Jonas OliveiraO sol ainda estava baixo quando decidi dar um passeio a cavalo pela fazenda. Eu precisava de um tempo para clarear a mente e me reconectar com a natureza. Enquanto selava o cavalo, vi Luana se aproximando com aquele sorriso que sempre me desarma.— Bom dia, Jonas. — disse ela, com a voz suave e calorosa.— Bom dia, Luana. Quer vir comigo? — perguntei, apontando para o cavalo.Ela hesitou por um momento, mas logo assentiu, seus olhos brilhando de excitação. Ajudá-la a montar na garupa foi mais um daqueles momentos em que eu tive que lutar contra o impulso de puxá-la para perto e beijá-la. Sentir seu corpo junto ao meu enquanto eu subia na sela foi ao mesmo tempo, um prazer e uma tortura.— Segure firme. — falei, segurando as rédeas e dando um leve toque no flanco do cavalo para iniciarmos a cavalgada.À medida que avançávamos, o ritmo constante do trote do cavalo e o ar fresco da manhã criavam uma sensação de liberdade. Eu podia sentir a respiração de Luana contra minhas
Luana DutraAquela manhã parecia como qualquer outra. O sol surgia no horizonte, pintando o céu com tons de rosa e laranja. Eu estava na varanda, tomando meu café e observando a paisagem da fazenda. O cheiro do café recém-feito misturava-se ao aroma da terra molhada pela chuva da noite anterior. A tranquilidade daquele momento era uma bênção, algo que eu não experimentara por muito tempo.— Luana, você tem um minuto? — perguntou Jonas, surgindo atrás de mim. Ele tinha um semblante sério, o que era incomum para aquela hora do dia.— Claro, Jonas. O que aconteceu? — respondi, sentindo uma ponta de preocupação se instalar no meu peito.Ele se aproximou devagar, como se pesasse cada palavra antes de dizer.— Recebi uma ligação da polícia. Eles prenderam Fernando.Por um instante, tudo ao meu redor ficou em silêncio. Era como se o mundo parasse de girar. Eu pisquei, tentando processar a informação. Fernando, o homem que transformou minha vida num inferno, finalmente estava nas mãos da just
Enquanto a paisagem corria pela janela do carro, meu coração parecia competir em uma corrida de obstáculos. Fazia tanto tempo desde a última vez que vi meus pais, e tudo devido ao Fernando. Suspirei, tentando aliviar a tensão, mas foi em vão. Jonas, sentado ao meu lado, percebeu minha inquietação.— Tá nervosa, Luana? — ele perguntou, lançando um olhar preocupado na minha direção.— Um pouco. — respondi, forçando um sorriso. — É só... foram anos sem vê-los, e agora estou trazendo você.Jonas pegou minha mão e a apertou levemente. — Vai dar tudo certo. Eles vão adorar me conhecer, ainda mais quando souberem por mim o quanto te amo.Seu sorriso reconfortante sempre conseguia acalmar meu coração, pelo menos um pouco. Continuamos a viagem em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Quando finalmente chegamos à casa dos meus pais, senti um nó na garganta. A casa parecia menor do que eu lembrava, mas ainda carregava o mesmo ar acolhedor de sempre.Saí do carro e respirei fun
Jonas OliveiraEu estava na varanda da fazenda, olhando para o horizonte, quando meu celular vibrou. Era uma mensagem do meu advogado. Meu coração acelerou, e senti um frio na espinha enquanto abria o e-mail. As palavras dançavam na tela: "Marcos condenado por fraude, documento comprovadamente falso." Finalmente, a justiça tinha sido feita.— Luana! — gritei, minha voz ecoando pelo campo. Ela surgiu da cozinha, com uma expressão de preocupação.— O que foi, Jonas? — perguntou, enxugando as mãos no avental.— Conseguimos, Luana! Marcos foi condenado! — abracei-a com tanta força que quase a levantei do chão. O sorriso dela foi instantâneo, um reflexo da minha própria alegria.— Isso é maravilhoso, Jonas! — disse ela, com os olhos brilhando.— Muito maravilhoso! E quero que todos saibam dessa novidade. Me ajuda espalhar a notícia? — Claro! Vou ajudar com a fofoca. — desdenhou rindo. — Fofoca? Que isso hein! — Eu disse alguma mentira? — Luana, sempre vou concordar e dar razão para voc
Luana DutraAcordei cedo, como de costume. O sol ainda não havia surgido no horizonte, mas a rotina na fazenda começava antes mesmo da luz do dia. Senti o cheiro de café fresco vindo da cozinha e sorri, sabendo que Jonas já estava acordado. Passei a mão pelo cabelo bagunçado e saí do quarto, encontrando-o na cozinha, de costas para mim.— Bom dia. — murmurei, tentando não assustá-lo.Jonas se virou, com um sorriso no rosto que fez meu coração disparar.— Bom dia, Luana. Dormiu bem?Assenti, me aproximando para pegar uma xícara de café. As mãos dele estavam ocupadas preparando o café da manhã, algo simples, mas feito com carinho. Sentar-me à mesa com ele nesses momentos era uma das pequenas alegrias que havia descoberto na fazenda.— O que temos para hoje? — perguntei, tentando disfarçar a ansiedade que sempre sentia ao planejar o dia.— Vamos cuidar dos cavalos e depois verificar as plantações. Talvez possamos colher algumas frutas no pomar, se o tempo permitir.Enquanto ele falava, o
Eu estava no estábulo, cuidando dos cavalos, quando ouvi o som de um carro se aproximando. Não esperávamos visitas, então fiquei curiosa. Saí do estábulo e vi um carro chique parando em frente à casa. Dele saiu uma mulher alta, de cabelos loiros e óculos de sol, carregando uma mala de rodinhas.— Jonas! — ela gritou, com um sorriso enorme, assim que o viu saindo da casa.Ele pareceu surpreso, mas logo abriu os braços para recebê-la.— Mariana? O que você está fazendo aqui?Mariana. Já tinha ouvido falar dela, a prima de Jonas que morava na cidade. Ele a abraçou com força, e ela o apertou de volta, rindo. Senti uma pontada de ciúme ao vê-los tão próximos. Tentei ignorar e voltei minha atenção aos cavalos.— Luana, venha conhecer minha prima. — Jonas chamou.Respirei fundo e fui até eles, tentando manter a calma. Mariana me olhou de cima a baixo, avaliando-me.— Então, você é a famosa Luana. Prazer em conhecê-la. — disse, estendendo a mão.— O prazer é meu. — respondi, apertando sua mão
No dia seguinte, acordei mais cedo do que de costume, determinada a mostrar que nada me abalaria. Desci para a cozinha e comecei a preparar o café. Estava tão imersa no meu trabalho que nem percebi Mariana entrando.— Bom dia, Luana. — ela disse, em um tom que parecia mais condescendente do que amigável.— Bom dia, Mariana. — respondi, tentando manter a cordialidade.Enquanto eu mexia o café, ela se aproximou e, de propósito, esbarrou em mim, fazendo com que um pouco do líquido quente caísse no balcão.— Ah, me desculpe! Foi sem querer. — disse, com um sorriso que não atingia seus olhos.Limpei o café derramado e continuei a preparar o café da manhã, tentando ignorar sua presença. Mas ela não ia me deixar em paz.— Sabe, Luana, estive pensando. Você realmente acha que combina com o Jonas?Parecia uma pergunta inocente, mas o tom de sua voz mostrava suas verdadeiras intenções. Respirei fundo antes de responder.— Acho que sim. Nós nos entendemos e nos apoiamos. — respondi, mantendo a c
Jonas OliveiraEstava uma tarde quente, o sol ainda alto, espalhando sua luz dourada pelos campos da fazenda. Eu estava na varanda, observando o horizonte, refletindo sobre a vida e pensando em Luana. Tudo parecia mais leve desde que ela entrou na minha vida, trazendo consigo uma nova esperança. A paz, porém, foi interrompida pela presença inesperada de Mariana.— Jonas, meu primo querido! — disse ela, com um sorriso que não escondia suas intenções. — Posso me juntar a você?— Claro, Mariana. O que te traz aqui? Pensei que estivesse fazendo suas malas para ir embora. — perguntei, tentando manter um tom neutro. Sempre soube que ela tinha uma queda por mim, mas nossa relação sempre foi contida pelo fato de sermos primos.Ela se aproximou, sentando-se ao meu lado, um pouco mais perto do que o necessário. Senti seu perfume forte e a vi lançar um olhar intenso em minha direção.— Sabe, Jonas, estava pensando em você. Em nós... — começou ela, sua voz carregada de uma insinuação que não pass