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Capítulo 24 — O Guardião das Águas Perdidas

A névoa rastejava sobre o pântano como dedos de um espectro invisível. O cheiro de terra úmida e musgo antigo impregnava o ar, conforme a brisa fria carregava sussurros distantes, vozes do passado que jamais haviam encontrado repouso.

Tupã movia-se sem esforço pelo terreno traiçoeiro, seu corpo biônico absorvendo cada impacto, cada passo na lama, cada gota de umidade que caía de folhas encharcadas, seus olhos reluzindo com um brilho azulado, cortando a penumbra como faróis espectrais. Mas, mesmo com toda essa precisão sobre-humana, algo nele parecia deslocado, como se a floresta tentasse lembrá-lo de que ele já não era apenas um homem.

Foi então que sentiu a presença.

Um silêncio profundo tomou conta do pântano, e a água refletiu um brilho dourado incomum. Tupã parou, os sentidos em alerta. O vento mudou de direção, trazendo consigo um aroma de incenso e madeira queimada.

Do outro lado do nevoeiro, o Guardião do Pântano Sagrado emergiu.

Seu manto vivo, feito de vinhas e musgos, ondula
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