NEFERTARI AMBROGETTI
Novamente me encontro no lugar que mais detém minha agonia, não sei como agir com tantas crianças, apesar de ter meus sobrinhos. Mamma pediu ao motorista para passar no instituto antes de irmos à empresa, hoje decidi não dirigi, sem contar que às vezes é bom ficar um tempo com a mamma, ela se torna mais suportável quando o assunto não é casamento, e falando em casamento, eu continuo a adiar o meu, é empolgante ver a raiva que estou a causar, está sendo uma ótima lição para o conselho e para os Özçivit, sou eu quem mando, mesmo quando pareço sem opções.
Mamma entrou no instituto enquanto eu optei novamente por ficar aqui fora. Olho em volta e vejo o local que a última vez me sentei, desta vez há um bambino lá, mas não é qualquer bambino, é o pobre ragazzo solitário. Ele olha com ar triste para as outras crianças, e faço uma coisa que não compreendo, meus pés me levam até ele. Cazzo (porra). Aproximo-me e assim que ele nota minha presença ele sorri, um sorriso inocente.
-Tia Tari. - sorriu tentando ser simpática. Céus, eu odiei esse apelido.
-Ciao (oi). Formiga. Como vai? - me sento ao seu lado no banco.
-Bem! Que dizer...- ele suspira com pesar. Que drama, qual será o grande problema deste bambino? Os outros bambini não querem brincar? Quem me dera ter esse problema.
-Deixe de drama, o que se passou? - ele sorri de lado.
-Vou fazer uma nova cirurgia, estou com medo de morrer, não quero morrer sem nem ter tido um nome. Sem que minha mamma tenha me dado um nome.- diz e sinto um bolo na garganta. Cazzo. Quando eu acho que não pode piorar.
-Não seja tolo, certamente não irá morrer. - tento ajudar.
-Mas eu ouvi o médico dizendo que tem riscos. - faz uma careta.
-Mas é o que eles dizem, sempre falam isso, não significa que você vai morrer, pare de sofrer antecipadamente. - dou um soquinho de leve em seu braço. Ele ri de lado.
-Promete? Promete que eu não vou morrer? - tá vendo? Eu sabia que eu não devia ter vindo, como eu posso prometer uma coisa dessas?
-Olha formiguinha, não gosto de promessas, então não posso te prometer. - digo e ele faz a cara mais triste que já vi, acho que ele vai chorar, tento pensar em alguma coisa, e falo a primeira coisa que me vem - eu dou minha palavra que vou te visitar no hospital antes e depois da cirurgia, pode ser? - falo e não acredito no que disse, eu preciso sair daqui. A criatura abre um sorriso e seus olhos brilham.
-Eu irei adorar, eu gosto da senhora, ficaria mais confiante com sua visita, obrigado tia Tari. - diz e me abraça. Eu já não falei com ele sobre abraços? Mas chega a ser engraçado como que com breves palavras eu alegrei o dia do Formiga, é bom saber que ainda consigo isso.
-Você j**a xadrez?- questiona com expectativa, e me recordo de seu olhar de alguns minutos atrás, não quero vê-lo daquele jeito, ele é inocente, não merece aquela angústia.
-Sim, eu jogo. - respondo, ele sorri alegremente.
****
Um mês depois:
Entro no hospital e faço o mesmo das últimas vezes, passo pela recepção para que autorizem minha entrada. Pego o elevador e vou até a ala pediátrica, é lá onde está o formiga, que nos documentos diz que ele se chama Francisco. A cirurgia dele foi a princípio um sucesso, só que com dois dias de operado pegou uma infecção, eu pensei que ele ia morrer, mas graças a Dio, ele suportou tudo, e agora está quase de alta.
E uma coisa surpreendente, eu não fiz apenas duas visitas. Ele pediu que eu não o abandonasse, e assim eu fiz. Venho sempre antes e depois do trabalho, quase todos os dias. Nem eu mesma estou me reconhecendo, mas a cara que ele faz quando me ver, mexe comigo, é como uma luz em meio a tanta escuridão, sua inocência faz parecer tudo tão fácil, ele me trás paz. Com nossa aproximação resolvi procurar pelo passado dele, e cazzo, o garoto só tem 6 pra 7 anos e já passou por um inferno. Seus pais morreram, ele tinha 2 anos, e ficou com a avó materna a qual o maltratava, foi a infeliz que o vendeu, que o colocou no tráfico. O pequeno tinha 5 anos quando um homem o arrastou de casa, enquanto sua avó que olhava tudo permitiu, ela recebeu 1.000 dólares pela venda. Mil dólares, esse foi o valor de uma criança, uma criança inocente, pura, que só queria um pouco de amor e carinho. Quando meus fratelli, o resgatou ele estava junto de mais seis crianças, pelo que a psicóloga falou, foram os homens que estavam com eles que o machucou, ele estava com fome e acabou roubando um pedaço de pão, mas os guardas o viu e o espancaram, quebraram a perna dele. Acabei me emocionando com as fotos que vi de seus hematomas. Imagino quantas mais barbaridades eles fizeram com ele. Chego em seu quarto, mas diferente das outras vezes que estive aqui, ele não está sozinho. Além da mulher do Instituto que sempre o acompanha, Lúcia. Estão mais duas mulheres, uma segura a mão do formiga.
-Buongiorno.- digo estranhando a presença das duas mulheres.
-Senhora. Essas são Francesca e Vittoria.- apresenta Lucia.
-Buongiorno, sou assistente social e advogada. - fala a Francesca.
-E eu sou a tia do Francisco, vim buscar meu sobrinho, que agora será meu filho. - diz deixando-me surpresa, eu não sabia que ele tinha parente vivo.
-Como assim?
-Eu não sou daqui, quando soube da morte da minha irmã fiquei muito abalada, não tínhamos contato devido a brigas bobas, e eu achava que ele estava em boas mãos com minha mãe. Só recentemente que o Instituto me encontrou, assim que soube do Francisco eu vim.- diz e beija a testa do ragazzo. Ele parece feliz, apesar da careta quando a tia o chama pelo nome.
-Veja tia Tari, não sou mais sozinho no mundo.
-Você nunca foi. Sempre teve o Instituto e a...mim.- digo e sorrio. Me sinto estranha com essa situação, não sei se estou feliz, mas sei que devo ficar. Era isso que o formiga sempre quis, e agora ele está tendo a oportunidade de ter uma família, de reaver os laços que foi perdido com o tráfico, por culpa de sua avó.
***
-Agora você vai ter uma família Francisco.- estamos só nós dois no quarto, a tia juntamente com a advogada foram preparar algumas papeladas no instituto.
-Não me chame assim.- diz fazendo uma cara de bravo.
- Mas esse é seu nome. - digo o óbvio.
-Não, não é. Minha mãe me dará um nome.
- Então quem te deu esse nome?
-Uma pessoa ruim. - se encolhe.
-Tudo bem, não irei mais chamá-lo assim. Qual nome você acha que a Vittoria vai te dar?
-Não sei. - da de ombros. - Ela disse que ia pensar em um. Vai ser especial, como deve ser. - diz sorrindo. O tráfico não conseguiu destruir os sonhos desse piccolo, ainda bem que a famiglia interveio a tempo do tráfico não ceifar a esperança e inocência que ele carrega.
Vejo nesse bambino, o meu eu de alguns anos, na verdade de muitos anos. Sinto-me de alguma forma ligada a ele, uma ligação de alma, é muito estranho pensar isso, principalmente agora que ele irá para longe, não vamos mais nos ver, e é melhor assim. Iria me odiar se o colocasse em perigo.
***
KHALIL IVANKOV ÖZÇİVİT
Tento mais uma vez explicar para a Mine que não posso simplesmente mandar meus pais e meu avô irem se foder. É como assinar minha sentença de morte. Como um belo de um covarde, eu não consegui contá-la antes, precisei de três semanas para tomar coragem e dizer.
- Então você vai se casar? Vou ser sua amante agora? Era pra eu ser sua esposa! Sua mulher Khalil! - diz balançando os braços.
- Mas não é tão simples! E eu nunca te iludi. Nunca.
-Mas eu tinha esperanças. Allah, Allah, como fui iludida.
-Mine, se acalme. Não é como se eu quisesse esse casamento, mas sou obrigado a ele.
- Khalil, como vai ser quando você se casar? Como?
- Eu não sei, eu não queria que fosse assim, você sabe que eu já a tinha como minha mulher. - digo e ela olha para o anel em seu dedo.
-Eu odeio sua família. Odeio.
-Eu sei. Possivelmente, ficarei uma longa temporada sem pisar aqui na Turquia, ou em Dubai.
-Está terminando? Está acabando com nós? - indaga diminuindo o tom de voz.
-Não quero colocá-la na posição de amante. E aqui está a sua vida, seus projetos, trabalhos. Eu irei para a Itália.
- Por que tudo tem que ser assim? Eu amo você, Khalil. - diz sentando na cama, parece estar cansada.
- E eu você, Mine. - a abraço.
Odeio vê-la assim, e saber que a culpa é minha é ainda pior. É como uma hipocrisia, visto que prometi fazê-la feliz, mas agora estou a deixando.
-Não sei se consigo te deixar ir. - diz ainda me abraçando.
-Nem eu. - digo sincero.
Minha história com a Mine, não é recente. Sempre tivemos muitas idas e vindas ao longo de 7 anos. Mas faz exatamente 1 ano que nos reencontramos e fizemos as pazes, e eu a dei um anel de compromisso, não éramos noivos, mas eu já tinha planos para fazer tal pedido.
Nessas idas e vindas, também conhecemos outras pessoas, no meu caso até uma mulher misteriosa com quem passei uma única noite. Mas todas elas só me mostraram que a única que queria ao meu lado era a Mine, bem clichê, eu sei.
-Precisa de ajuda para arrumar suas coisas? - pergunta depois que se vira de costas. Sua voz é baixa.
Tenho poucas coisas em seu apartamento, tinha planos em trazer meus pertences após nosso casamento.
-Não. Serei rápido. - digo e seguro a vontade de abraçá-la.
- E nossos projetos? Ainda me ajudará?
- Sim, não irei deixá-la na mão, não nesta questão. - digo e começo a retirar minhas roupas do closet.
***
Suspiro e bebo mais um pouco de uísque. Está gravado em minha mente o rosto da Mine, a surpresa, indignação e tristeza.
-Filho, o que se passou? - pergunta meu pai entrando em meu quarto. - você não é de beber.
-Terminei com a Mine.- respondo enchendo o copo novamente.
- Graças a Allah. - reviro os olhos.
-Por favor, se veio aqui para isso, então saia.
-Fui insensível, me perdoe. Nunca me agradou essa mulher, mas não deveria ter dito isso. Pois bem, como ela reagiu?
- Mal, ela ficou mal.
-Não fique assim filho. Com o tempo esse sentimento ficará mais controlado, mais submerso em novos.
- Eu odeio a máfia por ter me obrigado a deixá-la.
-A máfia sempre rouba alguma coisa, faz sem pedir permissão.
- O que ela te roubou?
-Um dia eu te conto. - sorri de lado. - Agora pare de beber, isso não irá adiantar em nada. Ah, e quando casar diminui esse hábito, certamente sua futura esposa não deva achá-lo atrativo. - reviro os olhos.
- O que sabe sobre ela?
-Não muito, na verdade eu nunca a vi pessoalmente. Mais feia, posso garantir que ela não é.
- Um relacionamento vai além da beleza, pai.
-Deixe de ser hipócrita, você mesmo só se envolveu com mulheres que parecem sair de capas de revistas. Mas, enfim, sua mãe irá à Itália fazer uma visita à ela.
- E por que isso? Quem vai casar sou eu, desta forma eu quem deveria ir.
-Seu avô quer assim, e ele ainda manda na família. - dá de ombros.
-Meu avô, o mentor de tudo isso.
- Seu avô sabe o que faz.
- Tem certeza disso? Porque não me parece viável uma pessoa que tomou uma decisão com base no achismo de uma cigana.
- Não fale essas coisas quando vê-lo amanhã.
- Pai, não é segredo para ele o que eu acho dessa história.
-Mais é desrespeitoso, faz parecer que ele é ridículo.
- Está bem, irei me conter.
- Ótimo, e meu filho? Certifique-se que sua aventura com a Mine realmente teve um ponto final, não quero que isso saia daqui.
- Eu já não disse que acabou? Vai querer o que? Que mate ela? Eu jamais a machucaria.
-Eu não disse isso, mas sua mãe certamente vai querer garantir que a Mine não seja um incômodo. - fala como um aviso e sai do quarto, deixando-me pensativo.
NEFERTARI AMBROGETTI -Não vou me casar esse mês.- respondo tentando adiar novamente o casamento. Apolo revira os olhos demonstrando impaciência. -Nefertari... já conversamos sobre isso, para que adiar? Não seja imatura. -Porquê eu quero, e não vou me casar esse mês.- sou petulante. -Sabe que podemos colocá-la sobre os ombros e obrigá-la, não sabe? - Indaga Hades. -Vocês até podem, mas nunca fariam isso, a consciência não permitiria. - Ramsés balança a cabeça positivamente. -É você está certa, na verdade, se eu pudesse te proibiria de casar com ele. -Céus, porque você não é o Capo? - pergunta e ele ri. -Porque eu sou o capo. - responde Apolo e revira os olhos. -Fratello, não irei me casar esse mês. - repito com uma cara de deboche. -E será em qual mês? -Talvez quando chegar a primavera.- sorriu de lado, ele se senta cansado. -Sabe que só deixará isso mais difícil, não sabe? -Mais do que já está?- reviro os olhos. Ele balança a cabeça negativamente, sei que poss
NEFERTARI AMBROGETTI Após um longo dia na empresa, chego em casa. Estou muito cansada, mas nem é tanto cansaço físico, é mais mental. Subo para meu quarto, preciso de um banho. Tiro meu casaco e alguém b**e na porta, peço que entre, é a mamma. -Figlia, preciso que se sente. - diz deixando-me alerta. -O que houve?- seu rosto transmite nervosismo, e mamma não é de ficar assim. - É sobre o bambino do Instituto. - sua voz está igualmente tensa. -O que tem? Ele foi regatado? -Sim, está no hospital, é o Formiga figlia. - sinto meu corpo congelar. Só posso ter ouvido errado, mamma disse formiga -O quê? - minha voz sai inconsistente. -A tia dele estava o maltratando, os vizinhos denunciaram, ele está muito machucado, desnutrido, mas vai ficar bem.- diz e apenas ecoa na minha cabeça "é o Formiga figlia" "maltratado" "desnutrido" -O Formiga? Mamma, era para ele estar bem.- sinto um bolo na garganta. Eu preciso ver ele. - Sim, era.- fala com pesar. -Eu preciso vê-lo. E a cag
NEFERTARI AMBROGETTI Assim que decidi adotá-lo, o que foi ontem, entrei em contato com meu advogado, que prontamente me atendeu. Mas me iludi, acreditei que seria fácil, o que deveria realmente ser, já que é a máfia que controla as coisas por aqui, mas alguém está dificultando as coisas, hoje pela manhã recebi uma mensagem do meu advogado dizendo que recebeu um email que afirmava que não poderia iniciar a solicitação que ele tinham mandado ao ministério, não informaram o porquê. Então vim até o Apolo, para que ele me explique. -Eu vou adotar o bambino.- afirmo entrando em seu escritório. Nada vai mudar minha decisão, não agora que finalmente deixei os temores de lado. -Sim, eu soube. - diz me olhando nos olhos, ele parece muito cansado. - Ontem mesmo pedi ao advogado que iniciasse o processo, e hoje pela manhã ele disse que me foi negado, mas não faz sentido, eu pedi ontem, como posso já ter uma resposta? Aí eu pensei, isso só pode ser a máfia, ou estou errada? -Não sore
NEFERTARI AMBROGETTI Assim que chego na casa do Apolo, sou informada que ele já espera em seu escritório. Então o safado já sabia que eu vinha, tudo tão arquitetado, que raiva. Já consigo imaginar tudo, e de quem deve ter sido o plano todo. -Buongiorno, sorella. -Buongiorno? Para quem, Fratello? Onde está o Formiga? - questiono e ele suspira. -Ele está bem, em um local seguro, e com vários bambini. - informa, e aponta para a cadeira em sua frente para que eu sente. -Por que isso?- questiono me sentando. -O conselho não confia na sua palavra, então para garantir que você não vai desistir, eles me pediram para deixá-la longe do bambino. -Figli de puttana! (Filhos da puta) -Sorella, não me alegra fazer isso, mas você sabe que uma ordem deles não pode ser descumprida. -Eu sei, odeio isso. Quando eles vão parar de se intrometer? -Quando você casar.- diz o óbvio. Tudo é por causa desse maldito casamento. -Então em cinco dias ele estará comigo? -Tem minha pal
*Capítulo retirado do livro do APOLO (livro 1) 1 ano e alguns meses antes em LAS VEGAS: NEFERTARI AMBROGETTI Passo um batom vermelho, e vejo meu reflexo no espelho. Estou pronta. Pego minha Glock e coloco em minha coxa. Estou com um vestido vermelho que possui uma fenda e um decote em V. Ajeito meus seios no decote, hora do show, já sinto a adrenalina correr em minhas veias, amo isso, que os jogos comecem. Saio do meu quarto, fecho a porta e ando vagarosamente pelo corredor indo até o elevador, adoro o fato que um vestido longo e um belo decote pode trazer quase uma nova identidade. Chego no corredor, aperto o botão e aguardo. Entro, seleciono o térreo, quando as portas estão fechando uma mão impede. Ergo minha sobrancelha direita quando as portas se abrem e um homem elegante entra. Não só elegante, ele exala luxúria e sexo, e pelo cabelo bagunçado aposto que era isso que estava fazendo. Ele me olha e sorri de lado, continuo seria. -Boa noite.- devolvo o cumprimento co
NEFERTARI AMBROGETTI Já no bunker pego um balde com água e jogo na cara dele, que enfim acorda. Em cada país que temos territórios e consequentemente sócios, temos bunker, não tão grandes como o principal da Itália, mas tão necessários quanto. -Até que enfim, bela adormecida.- ele me olha e depois olha para si, preso em uma cadeira que ele reconhece que é de tortura. Ele tenta se mexer. -Não seja tolo, sabe muito bem que não vai conseguir sair, você já é familiarizado com isso. -Quem é você? - questiona nervoso. -A pergunta certa séria o que eu quero. -E o que você quer? -Nada demais, só algumas informações. -Informações? -Yakuza.- ele ri. -Você só pode ser louca, prefiro morrer.- diz com o queixo erguido. Dando uma de corajoso, sorriu de lado. -Sabe, eu imaginei que fosse dizer isso. -Deixe-me adivinhar, vai me tortura? Vá em frente, fui treinado para isso.- cospe. -Torturar? Ah sim, claro que faremos isso, não se preocupe.- caminho pela pequena s
NEFERTARI AMBROGETTI Como muitos diriam, hoje é o grande dia. E minha contribuição para que realmente seja emocionante, está sobre a cama, embalado de maneira cuidadosa para não amassar. Irei me casar? Cazzo (porra), sim. Mas será do meu jeito. Sorriu malandra, hora do show. Agora estou sozinha no quarto, mas antes tinha umas 15 pessoas me ajudando a ficar pronta e me enlouquecendo! Após arrumarem meu cabelo e maquiagem, expulsei todo mundo, deixando um pouco de lado a educação que mamma me deu. Pego meu celular e mando uma mensagem para o Ramsés, ele é meu irmão gêmeo, tem a obrigação de me ajudar, ser meu cúmplice. Impacientemente o espero, e quase vibro de alegria quando ouço alguém bater na porta, é ele. Destranco a porta e ele entra. -Por que diabos eu estou aqui?- questiona confuso, cruzando os braços. -Porque vai me ajudar a colocar o vestido. - simplifico indo até a cama. -Eu? Mas tem uma mulherada lá fora, que inclusive estavam aqui dentro. -Elas não servem, quero surpr
KHALIL IVANKOV ÖZÇIVIT -Sim. - responde contrariada. -Khalil, você aceita Nefertari como sua legítima esposa, prometendo ser fiel, amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da suas vida. Até que a morte os separe? - nessa hora minha mente me faz pensar na Mine, era para ser ela aqui. Engulo em seco, merda não é hora para pensar nisso. Olho para a Nefertari. -Sim. - respondo firme e ouço meu avô, minha mãe e pai suspirarem aliviados. -Eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva. - finaliza, coloco as mãos em sua cintura e a beijo, nada muito grandioso, foi mais parecido com um selinho, todos presentes batem palmas. *** NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVIT Após a cerimônia na igreja, nos direcionamos para a recepção que é na mansão da família. Está tudo bem decorado, não escolhi nada, fiquei completamente inerte a tudo isso. Além da recepção, aqui também vai acontecer o juramente, sem ele é