Prólogo Nojo. Raiva. Tristeza. É tudo uma mistura, aqueles malditos acabaram com tudo que eu tinha, levaram desde a minha virgindade até minha vontade de viver. Malditos, eu preferia estar morta. Limpo as malditas lágrimas que insistem em escorrer pelo meu rosto, mesmo não querendo mais chorar, é como se eu não conseguisse parar, é como se meus olhos sangrassem, mas em vez de sangue, são lágrimas, é como uma dor latente. Os desgraçados, que me desgraçaram, devem pagar, mas não perante a lei, não é suficiente, eu sei que meus irmãos estão atrás deles, mas acho que nem isso é suficiente. Pego a esponja e esfrego todo meu corpo pela quinta vez, o hilário é que me sinto ainda mais suja. Observo meu corpo, minha pele está toda avermelhada, esfrego ainda mais. As lágrimas ficam mais intensas, grito, choro, passo minhas unhas pela pele com tamanha força que sinto a ardência da pele ferida, mas não me importo. Ainda sinto o toque deles. Ouço suas vozes, como se ainda sussurrassem em meu ouvi
NEFERTARI AMBROGETTISeguro com as mãos trêmulas de raiva os papeis que mudam drasticamente meu futuro, estou possessa de puro ódio, como ele pode fazer isso comigo? Ah babbo, como pode fazer isso comigo? Eu o amo, mas isso! Isso foi demais. Foi o estopim, me sinto... traída, decepcionada. O Apolo fala mais algumas coisas, entretanto não dou a mínima, ele foi nem teve a decência de me dizer o que tinha feito enquanto estava vivo.-Quanto tempo faz que você sabe disso?- pergunto ficando de pé e balanço a m*****a folha, todos estão em silêncio agora.- Não me diga que todos já sabiam há muito tempo?-Sim sabíamos.- Hades é o primeiro a falar, sua voz é calma. E calmaria agora só me dá mais raiva.-Quanto tempo?- questiono e o Apolo intervém.-Isso não tem relevância.- diz passando a mão no cabelo.-Óbvio que tem, vamos diga.-Já faz um tempo, mas isso não é relevante.- responde Hades e abre um pacotinho de amendoim.-Eu vou matar vocês! .- digo e ele coloca um amendoim na boca, e isso só
NEFERTARI AMBROGETTI Novamente me encontro no lugar que mais detém minha agonia, não sei como agir com tantas crianças, apesar de ter meus sobrinhos. Mamma pediu ao motorista para passar no instituto antes de irmos à empresa, hoje decidi não dirigi, sem contar que às vezes é bom ficar um tempo com a mamma, ela se torna mais suportável quando o assunto não é casamento, e falando em casamento, eu continuo a adiar o meu, é empolgante ver a raiva que estou a causar, está sendo uma ótima lição para o conselho e para os Özçivit, sou eu quem mando, mesmo quando pareço sem opções. Mamma entrou no instituto enquanto eu optei novamente por ficar aqui fora. Olho em volta e vejo o local que a última vez me sentei, desta vez há um bambino lá, mas não é qualquer bambino, é o pobre ragazzo solitário. Ele olha com ar triste para as outras crianças, e faço uma coisa que não compreendo, meus pés me levam até ele. Cazzo (porra). Aproximo-me e assim que ele nota minha presença ele sorri, um sorriso inoc
NEFERTARI AMBROGETTI -Não vou me casar esse mês.- respondo tentando adiar novamente o casamento. Apolo revira os olhos demonstrando impaciência. -Nefertari... já conversamos sobre isso, para que adiar? Não seja imatura. -Porquê eu quero, e não vou me casar esse mês.- sou petulante. -Sabe que podemos colocá-la sobre os ombros e obrigá-la, não sabe? - Indaga Hades. -Vocês até podem, mas nunca fariam isso, a consciência não permitiria. - Ramsés balança a cabeça positivamente. -É você está certa, na verdade, se eu pudesse te proibiria de casar com ele. -Céus, porque você não é o Capo? - pergunta e ele ri. -Porque eu sou o capo. - responde Apolo e revira os olhos. -Fratello, não irei me casar esse mês. - repito com uma cara de deboche. -E será em qual mês? -Talvez quando chegar a primavera.- sorriu de lado, ele se senta cansado. -Sabe que só deixará isso mais difícil, não sabe? -Mais do que já está?- reviro os olhos. Ele balança a cabeça negativamente, sei que poss
NEFERTARI AMBROGETTI Após um longo dia na empresa, chego em casa. Estou muito cansada, mas nem é tanto cansaço físico, é mais mental. Subo para meu quarto, preciso de um banho. Tiro meu casaco e alguém b**e na porta, peço que entre, é a mamma. -Figlia, preciso que se sente. - diz deixando-me alerta. -O que houve?- seu rosto transmite nervosismo, e mamma não é de ficar assim. - É sobre o bambino do Instituto. - sua voz está igualmente tensa. -O que tem? Ele foi regatado? -Sim, está no hospital, é o Formiga figlia. - sinto meu corpo congelar. Só posso ter ouvido errado, mamma disse formiga -O quê? - minha voz sai inconsistente. -A tia dele estava o maltratando, os vizinhos denunciaram, ele está muito machucado, desnutrido, mas vai ficar bem.- diz e apenas ecoa na minha cabeça "é o Formiga figlia" "maltratado" "desnutrido" -O Formiga? Mamma, era para ele estar bem.- sinto um bolo na garganta. Eu preciso ver ele. - Sim, era.- fala com pesar. -Eu preciso vê-lo. E a cag
NEFERTARI AMBROGETTI Assim que decidi adotá-lo, o que foi ontem, entrei em contato com meu advogado, que prontamente me atendeu. Mas me iludi, acreditei que seria fácil, o que deveria realmente ser, já que é a máfia que controla as coisas por aqui, mas alguém está dificultando as coisas, hoje pela manhã recebi uma mensagem do meu advogado dizendo que recebeu um email que afirmava que não poderia iniciar a solicitação que ele tinham mandado ao ministério, não informaram o porquê. Então vim até o Apolo, para que ele me explique. -Eu vou adotar o bambino.- afirmo entrando em seu escritório. Nada vai mudar minha decisão, não agora que finalmente deixei os temores de lado. -Sim, eu soube. - diz me olhando nos olhos, ele parece muito cansado. - Ontem mesmo pedi ao advogado que iniciasse o processo, e hoje pela manhã ele disse que me foi negado, mas não faz sentido, eu pedi ontem, como posso já ter uma resposta? Aí eu pensei, isso só pode ser a máfia, ou estou errada? -Não sore
NEFERTARI AMBROGETTI Assim que chego na casa do Apolo, sou informada que ele já espera em seu escritório. Então o safado já sabia que eu vinha, tudo tão arquitetado, que raiva. Já consigo imaginar tudo, e de quem deve ter sido o plano todo. -Buongiorno, sorella. -Buongiorno? Para quem, Fratello? Onde está o Formiga? - questiono e ele suspira. -Ele está bem, em um local seguro, e com vários bambini. - informa, e aponta para a cadeira em sua frente para que eu sente. -Por que isso?- questiono me sentando. -O conselho não confia na sua palavra, então para garantir que você não vai desistir, eles me pediram para deixá-la longe do bambino. -Figli de puttana! (Filhos da puta) -Sorella, não me alegra fazer isso, mas você sabe que uma ordem deles não pode ser descumprida. -Eu sei, odeio isso. Quando eles vão parar de se intrometer? -Quando você casar.- diz o óbvio. Tudo é por causa desse maldito casamento. -Então em cinco dias ele estará comigo? -Tem minha pal
*Capítulo retirado do livro do APOLO (livro 1) 1 ano e alguns meses antes em LAS VEGAS: NEFERTARI AMBROGETTI Passo um batom vermelho, e vejo meu reflexo no espelho. Estou pronta. Pego minha Glock e coloco em minha coxa. Estou com um vestido vermelho que possui uma fenda e um decote em V. Ajeito meus seios no decote, hora do show, já sinto a adrenalina correr em minhas veias, amo isso, que os jogos comecem. Saio do meu quarto, fecho a porta e ando vagarosamente pelo corredor indo até o elevador, adoro o fato que um vestido longo e um belo decote pode trazer quase uma nova identidade. Chego no corredor, aperto o botão e aguardo. Entro, seleciono o térreo, quando as portas estão fechando uma mão impede. Ergo minha sobrancelha direita quando as portas se abrem e um homem elegante entra. Não só elegante, ele exala luxúria e sexo, e pelo cabelo bagunçado aposto que era isso que estava fazendo. Ele me olha e sorri de lado, continuo seria. -Boa noite.- devolvo o cumprimento co