Depois de um trecho, os solavancos do carro na estrada de chão, fizeram com que Rosana acordasse . Com uma baita dor de cabeça, ela se endireitou e perguntou: - Onde estou? - Comigo, onde mais? Não posso tirar os olhos de você que já se mete em confusão. Ele disse sério enquanto dirigia olhando de soslaio para ela. - Eu? Fui atacada pelos seus soldados, desde que vocês apareceram minha vida se tornou um caos. Ela disse brava. - Não são meus soldados, se fossem não estariam mais vivos para contar a história. E sabe você é muito ingrata e grosseira. Ele disse também irritado com a teimosia dela. - Pare o carro. Ela disse. Ele parou o carro ela desceu. - Onde você acha que está? Entre no carro! Ele disse de forma autoritária. - Não sou seus subordinados você não manda em mim! Ela disse batendo o pé e seguindo para o lado oposto que estavam indo. - É verdade se fosse meu subordinado te dava uma lição, apesar que se fosse minha mulher eu também poderia te dar uma lição. Ele a alc
Ele ainda disse: -Acrescente mais três trocas de roupas intimas e por favor coloque estes três pares de sapatos e estas duas sandálias. Ele disse escolhendo cuidadosamente. - Sapatos? Rosana perguntou. - Sim, não posso sair por ai com uma mulher descalça, não é? Foi só então que Rosana olhou para seus pés e realmente ela só andava descalço, ela só tinha um par de sandálias simples que usava no natal e no seu aniversário. A senhora os observava atenta. - Ela não vai experimentar os sapatos e vestidos? A senhora perguntou, para dissipar o clima entre os dois, que agora era estranho. - Se ela quiser? Mas tenho certeza que vai servir. Ele disse despreocupado, e de fato depois constatou-se que serviram perfeitamente. - Para que tudo isso? Eu não tenho nem onde guardar. Ela disse puxando a manga da camisa dele. Ele ficou pensativo –Hum é verdade também acrescente uma mala feminina por favor. - Marechal eu não preciso disso tudo. - Tudo bem, cancele a compra a partir de hoje se qu
Raoni estava com seus dias contados, ele pediu para seu soldado investigar o que realmente havia acontecido e ele queria ir lá e resolver as coisas pessoalmente com ele, mas teve que deixar o imperador e o encarregado de segurança fazer seu papel. O dia estava despontando quando Yuri acordou com os raios do sol passando pelas copas das arvores, ele olhou para o horizonte, aquela província tinha paisagens lindas, ele olhou pro lado e Rosana ainda dormia em seu ombro “realmente linda” ele pensou. O sol incomodou os olhos de Rosana, ela fez uma careta e se virou, mas acabou por esbarrar na porta do jipe então, ela percebeu que não estava em uma cama. - Bom dia. Yuri disse. - Bom dia. Ela respondeu esfregando os olhos ainda com um pouco de sono. - Vamos seguir. Ele pegou sua bolsa na parte de trás do carro e deu a ela um pacotinho de papel com uns biscoitos, de farinha de arroz, dentro. - Obrigada. Ela agradeceu com um sorriso acanhado. – Você quer um? Ela perguntou estendendo um bi
Aqui na aldeia muitos dos homens a desejam, não sei o que veem nela, eu gostaria muito que os agentes a tivesse levado. - Ela sempre fugia, se eles a tivessem visto certamente a teriam levado. - Mas ainda acho que ela dorme com o oficial, não sei o que ele vê nela, tão insosa. Yuri estava farto de ouvir as mulheres jogando conversa fora e ainda destilando veneno contra Rosana que saia cedo e ia para a roça plantar e colher muito mais do ela precisava para viver, ou seja, enquanto ela trabalhava para ajuda-los eles falavam mal dela pelas costas. Yuri pigarreou, elas se assustaram. -Marechal. Elas disseram juntas se curvando quando o viram passar. - Voces não tem trabalho? Ele perguntou, indicando que ele as havia ouvido. Ele seguiu seu caminho e elas ficaram lá paradas Raoni tentou abusar de Rosana, ele já desconfiava, tanto que relatou abusos por parte dele quando mandou as informações sobre ele e sua tropa para o imperador, mas não citou abuso sexual, pois não tinha provas. Ma
Yuri parou a colher no ar e a voltou para o prato. –Não sou, porque? -É que eu pensei... Deixa bobagens minha. Ela disse colocando outra colherada na boca. - Você quer saber se tenho alguma mulher em meu país? Ele perguntou. - Esqueça. Ela disse com o rosto queimando como se fossem duas brasas. - Não tenho, eu vivi no estrangeiro por algum tempo retornei agora, por conta da invasão. Ele disse de forma natural. - É mesmo? Você vivia em outro país, bom agora voce também está em outro país. Ela disse. - É verdade, mas é diferente eu estava na Inglaterra, é um povo muito diferente do meu e do seu. - E lá você tinha uma namorada? Ela perguntou. - Você está interessada na minha vida amorosa? Ele perguntou curioso, para saber o porquê das perguntas. - Esqueça não é nada. Ela disse apressadamente. - Sim eu tive, tenho vinte e oito anos. Mas me diga e você? - Eu o que? Ela perguntou sabendo perfeitamente do que ele estava perguntando, mas ela fingiu não entender. - Não me enrole! N
Yuri deixou Raoni no destacamento central na cidade, ele seria levado para sua provincia, junto ele enviou pelo mensageiro todas as informaçoes e delitos que Yuri apurou. Rosana ficou na aldeia, ela estava se sentindo sozinha, o pessoal da aldeia vinha lhe tratando com indiferença pelo fato de Yuri a proteger. O povo da aldeia não estava gostando da proximidade dos dois, embora Yuri fosse bom para eles, ele ainda era um inimigo, era de uma provincia que os estava invadindo. Eles não sabiam ao certo o que queria a outra provincia, eles não eram bem tratados pelo seu governante, mas ainda assim não eram “prisioneiros” e nem estavam sendo “dominados”. Alguns aldeões, mesmo naquela vida dificil sendo explorado ainda eram fieis ao seu ditador. Rosana ficou o dia todo lá na plantação, quando voltou para a aldeia não encontrou Yuri, ela ouviu algumas mulheres cochichando sobre ele, elas diziam que ele havia ido para a cidade, o coração de Rosana se apertou, ela tinha medo de haver algum
Ele a tirou da água fazendo as manobras de primeiros socorros e respiração boca a boca. - Volte por favor. Ele apertava o peito dela para expulsar a água de seus pulmões. Ele fez respiração boca a boca novamente e a virou de lado a água saía, mas ela não voltava. Seu coração estava aflito, ele estava molhado e o tempo estava frio, mas ele parecia suar. - Por favor volte! Os olhos dele se encheram de lágrimas e seu coração de rancor ao olhar para o homem caido no chão. Ele no desespero apertou com força o peito delicado dela e a virou de lado muita água saiu e nesta hora ela começou a tossir. Ele a abraçou. -Rosana? Voce me ouve? Ele afastou um pouco dela para ver seu lindo rosto. Rosana tossia sem parar e seu peito estava doendo. -Estou bem, que bom ver você, achei que não o veria mais. Ela o abraçou dizendo. - Vamos, não chore, está frio temos que ir para casa. Ele tirou um cadarço de couro que estava em sua farda e prendeu o homem. Ele tinha pensado em mata-lo ali mesmo, ma
Desde que se lembrava, ninguém havia dispensado a ela tanto cuidado. Apesar de Yuri as vezes ser autoritário ele sempre se preocupou com ela, ao pensar nisso ela sentiu seu coração se aquecer. -Oh! Você acordou, venha estou fazendo sembei. Ele disse dando um prato com alguns dentro para ela. - Eu dormi muito, porque você não me acordou eu poderia ter preparado o café para você. Ele disse um pouco envergonhada. - Um dia você fará, não se preocupe! Apenas coma. Ela deu uma mordida em uma bolacha. –É uma delícia. Ela disse sorrindo para ele. Quando Yuri conseguia arrancar um sorriso de Rosana ele se sentia muito feliz, ela era muito sofrida e seus olhos estavam sempre úmidos de lágrimas. Ele se sentia completo quando a via feliz e segura. - Senhor! Uma voz interrompeu o momento harmonioso entre os dois, era um soldado. Rosana olhou para ele assustada. - Um minuto e já vou soldado.Ele terminou de virar as bolachas e se virou para ela. –Termine de assa-las vou ver o que é, tome se