Capítulo 29 Denúncias e buscas

Chegamos à delegacia de mãos dadas, um reflexo automático da necessidade de apoio mútuo. A sala de espera estava quase vazia, o que tornava o ambiente ainda mais opressor. Cada ruído parecia amplificado, como se o silêncio quisesse nos engolir.

— Pronta? — Jonas perguntou, apertando minha mão um pouco mais forte.

— Vamos lá. — respondi, tentando soar mais confiante do que realmente estava.

Um policial de expressão séria nos conduziu até uma sala pequena, onde sentamos de frente para uma mesa cheia de papéis desorganizados. Ele começou a digitar no computador, sem olhar diretamente para nós.

— Nomes e datas de nascimento, por favor. — disse ele, a voz monótona.

— Luana Dutra, 21 de maio de 1995. — respondi, minha voz soando estranhamente distante aos meus próprios ouvidos.

— Jonas Oliveira, 12 de agosto de 1987. — completou Jonas.

Enquanto o policial preenchia o boletim de ocorrência, expliquei em detalhes o que havia acontecido com Fernando. A cada palavra, revivia o medo, a dor e a i
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo