— De joelhos — Tae disse a Diana. Estavam atrás do prédio da faculdade, onde outras vezes já haviam discutido. Onde, também, os outros alunos ouviram as conversas deles escondidos.
A garota estava completamente exausta dessa montanha russa de sentimentos que Tae lhe causava. Mas, não conseguia sair desse ciclo vicioso.
Tae tratava Diana como uma escrava.
Diana se rebelava.
Tae a procurava e a iludia.
Depois Tae dizia que Diana não era nada para ele e que não tinha sentimento algum por ela.
E a tratava como uma escrava.
E isso se repetia e repetia.
— Você não pode mais me controlar, Tae. — Diana ficou cabisbaixa enquanto a mão grande de Tae empurrava sua cabeça para baixo, de forma que ela se ajoelhasse. — Se contar a verdade agora, ninguém vai acreditar. Vai passar o ridículo se disser que nunca fomos namorados. Eles já viram nossos beijos um milhão de vezes.
— Eu sei, mas não preciso disso. — O olhar frio de Tae revelou que ele já vinha pensando nisso há muito tempo.
— Então como vai me controlar? — Diana perguntou, segurando a mão dele e beijando-a. Era o que ele tanto queria. Se isso fosse lhe garantir mais alguns momentos de paz, ela o faria. Novamente, estava entregue às vontades dele, saciando seu ego inesgotável.
— Ora, você não me ama? — Ele se curvou e entremeou os dedos aos cabelos da nuca dela com pouca delicadeza. Assim, colou os lábios aos de Diana e os soltou com um estalo - É assim que vou controlar você.
Era assim que ele fazia quando ela fugia dos trilhos: dava o gosto leve do seu beijo e da sua atenção.
— Não vou amar para sempre. — Os olhos dela se encheram de água enquanto ele ia embora.
Tae virou-se, repentinamente, e deu uma risada divertida, como se aquela ideia fosse completamente inimaginável. Ele realmente duvidou, e foi embora rindo.
Narração DianaMais uma vez deixando meu currículo na secretaria desportiva.Que saudade de você, maninho. Você não deixaria que zombassem assim de mim como o treinador da equipe de basquete estava fazendo.Sinto sua falta.Meu irmão morreu há 3 anos num terrível acidente. Toda a situação me fez sentir culpada por essa desgraça e, desde então, o mundo não é mais o mesmo para mim.Não vou ficar aqui contando a história de Bernardo, mas o principal motivo de eu querer tanto entrar para o time de monitoras de basquete é porque meu irmão foi um grande jogador desse esporte, nessa universidade. O futuro dele e
Narração DianaTae é o nome dele.Quando eu vi aquela beldade se mudar para o apartamento ao lado, não imaginei que teríamos tanto contato.Ele era um gênio do basquete. Fez 8 cestas seguidas de 3 pontos na seletiva. Nem se esforçou. Ele fazia parecer que era fácil.Eu só olhava e admirava. Suspirava.Certas coisas nunca serão nossas.Uns nasceram para brilhar, outros para as sombras. Tae nasceu para iluminar mais que o sol com seu sorriso. Ele fazia uma cesta e soltava uma risada tão linda e gostosa que todas as torcedoras morriam de amor. O treino começou a encher de mulheres inesperadamente. Cada cesta d
NarradorTae atendeu ao telefonema da mãe, Jieun, enquanto mastigava uma torrada que Shimin, seu irmão querido, preparou com todo o carinho.— Está tudo bem, Tae? — Ela perguntou, em coreano, e Tae respondeu no mesmo idioma:- Claro, mãe.- Seu irmão disse que está se destacando no basquete.- Meu irmão fala demais - Tae lan&c
Narrador— O que disse? — O diretor do instituto de tecnologia arregalou os olhos. Era um homem de 50 e poucos anos, doutor, vasta experiência acadêmica. Nunca viu um aluno tão abusado e corajoso.Não tinha tempo para besteiras.— Precisa de um cotonete? — Tae perguntou ao diretor. — Veio até aqui me confessar que agrediu um aluno?— Estou falando com as paredes aqui
Narração DianaTae entregou o microfone a alguém, reposicionou o holofote ao seu local de origem e desceu do palco. É claro que ninguém desgrudou os olhos dele. Eu estava completamente em choque depois de sentir aquela luz e todas as atenções sobre mim. Não movi um dedo, nem conseguia respirar. Ele veio andando em minha direção, cada passo dele provocava mil palpitações em meu peito. Tae pegou educadamente a minha mão e a beijou.Não se ouvia uma cigarra naquele momento.Seus olhos reluziram um brilho inexpressivo por baixo daqueles cabelos pretos.Tae sorriu. Tinha algo em seu doce sorriso que me fez duvidar de sua inocência. Não sei exatamente o que era. Não, n
NarradorShimin acordou sentindo o cheiro de ovos. Ele jamais imaginou que seu irmão prepararia uma saborosa refeição assim tão cedo, Tae tomava café na cafeteria apenas. Porém, quando chegou à cozinha, viu que Tae lia o jornal pacificamente enquanto a luz dourada da manhã entrava pela janela. Uma xícara de café liberava uma fumaça quentinha da caneca de Tae.— Você contratou outra empregada, Tae? — Shimin perguntou, vendo alguém no fogão, e sua voz fez Diana olhar para trás. As olheiras intensas de Diana fizeram Shimin dar quatro passos para trás — V... Você? O que Diana está fazendo no nosso apartamento a essa hora?— De onde a conhece? — Indagou Tae, levantando uma sobr
Narração DianaVoltamos à sala.Quando fui sentar em minha cadeira, Tae apontou com o indicador o espaço ao seu lado.Não. Ele não ia me fazer arrastar cadeira no meio da aula.Fingi que não entendi e virei para o quadro. O professor explicava a matéria sem nenhuma vontade de viver, assim como eu.Recebi uma mensagem no WhatsApp e já sabia quem era.Deus, faz ele parar.“senta aqui” Tae disse.“depois dessa aula eu troco a cadeira de lugar, por favor”
Narração DianaAssim que chegamos ao estacionamento do prédio, toda vez que alguém passava perto da gente no percurso até o apartamento dele, Tae segurava minha mão. Mas, era só ficarmos sozinhos que ele se afastava de mim e andava à frente.Tentei dar uma de maluca e escapar para meu apartamento quando chegamos ao nosso andar, o sétimo, mas Tae me puxou para o seu pelo braço.Quando entrei lá, vi que o apartamento estava impecavelmente organizado e limpo. Ele aparentemente tinha chamado a empregada ultimamente. Então, o que ele queria comigo?— Tire meu casaco. — Ele falou, seco, assim que fechou a porta. Bem, se eu não reivindicasse muito, talvez ele parasse de ter ideias mir