Augusto,— Dona Marília! — Exclamo assustado.— Augusto! — Ela devolve a surpresa e coloca as duas mãos nas cintura — Eu quero uma explicação da sua parte e depois eu vou falar com a Nina.— Já que não tem jeito, a senhora já sabe mesmo... antes de qualquer coisa quero deixar claro que minhas intenções com Nina são as melhores, antes de tudo conversamos e decidimos juntos com maturidade, como os adultos que somos. — Começo a falar aliviando minha tensão a cada palavra.— Hum! E por acaso foi homem para contar a ela que vai ser pai e que a mulher tá enfiada aqui? — Dona Marília pergunta de forma bem rude, nunca a vi tão brava.Me enfiei em uma sinuca de bico, não era assim que eu pretendia iniciar essa nova fase com Geovana.— Não, eu ainda não contei para Nina... não por não ser homem e sim por ter certeza que não serei pai, é desnecessário falar disso com ela agora e causa sofrimento antecipado, no fim da semana Nina estará de volta e até lá eu garanto que Vitória já estará longe daq
Augusto,Papai passa o dia de cara virada para mim, como se eu fosse o único responsável por tudo isso, ele é quem faz questão de manter o problema junto de nós.Minha cabeça está prestes a explodir, com muita luta consigo finalizar todas as tarefas do dia, respiro aliviado, me sento em um fecho de femo e me deixo levar pelos pensamentos.— Aconteceu alguma coisa patrão? Senhor tá com uma cara! — Joaquim fala se apaixonando vagarosamente.— Não, nada! — respondo!— Se quiser conversar, estou ali cuidando dos cavalos, o senhor está muito tenso. — Ele diz e sai com uma escova na mão.— Obrigado! — Falo e abaixo a cabeça fixando meu olhar no chão.Fico mais um pouco por aqui juntando disposição para entrar naquela casa, não fui sequer almoçar para não perder o restinho de paciência, mas Carolina mandou-me uma marmita. Os rapazes todos estão me olhando com preocupação, normalmente eu não sou assim.O sol já se pôs quase todo, não tem outro jeito se não encarar meus problemas, levanto e ba
Augusto,Retorno ansioso para a fazenda, Vitória está irritada e me falando um monte de insultos, só não largo ela aqui no meio pois não se deve fazer isso com uma mulher, mesmo uma bruxa.Reúno toda paciência que habita em mim, são apenas três horas eu vou suportar, já rolou gritos e choros agora ela está despejando ofensas.Mal paro a camionete na porta de casa e Vitória desce emburrada pisando alto, faço cara de paisagem e caminho a passos curtos, faço uma careta ao ouvir a porta ser batida.— Augusto me humilhou, me fez passar por vários procedimentos médicos e ainda me expôs como uma adúltera ao pedir um teste de DNA, sem mencionar o quanto é doloroso...— Ouço Vitória choramingando para meu pai quando entro.— Não seja dramática, e sim eu exigi um DNA não toquei um dedo em você e tenho convicção de esse bebê não é meu, logo esse teste nada mais é que um direito meu. — Interrompo o show dela.— Dormimos em nosso noivado, se fizer as contas verá que as datas batem certinhas. Você e
Augusto,Vitória entra e eu sigo fechando a porta, ela para no meio da sala e cruza os braços me fuzilando com o olhar.— Cadê o meu sogro? Já que você começou essa palhaçada me expondo para todo mundo, então chame-o.— Seja menos dissimulada! — Renato mas saio da sala para procurar meu pai.Entro no escritório e o chamo para dar um basta nisso, caminhamos em silêncio de volta a sala e enfim vou por os pingos nos 'is'.— Bom já que está todos os interessados aqui, vamos ao que interessa... — Falo pegando o aparelho no bolso.Vitória da alguns passos até ao meu lado, dou um passo me afastando dela mas ela se abraça ao meu pescoço.— Meu amor, eu estou tão feliz que teremos um bebê, passa a mão em minha barriga e veja quão especial é saber que tem um novo ser crescendo e comprovando nossa união. — Vitória fala puxando minha mão e me atrapalhando a abrir o arquivo.Tento me afastar de Vitória e me assusto com um grito vindo de trás de mim, olho na direção apavorado.— Augusto! — Minha mã
Augusto,— Papai o senhor está ouvindo o que está dizendo? — Pergunto pasmo com o que estou ouvindo.Vitória já não tem mais o olhar de coitadinha que usava pouco tempo atrás, ela nos escanear com triunfo.— Essa... essa... essa pessoa não vai usufruir de nada, ela não é nada além de uma oportunista e antes que você venha dizer que é dono disso ou daquilo, se bem me lembro em nosso acordo somos sócios igualitários em absolutamente todos os bens. — Mamãe fala irritada apontando o dedo para Vitória e para Jorge.Essa história fica cada vez mais confusa, alguma coisa de errado tem, Vitória tem idade para ser filha do meu pai não acredito que ele possa ter algum tipo de envolvimento com ela, será?— Papai, esse bebê... ele pode ser meu irmão? — Pergunto assustado.— Que? — Mamãe expressa incrédula.Olho para mamãe e para Vitória, enquanto uma está apavorada a outra está som sorrisos debochados, maldita hora que eu permiti essa naja dentro da minha vida.— Talvez! — Papai responde seco — E
Nina,Eu sou muito idiota em acreditar em tudo que Augusto me fala, aquela conversa bonita de que éramos eu e ele contra o mundo e toda ladainha que disse nos Estados Unidos foi só para me usar.Entrei na casa grande acompanhada com dona Helena, ver Augusto abraçado com Vitória e saber dessa forma que ele vai ser pai de um filho dela acabou comigo.— Nina! Fala comigo, por favor! — Escuto Augusto falar enquanto bate na porta, não acredito que mamãe deixou ele entrar.— Vai embora Augusto, não tenho nada para falar com você. — Grito olhando para a porta.— Geovanna, abre a porta! — Mamãe fala e eu não acredito que ela está sendo conivente com Augusto.Seco as lágrimas em meu rosto e me arrasto até a porta destrancando-a, sem abrir volto e me sento, segundos depois a porta é aberta.— Vou deixá-los a sós— Mamãe fala e sai fechando a porta.— Nina, me escute, por favor! — Augusto fala e se ajoelha na minha frente.— Augusto, o que você quer? Já não basta o papel de idiota que me fez pass
Augusto,Finalmente consegui explicar tudo para Nina, e depois de nós entregarmos ao fogo do desejo, tenho certeza que enfim estamos bem e em paz.— Sim minha princesa, nós somos loucos mas loucos de amor um pelo outro. — Respondo e a abraço.Sorrimos um para o outro e saímos abraçados para o banheiro, tomamos um banho nos vestimos e descemos até a cozinha.Nina está com um sorriso radiante, um brilho diferente em seu rosto, fico admirando enquanto ela nos serve um café e uma fatia de bolo— Obrigado! — Agradeço e dou-lhe um beijo suave.— Como vai ser de agora em diante? — Nina me pergunta e da uma mordida em seu bolo.Queria saber responder com convicção essa pergunta, mas não consigo imaginar de que forma meu pai pretende conduzir essa situação, na realidade nem eu consegui compreender o que de fato ocorreu— Eu não quero mais te magoar e nem te prometer o que eu não vou conseguir cumprir, primeiro eu vou ver o que papai vai fazer e te respondo essa pergunta da forma mais sincera p
Nina,Mamãe entra em casa e me olha com um sorriso de cumplicidade, eu retribuo e a acompanho para a cozinha, já deixei a janta quase pronta.— Augusto foi lá na cozinha falar comigo... — Ela fala colocando as panelas no fogo.— E? — Pergunto curiosa e com um sorriso bobo nos lábios.— Ele quer vir falar com seu pai e oficializar a relação de vocês, eu dou a minha benção. — Mamãe fala e sorri para mim.Nós sempre tivemos uma relação de amizade muito grande, ela me acolhe em todas as circunstâncias não só como mãe e sim como melhor amiga, sou agraciada com essa cumplicidade.— Tenho medo de me machucar, contudo eu quero muito viver esse momento, Augusto sempre mexeu comigo... — Suspiro ao falar e pego as verduras da salada para cortar.— Se é o que você realmente quer e acredita ser o certo para ser feliz, não vejo razões para sentir medo. E se tudo der errado a gente some do mapa da família Barros! — Mamãe fala sorrindo e eu caio na gargalhada.— Mamãe o que a senhora acha dessa histó