Nina,A vista do haras é de longe a mais bonita que eu vi em toda minha vida, a paisagem me fascina, meu corpo recebe uma descarga de adrenalina que me faz sorrir o tempo todo.Augusto vai me contando os detalhes históricos da região, fala sobre os cavalos e me apresenta as baías, não deixo de notar cada detalhe técnico, o local é todo equipado com tecnologia de ponta.— Incrível! Nunca vi nada semelhante. — Falo admirada.— Breve a fazenda Soledade estará oferendo um espaço semelhante — Dona Helena fala satisfeita.— Eu sugiro que a veterinária responsável seja a dra. Geovanna. — Senhor Alfred fala sorrindo.— Não, não! Eu ainda preciso de muito para estar apta a um cargo desses, mas agradeço a confiança e indicação. — Sorrio satisfeita com a confiança.Um haras desse porte naquela região será uma tacada de mestre, seu Jorge tem uma visão comercial e uma disposição absurda para inovações, é justamente isso que o destaca em meio aos conservadores que o cercam.— Não viemos aqui para f
Nina,O estereótipo do Texas me faz sentir acolhida, country, churrasco e rodeio é tudo que eu gosto, aqui em Dallas tenho aprendido muita coisa.Algo que me chama muita atenção é o amor da população pelo estado, eles exibem grandes bandeiras em suas casas e se orgulham de ser Texanos, o que é bem incomum no Brasil.Augusto, desde que chegou dedica os dias a me apresentar o Texas, me levou em algumas cidades próximas, me mostrou lugares incríveis, às vezes tenho até medo de não querer voltar ao Brasil quando tudo acabar, estou ficando mal acostumada.Hoje Augusto criou um roteiro bem peculiar, pela manhã visitamos o The Sixth Floor Museum e depois passeamos pelo Art District, algo bem calmo para nossa breve despedida... só de pensar que daqui a três dias ele já está indo embora o meu coração começa a sofrer.Sentamos em um banco na praça— Já estou sentindo saudades! — Falo acariciando o rosto de Augusto.— Só uma semana e você já estará junto de mim, por mim eu esperaria para voltar
Augusto,Juliano estaciona a camionete e eu desço entrando em casa par procurar por meu pai que hoje sequer estava me aguardando. Par o meu completo desgosto a primeira pessoa que encontro é Vitória.— Querido, que bom que você chegou! — Ela fala sentada na poltrona e os pés apoiados na mesa de centro.— Não se faça se sonsa Vitória! Eu te falei que não quero nada mais contigo e você vem se enfiar aqui?— E você acha que é assim que se termina um noivado? Por mensagem? Que espécie de homem é você?— Me erra Vitória!Subo as escadas ignorando a tagarelice de Vitória, certo que eu não deveria ter terminado por mensagem e que isso não é papel de homem, mas o que ela está fazendo também não é certo.Entro no meu quarto, tomo um banho gelado, troco de roupa e ouço minha barriga ruir de fome, porém preciso encontrar meu pai primeiro.Passo novamente pela sala e Vitória não está mais presente, respiro aliviado. Entro no escritório e encontro papai em uma ligação, aguardo andando de um lado p
Augusto,A noite se tornou infinita, mal espero o dia clarear para dar um basta nessa situação, hoje mesmo coloco todos os pingos nos "i".Com a janela do quarto aberta, vejo os primeiros raios de sol brilharem no céu, pego meu telefone e faço uma ligação, para um velho amigo médico.— Armando, meu querido! Desculpa incomodar assim tão cedo, preciso de uma orientação... Supostamente uma mulher está grávida de mim, tenho certeza que não mas ela afirma que sim, em tese ainda não fechou o primeiro trimestre, já consigo um teste de DNA?— Assim tão precoce não é recomendado, mas consegue sim!Já sei exatamente o que vou fazer, converso um pouco mais com Armando, explico meu dilema e ele me atualiza da vida dele também.Após encerrar a chamada, já consigo ver uma luz no fim do túnel, não vou deixar que essa maluca atrapalhe meu futuro ao lado de Nina, não vou mesmo.Levanto decidido, tomo meu banho e saio atrás de Vitória, desço os degraus da escada praticamente correndo.— Vitória! — Cham
Augusto,A noite se tornou infinita, mal espero o dia clarear para dar um basta nessa situação, hoje mesmo coloco todos os pingos nos "i".Com a janela do quarto aberta, vejo os primeiros raios de sol brilharem no céu, pego meu telefone e faço uma ligação, para um velho amigo médico.— Armando, meu querido! Desculpa incomodar assim tão cedo, preciso de uma orientação... Supostamente uma mulher está grávida de mim, tenho certeza que não mas ela afirma que sim, em tese ainda não fechou o primeiro trimestre, já consigo um teste de DNA?— Assim tão precoce não é recomendado, mas consegue sim!Já sei exatamente o que vou fazer, converso um pouco mais com Armando, explico meu dilema e ele me atualiza da vida dele também.Após encerrar a chamada, já consigo ver uma luz no fim do túnel, não vou deixar que essa maluca atrapalhe meu futuro ao lado de Nina, não vou mesmo.Levanto decidido, tomo meu banho e saio atrás de Vitória, desço os degraus da escada praticamente correndo.— Vitória! — Cham
Augusto,— Dona Marília! — Exclamo assustado.— Augusto! — Ela devolve a surpresa e coloca as duas mãos nas cintura — Eu quero uma explicação da sua parte e depois eu vou falar com a Nina.— Já que não tem jeito, a senhora já sabe mesmo... antes de qualquer coisa quero deixar claro que minhas intenções com Nina são as melhores, antes de tudo conversamos e decidimos juntos com maturidade, como os adultos que somos. — Começo a falar aliviando minha tensão a cada palavra.— Hum! E por acaso foi homem para contar a ela que vai ser pai e que a mulher tá enfiada aqui? — Dona Marília pergunta de forma bem rude, nunca a vi tão brava.Me enfiei em uma sinuca de bico, não era assim que eu pretendia iniciar essa nova fase com Geovana.— Não, eu ainda não contei para Nina... não por não ser homem e sim por ter certeza que não serei pai, é desnecessário falar disso com ela agora e causa sofrimento antecipado, no fim da semana Nina estará de volta e até lá eu garanto que Vitória já estará longe daq
Augusto,Papai passa o dia de cara virada para mim, como se eu fosse o único responsável por tudo isso, ele é quem faz questão de manter o problema junto de nós.Minha cabeça está prestes a explodir, com muita luta consigo finalizar todas as tarefas do dia, respiro aliviado, me sento em um fecho de femo e me deixo levar pelos pensamentos.— Aconteceu alguma coisa patrão? Senhor tá com uma cara! — Joaquim fala se apaixonando vagarosamente.— Não, nada! — respondo!— Se quiser conversar, estou ali cuidando dos cavalos, o senhor está muito tenso. — Ele diz e sai com uma escova na mão.— Obrigado! — Falo e abaixo a cabeça fixando meu olhar no chão.Fico mais um pouco por aqui juntando disposição para entrar naquela casa, não fui sequer almoçar para não perder o restinho de paciência, mas Carolina mandou-me uma marmita. Os rapazes todos estão me olhando com preocupação, normalmente eu não sou assim.O sol já se pôs quase todo, não tem outro jeito se não encarar meus problemas, levanto e ba
Augusto,Retorno ansioso para a fazenda, Vitória está irritada e me falando um monte de insultos, só não largo ela aqui no meio pois não se deve fazer isso com uma mulher, mesmo uma bruxa.Reúno toda paciência que habita em mim, são apenas três horas eu vou suportar, já rolou gritos e choros agora ela está despejando ofensas.Mal paro a camionete na porta de casa e Vitória desce emburrada pisando alto, faço cara de paisagem e caminho a passos curtos, faço uma careta ao ouvir a porta ser batida.— Augusto me humilhou, me fez passar por vários procedimentos médicos e ainda me expôs como uma adúltera ao pedir um teste de DNA, sem mencionar o quanto é doloroso...— Ouço Vitória choramingando para meu pai quando entro.— Não seja dramática, e sim eu exigi um DNA não toquei um dedo em você e tenho convicção de esse bebê não é meu, logo esse teste nada mais é que um direito meu. — Interrompo o show dela.— Dormimos em nosso noivado, se fizer as contas verá que as datas batem certinhas. Você e