a. Ele disse muito irritado. Quando Raoni tirou Rosana do caixote, ela só murmurava, pouco se entendia o que ela dizia, mas uma coisa era bem audível “não me toque”. Muito irritado ao ver a pequena
Ele colocou a colher de volta no prato, se virando para sair disse: - Agora coma, se quiser se manter viva. Ele disse saindo da tenda. Percebendo a teimosia de Rosana ele resolveu sair da tenda para que ela ficasse à vontade e pudesse comer sossegada.Rosana estava com muita fome, ele pode vê-la comendo pela sombra projetada na parede da tenda, ele riu sozinho, ela era bonita, selvagem e tinha personalidade, ele gostou disso. Ele deu uma volta pelo destacamento e ficou muito irritado com aquela bagunça, tudo destruído. Ele foi até a tenda dos soldados e muitos estavam bêbados jogados em meio a sujeira – O que acontece aqui? Vocês são uma vergonha para o império! Ele disse em voz alta. Os homens levantaram, alguns cambaleando, e se colocaram em formação. - Hoje vocês não dormirão, quero isso aqui limpo e quando terminarem aqui passarão para o pátio e em silencio não quero ouvir um pio, ao amanhecer quero tudo pronto e impecável! Foi isso que vocês aprenderam? Onde está seu superi
Raoni estava deitado no banco de um caminhão quando viu as duas pessoas chegar, sua inveja, há muito guardada, estava a flor da pele. Há muito tempo ele se incomodava com Yuri, ele era bom, mas será que o bastante para ser tão jovem e já ser Marechal? Tinha algo a mais? E porque ele se achava superior e diferente dos outros? Rosana deitou e ficou pensando no que Yuri disse, ela nem sabia o nome dele, só sabia sua patente, ele tinha razão desde muito nova ela também pensava assim. Ela adormeceu. Yuri também acabou pegando no sono, mas acordou muito antes de Rosana. Ele foi até a cozinha e preparou o café, e pediu a camareira para preparar a agua com as ervas para tratar as feridas de Rosana. Depois ele foi tomar um banho, com as confusões do dia anterior ele não havia tomado banho, Yuri tinha hábitos muito diferentes dos militares, nem sempre ele foi militar, ele serviu porque todo homem em sua província tem que servir, mesmo que seja alguém de posses e até o filho do imperador.
Ela deu a camisa para ele e pegou o cantil, ela se inclinou como ele fez, mas quando ela inclinou o cantil a agua caiu no rosto dela, que se afogou e molhou seu colo. Yuri não pode deixar de perceber seu lindo colo molhado, mas também achou graça do acesso de tosse da garota. - Beba no bico. Ele disse. Ela olhou para ele, como quem diz, mas o cantil é seu. - Beba estou dizendo. Ele disse insistiu.Ele ficou a observando, que envergonhada colocava delicadamente os lábios rosados na boca do cantil. O estomago dele se encolheu neste momento e pensamentos não tão puros passou por sua mente. Os dois seguiram calados, cada um com suas recordações. Ela com a imagem dele tomando a agua, a regata evidenciava seus músculos e o quando ele levantou a cabeça para beber a agua, no gargalo, seu maxilar perfeito ficou ainda mais evidente. Ele enquanto dirigia sem propósito ficou imaginando aquele vestido fino molhado, evidenciando as curvas dos seios dela, seus delicados lábios tocando o cant
Ela olhou para ele, derrotada e entrou, mas para sua surpresa ele entrou logo depois dela. -Tire seu vestido e se enrole na toalha. Ele disse se virando de costas para ela. Ela se assustou quando ouviu as ordens dele, depois ela entendeu que era para que ele pudesse fazer o curativo em suas costas. Ela sentiu um frio em sua barriga enquanto se despia, seu coração estava acelerado, mas não era só ela que estava experimentando sensações novas, Yuri também nunca tinha ficado tão próximo de uma mulher nua assim. -Terminei. Ela disse timidamente sentada sobre uma espécie de saco de dormir sobre um alambrado de madeira. Ele se virou pegou uma toalha se secou e tirou sua camisa que estava molhada, ele colocou uma camiseta, ele pegou o balsamo e aplicou nas costas de Rosana – Já está bem melhor. Ele disse subindo a atoalha para cobrir as costas dela. -Vou me virar e você coloque a camisa, está frio. Ele se virou e se ajeitou perto da porta da barraca em um saco de lonas. Quando Rosana
Depois de um trecho, os solavancos do carro na estrada de chão, fizeram com que Rosana acordasse . Com uma baita dor de cabeça, ela se endireitou e perguntou: - Onde estou? - Comigo, onde mais? Não posso tirar os olhos de você que já se mete em confusão. Ele disse sério enquanto dirigia olhando de soslaio para ela. - Eu? Fui atacada pelos seus soldados, desde que vocês apareceram minha vida se tornou um caos. Ela disse brava. - Não são meus soldados, se fossem não estariam mais vivos para contar a história. E sabe você é muito ingrata e grosseira. Ele disse também irritado com a teimosia dela. - Pare o carro. Ela disse. Ele parou o carro ela desceu. - Onde você acha que está? Entre no carro! Ele disse de forma autoritária. - Não sou seus subordinados você não manda em mim! Ela disse batendo o pé e seguindo para o lado oposto que estavam indo. - É verdade se fosse meu subordinado te dava uma lição, apesar que se fosse minha mulher eu também poderia te dar uma lição. Ele a alc
Ele ainda disse: -Acrescente mais três trocas de roupas intimas e por favor coloque estes três pares de sapatos e estas duas sandálias. Ele disse escolhendo cuidadosamente. - Sapatos? Rosana perguntou. - Sim, não posso sair por ai com uma mulher descalça, não é? Foi só então que Rosana olhou para seus pés e realmente ela só andava descalço, ela só tinha um par de sandálias simples que usava no natal e no seu aniversário. A senhora os observava atenta. - Ela não vai experimentar os sapatos e vestidos? A senhora perguntou, para dissipar o clima entre os dois, que agora era estranho. - Se ela quiser? Mas tenho certeza que vai servir. Ele disse despreocupado, e de fato depois constatou-se que serviram perfeitamente. - Para que tudo isso? Eu não tenho nem onde guardar. Ela disse puxando a manga da camisa dele. Ele ficou pensativo –Hum é verdade também acrescente uma mala feminina por favor. - Marechal eu não preciso disso tudo. - Tudo bem, cancele a compra a partir de hoje se qu
Raoni estava com seus dias contados, ele pediu para seu soldado investigar o que realmente havia acontecido e ele queria ir lá e resolver as coisas pessoalmente com ele, mas teve que deixar o imperador e o encarregado de segurança fazer seu papel. O dia estava despontando quando Yuri acordou com os raios do sol passando pelas copas das arvores, ele olhou para o horizonte, aquela província tinha paisagens lindas, ele olhou pro lado e Rosana ainda dormia em seu ombro “realmente linda” ele pensou. O sol incomodou os olhos de Rosana, ela fez uma careta e se virou, mas acabou por esbarrar na porta do jipe então, ela percebeu que não estava em uma cama. - Bom dia. Yuri disse. - Bom dia. Ela respondeu esfregando os olhos ainda com um pouco de sono. - Vamos seguir. Ele pegou sua bolsa na parte de trás do carro e deu a ela um pacotinho de papel com uns biscoitos, de farinha de arroz, dentro. - Obrigada. Ela agradeceu com um sorriso acanhado. – Você quer um? Ela perguntou estendendo um bi