Desde que se lembrava, ninguém havia dispensado a ela tanto cuidado. Apesar de Yuri as vezes ser autoritário ele sempre se preocupou com ela, ao pensar nisso ela sentiu seu coração se aquecer. -Oh! Você acordou, venha estou fazendo sembei. Ele disse dando um prato com alguns dentro para ela. - Eu dormi muito, porque você não me acordou eu poderia ter preparado o café para você. Ele disse um pouco envergonhada. - Um dia você fará, não se preocupe! Apenas coma. Ela deu uma mordida em uma bolacha. –É uma delícia. Ela disse sorrindo para ele. Quando Yuri conseguia arrancar um sorriso de Rosana ele se sentia muito feliz, ela era muito sofrida e seus olhos estavam sempre úmidos de lágrimas. Ele se sentia completo quando a via feliz e segura. - Senhor! Uma voz interrompeu o momento harmonioso entre os dois, era um soldado. Rosana olhou para ele assustada. - Um minuto e já vou soldado.Ele terminou de virar as bolachas e se virou para ela. –Termine de assa-las vou ver o que é, tome se
Ela o olhou com raiva, seus lábios e rosto estavam queimando. Ela cruzou os braços sobre o peito e se recusou a olhar para ele. Ele sorriu astisfeito e colocou o carro em movimento. Quando ele estava vindo para a provincia ele havia estudado o lugar, passou em algumas cidades e vilarejos. No caminho para a aldeia de Rosana ele viu ao sul uma montanha muito bonita com algo que parecia ser um bosque e um riacho, era um lugar muito bonito para um piquenique, ou até mesmo construir um lugar para morar. Eles sairam da estrada e ele seguiu em meio a um bosque e e quando saiu do meio das grandes árvores um lindo gramado e um lago apareceu. Rosana que estava apreensiva ficou encantada com o lugar. - Onde estamos? Ela disse olhando a sua volta. - Você gostou? Descobri este lugar quando estava procurando sua aldeia. Ele disse parando o carro á sombra de uma árvore tirou as coisas do jipe e fechou sua capota. - Vá dar uma volta, vou montar a barraca. Ele disse. -Montar barraca? Vamos fi
Ela agarrou a camiseta molhada dele com força, o corpo dela estava na água, mas parecia pegar fogo. A mão dele a puxou para mais perto e pressionou o corpo dela contra o dele, o corpo dele era forte e trabalhado. Ela estava ficando sem folego e seu rosto estava queimando. Yuri não era um cara inexperiente, nos países por onde passou, as mulheres e as relações amorosas e de amizade eram diferentes. Ele já havia sentido atração física por outras mulheres, desejos ele sabia como era essas sensações, mas com Rosana era diferente, era um calor que doía, ele sentia seu coração palpitar toda vez que se aproximava dela. Desde o dia que a tirou da caixa, onde ela estava desmaiada, suja, magra por não se alimentar direito que ele olhou para ela tão frágil, seus olhos fechados e seus cílios longos negros e espessos que contrastavam com sua pele branca. Quando Rosana voltou a si, ela o empurrou, ele se desequilibrou e caiu na água puxando-a também, ele riu ela apavorada tentando sair da água
Quando acordou de manhã Rosana não viu Yuri, ela se assustou e saiu da barraca ajeitando seus cabelos.Ela o viu longe vindo, o que parecia da mata, com uma sacola nas mãos. Ela foi ao encontro dele. - Onde você estava? Ela perguntou. Ele levantou a sacola dizendo. –Fui dar uma olhada na mata e encontrei maçãs, voê quer uma? Já comeu alguma coisa? - Não acabei de acordar, senti sua falta e .... Ela parou quando viu o ar satisfeito no rosto dele. - O que quero dizer é que você não estava lá. Ela tentou explicar. - Eu sei não disse nada! Ele continuou andando, com um leve sorriso maroto nos lábios. Ela andava de pressa tentando alcança-lo e se explicar, mas ele não a ouvia. Depois que chegou à barraca ele pegou uma xícara de chá e serviu para si, ele olhou para ela por cima da xícara enquanto sorvia o líquido quente aromatizado. - Não me olhe assim. Ela disse envergonhada. - Eu não disse nada, apenas tome seu chá, tem biscoitos na lata. Ele disse apontando para uma lata azul.
Ela não dormiu, nem conseguiu aproveitar a cama, era a primeira vez que dormia em uma cama que não fosse uma tarimba com um colchão feito por ela mesma de taboa.Yuri também não dormiu bem, estava preocupado em deixar Rosana na aldeia.Os dois saíram bem cedo.- Você terá que ir para sua província, não é? Ela perguntou.- Talvez eu vá, mas antes tenho que ir a um destacamento mais ao sul. Ele disse sem querer entrar em detalhes.- Confronto? Ela perguntou.- Talvez aconteça, não se preocupe. Quero apenas que cuide de si mesma, tome cuidado com algumas pessoas da sua aldeia.- Você está preocupado comigo? É você quem está indo para um confronto. Ela disse e seu olhos já estavam se enchendo de lágrimas.- Sim é verdade, mas algumas pessoas da sua aldeia não são boas e você tem que se cuidar, eu sei me cuidar.- Por favor não chore! Ele disse parando o jipe na beira da estrada.Ele secou a bochecha dela, delicadamente com o polegar. –Não se preocupe, apenas prometa para mim que vai se cu
Eles reconheceram Yuri e ele lhes passou armas e abriu a porta da cela de grades de ferro onde estavam amontoados e presos no relento.- Vão por aqui, tem mais cinco de nós em pontos estratégicos vão sempre e leste nós daremos cobertura.Alguns estavam feridos precisando ser amparados por outros, estavam fracos ficaram sem alimento este tempo todo. Yuri estava muito irritado, mas isso só o deixou ainda mais concentrado e determinado.Os homens saíram sem maiores problemas, já estavam longe quando olharam para trás e ouviram uma explosão. Eles correram e foram encontrados pelos outros soldados que estavam com Yuri.- Onde está o marechal? Um deles perguntou.- Ele nos mandou vir que vocês nos encontrariam e ele ficou. Um disse não entendendo o que estava acontecendo.- Vamos, o soldado disse. Olhando para trás preocupado.Acontece que Yuri havia passado por uns tambores de gasolina no caminho enquanto ia soltar os reféns, ele teve uma ideia.Depois que os colocou no caminho ele voltou
Na aldeia as coisas não estavam fáceis para Rosana, seu coração vivia aos pulos toda vez que aquele homem, o chefe dos guerrilheiros, entrava na tenda. Ela estava sendo mantida presa lá, ele sempre vinha com gracinhas para cima dela, querendo passar aquela mão suja em seu delicado corpo. A sua sorte era que ele queria negociar seu corpo, só por isso ele não se aproveitou dela. Ele queria negocia-la ou com algum chefe do governo ou usa-la em algum momento para atrair o Yuri. Parte dos aldeões não estavam gostando da invasão dos guerrilheiros, eles eram arruaceiros e exploravam a população. Não queriam trabalhar, mas queriam comer bem, tirando do povo seu sustento, mas ainda existiam aqueles que os apoiavam simplesmente porque não gostavam da ideia de mudar de governo, mesmo que eles também estivessem sendo prejudicados. Muitos sonhavam em deixar de ser explorados pelo governo e passar a ser um dos que exploravam. Rosana estava preocupada com sua vida, e também estava muito preo
- De maneira alguma, o senhor nos libertou e sabemos que sozinho é muito arriscado, planejamos e reconquistamos a aldeia como fizemos dias atrás, não deixaremos o senhor partir sozinho. Disse outro soldado. Então o outro comandante apoiou a ideia dos soldados e convenceu Yuri, não podiam abandona-lo sozinho nesta missão. Assim, partiram a noite Yuri e mais cinco soldados. Em dois dias eles já haviam chego na região, Yuri montou a estratégia para a retomada da aldeia. A ideia principal era atrair os guerrilheiros para longe da aldeia, para que os aldeões não fossem corressem riscos sendo usados de escudos humanos. Yuri montou vigília quando ele viu um garoto no rio ele o atraiu e pediu para que ele que chamasse um guerrilheiro avisando que viu um soldado na mata. Assim, o garoto fez e logo Yuri pode quatros homens que mais pareciam jagunços aparecerem nas proximidades da mata, um a um Yuri e seus soldados os mataram. Mais tarde eles outros vieram atrás dos homens que não voltara