SAMANTHA VASCONSELOS Ian sorri para mim. — Legal então – diz, todo animadinho. Aponto para o prato na frente dele. — É pão na chapa com azeite, já comeu? Tenho homus aqui se quiser. Ele balança a cabeça negativamente. — Nunca. Mas estou prestes a experimentar. Ele dá um sorrisinho sem mostrar os dentes e pega uma torrada. E morde. — Hmmm – ele geme. – Muito bom. — Sério? – pergunto, sem conseguir evitar um sorriso. — Uhum – responde, sorrindo de volta. – Garota vegana e suas comidas. Sorrio e arqueio a sobrancelha: — E desde quando pão com azeite é uma exclusividade vegana? Ian apenas balança a cabeça e diz: — Você se importa de levar sua roupa do trabalho para o meu hotel? Preciso passar lá para me trocar e depois vou precisar de um banho antes de ir pra empresa. Seria essa uma boa ideia? — Por que não trazemos as suas coisas pra cá? Eu preciso de muitas coisas para me arrumar. Ele sorri e dá de ombros. — Justo. IAN MCDOUGALL Samantha vai se trocar e aguardo na
IAN MCDOUGALL Quando termino, encontro Samantha sentada no balcão com o rosto apoiado nas mãos e um sorriso radiante. — Eu posso me acostumar com isso. — E deveria mesmo. Onde eu guardo isso? – aponto para as frutas. Ela aponta para o armário abaixo da pia, que tem potes de vidro com tampa, pego o que eu acho que caibam as frutas e guardo na geladeira. — E então? Quer almoçar agora ou quer ir pra empresa primeiro? – pergunto. — Nós vamos passar o dia juntos? — Não quer almoçar comigo? – nem tento esconder a decepção. — Posso almoçar sozinho também. — Nananão, eu quero sim, foi só uma pergunta Ian. Será que pareci inseguro para ela? Bom, ela me deixa assim em relação a ela. Sam se levanta. — Vamos? — Você quer ir mesmo? Não se sinta pressionada. — Se eu me sentisse pressionada você nem estaria aqui – ela dá uma piscadinha. Vem em minha direção, para na ponta dos pés e me dá um selinho. Em seguida fecha a janela da cozinha e some para dentro do quarto. Eu não acompanho ess
SAMANTHA VASCONSELOS Passar esse tempo com Ian foi… demais, mesmo. E eu gostaria de repetir assim que possível, ele parece ser tão perfeito, que quase sinto medo. Desço e vou direto contar a novidade para Nat, que comemora exageradamente e diz que devemos ir pra balada hoje. Jesus, só pensa em festar? Duas vezes só esse mês. Parece que as coisas estão mudando. Chamo a Luna que aceita o convite rapidamente e fala que está louca para sair pra dançar e perguntou se tudo bem levar uns amigos. Nesse meio tempo confiro se ela fez tudo que precisava ser feito, e sim, seu desempenho foi excelente. Quatro horas saímos do escritório. Mando para Ian: Você vai comemorar com a gente hoje? — Hmmm, mandando mensagens pra quem? — Pergunta Luna, enfiando o nariz na tela do meu celular, que eu rapidamente bloqueio. — Saí pra lá, sua enxerida. Nos entreolhamos antes de cair na gargalhada. A ideia foi minha, lembra? Vejo a mensagem pela barra de notificações e não consigo segurar o sorriso
SAMANTHA VASCONSELOSOk, ele não está disponível. Bufando, coloco água para ferver. Enrolo o cabelo enquanto o macarrão cozinha. Frito o alho no azeite, e preparo um molho sugo. Acrescento tomatinhos cereja, manjericão e azeitonas. Como rapidinho e escovo os dentes. Invisto em um delineado grosso de gatinho e batom vermelho. Coloco um vestido curto de cetim frente única preto, que ajusta dos lados e uma sandália preta de salto fino. Finalizo com minha pulseira do sol e da lua, um colar de corrente grossa e brincos de argola em forma de corrente, tudo dourado.Começo a procurar minha bolsinha quando meu telefone toca.É o Ian.— Oi?— Oi — sua voz soa calorosa. — Estou aqui embaixo.— Já vou descer.— Sem pressa.— Okay.Tiro o celular do carregador, passo perfume, e pego uma clutch preta cuja alça é uma corrente dourada e coloco o batom, o documento, meu cartão e desço. Assim que entro no carro, sou invadida pelo cheiro de seu perfume. Deus me ajude, quero pular nesse homem.— Oi — f
DEDICATÓRIA:Para todas as garotas que tiveram uma grande paixão, mas que jamais permitiram que o sentimento pelo outro fosse maior que o amor que sente por si mesma. Continue perseguindo seus sonhos! Existe um Dom esperando por vocês em algum lugar. ***CAPÍTULO 1SAMANTHA VASCONSELOSHoje é domingo e pra variar, acordei cedo, decidi sair para correr, uma coisa que sempre gostei de fazer, ajuda a reorganizar os pensamentos e me sinto livre. A sensação do vento batendo no rosto, meu corpo em movimento, queimando toda e qualquer caloria – e ansiedade presente em meu corpo, ouvindo música super alta, é tudo pra mim.Quando estou nesses momentos – descabelada e suada, e claro, focada em não morrer por falta de ar, costumo ficar alheia a todos que passam por mim, estou estragada demais para sequer pensar em cumprimentar alguém conhecido, mas não pude deixar de reparar, embora tarde demais, no homem giga
SAMANTHA VASCONSELOSNa segunda de manhã, acordo no horário de sempre, tomo um banho e vou tomar café. Depois seco meus cabelos, deixando-os bem lisos, preencho minha sobrancelha e passo corretivo, bronzer e finalizo com rímel para deixar meus olhos mais acentuados. Visto uma roupa social, calça e colete de alfaiataria e um mocassim. Me avalio no espelho antes de decidir que estou pronta para o dia, que com certeza será tenso.Pego minha bolsa, e antes que eu me esqueça, coloco um par de brincos, alguns acessórios dourados e saio para pegar o metrô.Quando chego no prédio em que trabalho dou uma boa olhada, alto, preto e imponente. Enquanto passo o cartão pela catraca me lembro da primeira vez em que estive aqui, eu sinceramente pensei que fosse vomitar de tanto nervosismo, mas foi tudo bem, todos são muito acolhedores.Vou direto para os elevadores, faltam 20 minutos para a reunião começar. Quando o elevador chega, entro e pego meu celular para ver se Nat falou alguma coisa.— Iana?
SAMANTHA VASCONSELOSFico em choque com seu corte, e fico observando suas costas por um tempo – eu não esperava que ele me deixasse falando sozinha, vejo ele pegando o celular para falar com alguém. Sigo meu caminho para casa.O fato dele não ter insistido me fez querer que ele tivesse feito exatamente isso. Okay, talvez tenha me chamado por ser uma pessoa conhecida, e é obvio que ele pode encontrar uma boa companhia em qualquer lugar por aqui, mas mesmo assim... Feriu meu ego.Mas ok.Chegando em casa, não pude deixar de reparar em como a minha quitinete é perfeita para mim, mesmo sendo pequena, eu amo a minha casa. O prédio em que moro não tem elevador, e por muita sorte, eu consegui um apartamento no primeiro andar, n° 113.Entro em casa e me jogo no sofá — a sala de estar conta com um sofá de dois lugares cinza e um raque, que comporta uma tv pequena, o cômodo é pequeno, assim como todos os outros, e é separado da cozinha por um balcão. Não tem mesa exatamente por não ter muito es
IAN MCDOUGALLFiquei decepcionado por Samantha ter me dispensado, estou obcecado com essa menina desde ontem, e quando vi ela na empresa hoje, fiquei apaixonado.Ela fala muito bem, é educada, tem desenvoltura. Fiquei de boca aberta. Quase no mesmo minuto que a dispensei, peguei o celular e liguei para Natália e perguntei se ela queria jantar comigo.Óbvio que ela aceitou, mas não queria deixar a "Sam" na mão mais uma vez, e eu, inocentemente, disse que não me importava com sua presença. Meu Deus, estou me sentindo um adolescente, ainda mais com essa atitude.Depois de resolver o que eu precisava na filial, fui pro hotel, me troquei e desci para a academia, depois tomei um banho e me arrumei para a noite.Cheguei exatamente no horário combinado.Estava conversando sobre qualquer coisa com Natália e magneticamente meu olhar foi atraído para a porta, no exato momento em que Samantha entrou no restaurante.Me assustei com sua aparência no dia em que esbarrei nela, mesmo descabelada e su