Augusto,Vitória entra e eu sigo fechando a porta, ela para no meio da sala e cruza os braços me fuzilando com o olhar.— Cadê o meu sogro? Já que você começou essa palhaçada me expondo para todo mundo, então chame-o.— Seja menos dissimulada! — Renato mas saio da sala para procurar meu pai.Entro no escritório e o chamo para dar um basta nisso, caminhamos em silêncio de volta a sala e enfim vou por os pingos nos 'is'.— Bom já que está todos os interessados aqui, vamos ao que interessa... — Falo pegando o aparelho no bolso.Vitória da alguns passos até ao meu lado, dou um passo me afastando dela mas ela se abraça ao meu pescoço.— Meu amor, eu estou tão feliz que teremos um bebê, passa a mão em minha barriga e veja quão especial é saber que tem um novo ser crescendo e comprovando nossa união. — Vitória fala puxando minha mão e me atrapalhando a abrir o arquivo.Tento me afastar de Vitória e me assusto com um grito vindo de trás de mim, olho na direção apavorado.— Augusto! — Minha mã
Augusto,— Papai o senhor está ouvindo o que está dizendo? — Pergunto pasmo com o que estou ouvindo.Vitória já não tem mais o olhar de coitadinha que usava pouco tempo atrás, ela nos escanear com triunfo.— Essa... essa... essa pessoa não vai usufruir de nada, ela não é nada além de uma oportunista e antes que você venha dizer que é dono disso ou daquilo, se bem me lembro em nosso acordo somos sócios igualitários em absolutamente todos os bens. — Mamãe fala irritada apontando o dedo para Vitória e para Jorge.Essa história fica cada vez mais confusa, alguma coisa de errado tem, Vitória tem idade para ser filha do meu pai não acredito que ele possa ter algum tipo de envolvimento com ela, será?— Papai, esse bebê... ele pode ser meu irmão? — Pergunto assustado.— Que? — Mamãe expressa incrédula.Olho para mamãe e para Vitória, enquanto uma está apavorada a outra está som sorrisos debochados, maldita hora que eu permiti essa naja dentro da minha vida.— Talvez! — Papai responde seco — E
Nina,Eu sou muito idiota em acreditar em tudo que Augusto me fala, aquela conversa bonita de que éramos eu e ele contra o mundo e toda ladainha que disse nos Estados Unidos foi só para me usar.Entrei na casa grande acompanhada com dona Helena, ver Augusto abraçado com Vitória e saber dessa forma que ele vai ser pai de um filho dela acabou comigo.— Nina! Fala comigo, por favor! — Escuto Augusto falar enquanto bate na porta, não acredito que mamãe deixou ele entrar.— Vai embora Augusto, não tenho nada para falar com você. — Grito olhando para a porta.— Geovanna, abre a porta! — Mamãe fala e eu não acredito que ela está sendo conivente com Augusto.Seco as lágrimas em meu rosto e me arrasto até a porta destrancando-a, sem abrir volto e me sento, segundos depois a porta é aberta.— Vou deixá-los a sós— Mamãe fala e sai fechando a porta.— Nina, me escute, por favor! — Augusto fala e se ajoelha na minha frente.— Augusto, o que você quer? Já não basta o papel de idiota que me fez pass
Augusto,Finalmente consegui explicar tudo para Nina, e depois de nós entregarmos ao fogo do desejo, tenho certeza que enfim estamos bem e em paz.— Sim minha princesa, nós somos loucos mas loucos de amor um pelo outro. — Respondo e a abraço.Sorrimos um para o outro e saímos abraçados para o banheiro, tomamos um banho nos vestimos e descemos até a cozinha.Nina está com um sorriso radiante, um brilho diferente em seu rosto, fico admirando enquanto ela nos serve um café e uma fatia de bolo— Obrigado! — Agradeço e dou-lhe um beijo suave.— Como vai ser de agora em diante? — Nina me pergunta e da uma mordida em seu bolo.Queria saber responder com convicção essa pergunta, mas não consigo imaginar de que forma meu pai pretende conduzir essa situação, na realidade nem eu consegui compreender o que de fato ocorreu— Eu não quero mais te magoar e nem te prometer o que eu não vou conseguir cumprir, primeiro eu vou ver o que papai vai fazer e te respondo essa pergunta da forma mais sincera p
Nina,Mamãe entra em casa e me olha com um sorriso de cumplicidade, eu retribuo e a acompanho para a cozinha, já deixei a janta quase pronta.— Augusto foi lá na cozinha falar comigo... — Ela fala colocando as panelas no fogo.— E? — Pergunto curiosa e com um sorriso bobo nos lábios.— Ele quer vir falar com seu pai e oficializar a relação de vocês, eu dou a minha benção. — Mamãe fala e sorri para mim.Nós sempre tivemos uma relação de amizade muito grande, ela me acolhe em todas as circunstâncias não só como mãe e sim como melhor amiga, sou agraciada com essa cumplicidade.— Tenho medo de me machucar, contudo eu quero muito viver esse momento, Augusto sempre mexeu comigo... — Suspiro ao falar e pego as verduras da salada para cortar.— Se é o que você realmente quer e acredita ser o certo para ser feliz, não vejo razões para sentir medo. E se tudo der errado a gente some do mapa da família Barros! — Mamãe fala sorrindo e eu caio na gargalhada.— Mamãe o que a senhora acha dessa histó
Augusto,O clima entre mamãe e papai está horrível, nos últimos dias sai faísca só de olharem um para o outro, mas devo concordar que Jorge não está em sã consciência.Conversei com eles e expliquei sobre minhas escolhas, papai tentou me fazer adiar, contudo bati o pé e mantive meu posicionamento, ele nunca interveio nas minhas escolhas agora está com essas coisas.Hoje será o jantar de oficialização do meu namoro com Nina, estou tão nervoso que estou transpirando no ar ligado, ando de um lado para o outro no quarto para espantar a adrenalina.Ouço uma batida na porta e logo em seguida mamãe entra toda glamourosa como sempre, com um sorriso largo no rosto.— Você está tão lindo meu filho! — Ela fala fechando um botão da minha camisa.— Estou nervoso, isso sim! — falo e ela cai na gargalhada.— Meu filho estou tão feliz e tão orgulhosa do homem que você está se tornando, e mais satisfeita ainda por ver que você não se corrompeu. —Mamãe fala e me entrega uma caixinha aveludada.— Que is
Nina,Tudo está muito confuso, as coisas tomaram rumos nunca antes imaginados, no entanto eu escolhi acreditar, só peço a Deus que essa relação não me machuque mais e que Augusto tenha maturidade.Vitória sempre foi louca e dissimulada, ela tá aprontando algo e eu sinto que algo perigoso, mas isso não é um assunto direto meu, Augusto, seu Jorge e dona Helena é quem deve resolver.Tirando todas as pedras que foram colocadas em meus caminhos graças a presença de Vitória, meus dias estão maravilhosos e a tranquilidade está retornando a minha vida.Augusto tem se esforçado, tem dedicado bastante tempo a nós dois e é justamente isso que me motiva a acreditar, sem ao menos me perguntar ele já conversou com mamãe e pediu uma cerimônia para oficializar nosso namoro, mas já adiantei que será somente a família, que mais gente convidaremos no noivado.Nicole e Felipe ficaram chateados por não terem sido convidados, mas eu já passei por tanta coisa por conta desse amor que eu estou evitando uma h
Nina,Acordo com o espírito da adolescência encrustada em meu corpo, meus lábios exibem um sorriso bobo e a alma carrega uma leveza como a muito não sentia.—Ah o amor! — Mamãe diz assim que me vê entrar na cozinha do casarão para tomar café.— Até o semblante está mais bonito! — Carolina fala e eu sorrio.— Duas exageradas, isso sim. — Brinco e coloco o café na xícaras, pegando também alguns pães de queijo.— Realistas! Sou obrigado a concordar com as duas e ainda complementar, se já era linda agora é a mais linda de todas as mulheres, afinal é a minha. — Augusto fala entrando na cozinha e me dando um abraço pela cintura e um beijo na testa.Pelo visto o amor esta no ar, brincamos um pouco e Augusto me convida para me juntar a eles na mesa, porém eu explico que me sinto mais a vontade na cozinha e ele se serve e fazemos nossa refeição do café da manhã juntos.Despedimos e saímos para o curral, hoje tem vários partos para ocorrer e toda atenção é redobra, principalmente por se tratar