Yuri parou a colher no ar e a voltou para o prato. –Não sou, porque? -É que eu pensei... Deixa bobagens minha. Ela disse colocando outra colherada na boca. - Você quer saber se tenho alguma mulher em meu país? Ele perguntou. - Esqueça. Ela disse com o rosto queimando como se fossem duas brasas. - Não tenho, eu vivi no estrangeiro por algum tempo retornei agora, por conta da invasão. Ele disse de forma natural. - É mesmo? Você vivia em outro país, bom agora voce também está em outro país. Ela disse. - É verdade, mas é diferente eu estava na Inglaterra, é um povo muito diferente do meu e do seu. - E lá você tinha uma namorada? Ela perguntou. - Você está interessada na minha vida amorosa? Ele perguntou curioso, para saber o porquê das perguntas. - Esqueça não é nada. Ela disse apressadamente. - Sim eu tive, tenho vinte e oito anos. Mas me diga e você? - Eu o que? Ela perguntou sabendo perfeitamente do que ele estava perguntando, mas ela fingiu não entender. - Não me enrole! N
Yuri deixou Raoni no destacamento central na cidade, ele seria levado para sua provincia, junto ele enviou pelo mensageiro todas as informaçoes e delitos que Yuri apurou. Rosana ficou na aldeia, ela estava se sentindo sozinha, o pessoal da aldeia vinha lhe tratando com indiferença pelo fato de Yuri a proteger. O povo da aldeia não estava gostando da proximidade dos dois, embora Yuri fosse bom para eles, ele ainda era um inimigo, era de uma provincia que os estava invadindo. Eles não sabiam ao certo o que queria a outra provincia, eles não eram bem tratados pelo seu governante, mas ainda assim não eram “prisioneiros” e nem estavam sendo “dominados”. Alguns aldeões, mesmo naquela vida dificil sendo explorado ainda eram fieis ao seu ditador. Rosana ficou o dia todo lá na plantação, quando voltou para a aldeia não encontrou Yuri, ela ouviu algumas mulheres cochichando sobre ele, elas diziam que ele havia ido para a cidade, o coração de Rosana se apertou, ela tinha medo de haver algum
Ele a tirou da água fazendo as manobras de primeiros socorros e respiração boca a boca. - Volte por favor. Ele apertava o peito dela para expulsar a água de seus pulmões. Ele fez respiração boca a boca novamente e a virou de lado a água saía, mas ela não voltava. Seu coração estava aflito, ele estava molhado e o tempo estava frio, mas ele parecia suar. - Por favor volte! Os olhos dele se encheram de lágrimas e seu coração de rancor ao olhar para o homem caido no chão. Ele no desespero apertou com força o peito delicado dela e a virou de lado muita água saiu e nesta hora ela começou a tossir. Ele a abraçou. -Rosana? Voce me ouve? Ele afastou um pouco dela para ver seu lindo rosto. Rosana tossia sem parar e seu peito estava doendo. -Estou bem, que bom ver você, achei que não o veria mais. Ela o abraçou dizendo. - Vamos, não chore, está frio temos que ir para casa. Ele tirou um cadarço de couro que estava em sua farda e prendeu o homem. Ele tinha pensado em mata-lo ali mesmo, ma
Desde que se lembrava, ninguém havia dispensado a ela tanto cuidado. Apesar de Yuri as vezes ser autoritário ele sempre se preocupou com ela, ao pensar nisso ela sentiu seu coração se aquecer. -Oh! Você acordou, venha estou fazendo sembei. Ele disse dando um prato com alguns dentro para ela. - Eu dormi muito, porque você não me acordou eu poderia ter preparado o café para você. Ele disse um pouco envergonhada. - Um dia você fará, não se preocupe! Apenas coma. Ela deu uma mordida em uma bolacha. –É uma delícia. Ela disse sorrindo para ele. Quando Yuri conseguia arrancar um sorriso de Rosana ele se sentia muito feliz, ela era muito sofrida e seus olhos estavam sempre úmidos de lágrimas. Ele se sentia completo quando a via feliz e segura. - Senhor! Uma voz interrompeu o momento harmonioso entre os dois, era um soldado. Rosana olhou para ele assustada. - Um minuto e já vou soldado.Ele terminou de virar as bolachas e se virou para ela. –Termine de assa-las vou ver o que é, tome se
Ela o olhou com raiva, seus lábios e rosto estavam queimando. Ela cruzou os braços sobre o peito e se recusou a olhar para ele. Ele sorriu astisfeito e colocou o carro em movimento. Quando ele estava vindo para a provincia ele havia estudado o lugar, passou em algumas cidades e vilarejos. No caminho para a aldeia de Rosana ele viu ao sul uma montanha muito bonita com algo que parecia ser um bosque e um riacho, era um lugar muito bonito para um piquenique, ou até mesmo construir um lugar para morar. Eles sairam da estrada e ele seguiu em meio a um bosque e e quando saiu do meio das grandes árvores um lindo gramado e um lago apareceu. Rosana que estava apreensiva ficou encantada com o lugar. - Onde estamos? Ela disse olhando a sua volta. - Você gostou? Descobri este lugar quando estava procurando sua aldeia. Ele disse parando o carro á sombra de uma árvore tirou as coisas do jipe e fechou sua capota. - Vá dar uma volta, vou montar a barraca. Ele disse. -Montar barraca? Vamos fi
Ela agarrou a camiseta molhada dele com força, o corpo dela estava na água, mas parecia pegar fogo. A mão dele a puxou para mais perto e pressionou o corpo dela contra o dele, o corpo dele era forte e trabalhado. Ela estava ficando sem folego e seu rosto estava queimando. Yuri não era um cara inexperiente, nos países por onde passou, as mulheres e as relações amorosas e de amizade eram diferentes. Ele já havia sentido atração física por outras mulheres, desejos ele sabia como era essas sensações, mas com Rosana era diferente, era um calor que doía, ele sentia seu coração palpitar toda vez que se aproximava dela. Desde o dia que a tirou da caixa, onde ela estava desmaiada, suja, magra por não se alimentar direito que ele olhou para ela tão frágil, seus olhos fechados e seus cílios longos negros e espessos que contrastavam com sua pele branca. Quando Rosana voltou a si, ela o empurrou, ele se desequilibrou e caiu na água puxando-a também, ele riu ela apavorada tentando sair da água
Quando acordou de manhã Rosana não viu Yuri, ela se assustou e saiu da barraca ajeitando seus cabelos.Ela o viu longe vindo, o que parecia da mata, com uma sacola nas mãos. Ela foi ao encontro dele. - Onde você estava? Ela perguntou. Ele levantou a sacola dizendo. –Fui dar uma olhada na mata e encontrei maçãs, voê quer uma? Já comeu alguma coisa? - Não acabei de acordar, senti sua falta e .... Ela parou quando viu o ar satisfeito no rosto dele. - O que quero dizer é que você não estava lá. Ela tentou explicar. - Eu sei não disse nada! Ele continuou andando, com um leve sorriso maroto nos lábios. Ela andava de pressa tentando alcança-lo e se explicar, mas ele não a ouvia. Depois que chegou à barraca ele pegou uma xícara de chá e serviu para si, ele olhou para ela por cima da xícara enquanto sorvia o líquido quente aromatizado. - Não me olhe assim. Ela disse envergonhada. - Eu não disse nada, apenas tome seu chá, tem biscoitos na lata. Ele disse apontando para uma lata azul.
Ela não dormiu, nem conseguiu aproveitar a cama, era a primeira vez que dormia em uma cama que não fosse uma tarimba com um colchão feito por ela mesma de taboa.Yuri também não dormiu bem, estava preocupado em deixar Rosana na aldeia.Os dois saíram bem cedo.- Você terá que ir para sua província, não é? Ela perguntou.- Talvez eu vá, mas antes tenho que ir a um destacamento mais ao sul. Ele disse sem querer entrar em detalhes.- Confronto? Ela perguntou.- Talvez aconteça, não se preocupe. Quero apenas que cuide de si mesma, tome cuidado com algumas pessoas da sua aldeia.- Você está preocupado comigo? É você quem está indo para um confronto. Ela disse e seu olhos já estavam se enchendo de lágrimas.- Sim é verdade, mas algumas pessoas da sua aldeia não são boas e você tem que se cuidar, eu sei me cuidar.- Por favor não chore! Ele disse parando o jipe na beira da estrada.Ele secou a bochecha dela, delicadamente com o polegar. –Não se preocupe, apenas prometa para mim que vai se cu