Já se passava das 08:00 da manhã quando chegamos a Dubai, está frio e nublado, um dia que passa a sensação de tristeza, melancólico. Durante o voo eu e o Aquiles conseguimos dormir um pouco, diferente do Khalil que não dormiu um segundo se quer durante o longo voo, sua cabeça está a mil, passou o caminho todo pensativo, não falou muito. Também não insistir em conversar, tem momentos que é necessário ficarmos sozinhos com nossos próprios pensamentos, e sua expressão indicava isso, portanto respeitei seu espaço.Assim que pousou, viemos o mais rápido possível para a mansão, quando chegamos era notável que a tristeza pairava sobre a casa e cada um nela.Minha sogra está com os olhos vermelhos e inchados, evidenciando que chorou bastante, a dor de saber que o pai está morrendo, compreendo sua dor, a agonia em não poder fazer nada, e apenas aguardar.Agora estamos no corredor do quarto do Nyrat, todos. Entrara um de cada vez, a pedido dele, e advinha quem ele pediu para falar primeiro? Com
Alguns dias mais tarde:NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZÇIVITSorriu quando vejo o convite de casamento do meu tio Giancarlo, eu fico tão feliz em vê-lo assim refazendo sua vida, feliz, se sentindo bem para iniciar esse novo ciclo, se permitindo amar novamente.Toda família sabe e viu seu sofrimento após a morte da sua esposa e filho, ele vingou a morte deles e depois disso parecia não querer mais viver, se fechou com sua dor, apesar disso ele sempre foi presente tanto para mim quanto para meus irmãos, principalmente após a morte do babbo, foi como um segundo pai, ele era o único que sabia lidar com a rebeldia do Hades, que céus era terrível.-O coroa vai casar. - comemora Ramsés, que leva um tapa na cabeça do nosso tio.-Não sou coroa. - balança a cabeça negativamente.-Não... eu que sou. - diz e nosso
Estamos agora em um banho relaxante na banheira, estou de frente para o Khalil, que está de olhos fechados, aproveitando o momento, fecho os olhos e aproveito também. Paz, é como música para meus ouvidos, tem sido assim ultimamente. -Pensei em uma coisa. -No quê?. - indago de olhos fechados. -Em nomes. - diz e abro os olhos. - Lembrei de quando nos conhecemos. - E? - questiono e ele pega meu pé direito. - Que pensei em Afrodite. - sorriu de lado. - O que acha? -Eu gosto, Afrodite, é um nome forte. - respondo enquanto ele faz uma massagem em meu pé, suspiro apreciando. - E tem história conosco. -Então já temos um nome, falta dois, mas se for 3 meninos, ai não temos nenhum. - diz e ri. -Não se preocupe, mas temos uma quase tradição de família. -Sim, eu já percebi, por isso Afrodite. - Serão duas meninas e um menino. - falo firme olhando em seus olhos. -Porque tanta certeza? - me
Nojo. Raiva. Tristeza. É tudo uma mistura, aqueles malditos acabaram com tudo que eu tinha, levaram desde a minha virgindade até minha vontade de viver. Malditos, eu preferia estar morta. Limpo as malditas lágrimas que insistem em escorrer pelo meu rosto, mesmo não querendo mais chorar, é como se eu não conseguisse parar, é como se meus olhos sangrassem, mas em vez de sangue, são lágrimas, é como uma dor latente. Os desgraçados, que me desgraçarão, devem pagar, mas não perante a lei, não é suficiente, eu sei que meus irmãos estão atrás deles, mas acho que nem isso é suficiente. Pego a esponja e esfrego todo meu corpo pela quinta vez, o hilário é que me sinto ainda mais suja. Observo meu corpo, minha pele está toda avermelhada, esfrego ainda mais. As lágrimas ficam mais intensas, grito, choro, passo minhas unhas pela pele com tamanha força que sinto a ardência da pele ferida, mas não me importo. Ainda sinto o toque deles. Ouço suas vozes, como se ainda sussurrassem em meu ouvido. "Sua
NEFERTARI AMBROGETTI Seguro com as mãos trêmulas de raiva os papéis que mudam drasticamente meu futuro, estou possessa de puro ódio, como ele pode fazer isso comigo? Ah babbo, como pode fazer isso comigo? Eu o amo, mas isso! Isso foi demais. Foi o estopim, me sinto... traida, decepcionada. O Apolo fala mais algumas coisas, entretanto não dou a mínima, ele foi nem teve a decência de me dizer o que tinha feito enquanto estava vivo. -Quanto tempo faz que você sabe disso?.- pergunto ficando de pé e balanço a m*****a folha, todos estão em silêncio agora.- Não me diga que todos já sabiam? -Sim sabíamos.- Hades é o primeiro a falar, sua voz é calma. E calmaria agora só me dá mais raiva. -Quanto tempo?- questiono e o Apolo intervém. -Isso não tem relevância.- diz passando a mão no cabelo. -Óbvio que tem, vamos diga. -Já faz um tempo, mas isso não é relevante.- responde Hades e abre um pacotinho de amendoim. -Eu vou matar vocês!.- digo e ele coloca um amendoim na boca, e isso só
NEFERTARI AMBROGETTI Novamente me encontro no lugar que mais detém minha agonia, não sei como agir com tantas crianças, apesar de ter meus sobrinhos. Mamma pediu ao motorista para passar no instituto antes de irmos à empresa, hoje decidi não dirigi, sem contar que às vezes é bom ficar um tempo com a mamma, ela se torna mais suportável quando o assunto não é casamento, e falando em casamento, eu continuo a adiar o meu, é empolgante ver a raiva que estou a causar, está sendo uma ótima lição para o conselho e para os Özçivit, sou eu quem mando, mesmo quando pareço sem opções. Mamma, entrou no instituto enquanto eu optei novamente em ficar aqui fora. Olho em volta e vejo o local que a última vez me sentei, desta vez há um bambino lá, mas não é qualquer bambino, é o pobre ragazzo solitário. Ele olha com ar triste para as outras crianças, e faço uma coisa que não compreendo, meus pés me levam até ele. Cazzo (porra). Aproximo-me e assim que ele nota minha presença ele sorri, um sorriso in
NEFERTARI AMBROGETTI -Não vou me casar esse mês.- respondo tentando adiar novamente o casamento. Apolo revira os olhos impaciente. -Nefertari... já conversamos sobre isso, para que adiar? Não seja imatura. -Porquê eu quero, e não vou me casar esse mês.- sou petulante. -Sabe que podemos colocá-la sobre os ombros e obrigá-la, não sabe? - Indaga Hades. -Vocês até podem, mas nunca fariam isso, a consciência não permitiria. - Ramsés balança a cabeça positivamente. -É você está certa, na verdade, se eu pudesse te proibiria de casar com ele. -Céus, porque você não é o Capo? - pergunta e ele ri. -Porque eu sou o capo. - responde Apolo e revira os olhos. -Fratello, não irei me casar esse mês. - repito com uma cara de deboche. -E será em qual mês? -Talvez quando chegar a primavera.- sorriu de lado, ele se senta cansado. -Sabe que só deixará isso mais difícil, não sabe? -Mais do que já está?- reviro os olhos. Ele balança a cabeça negativamente, sei que posso estar sendo
NEFERTARI AMBROGETTI Após um longo dia na empresa, chego em casa. Estou muito cansada, mas nem é tanto cansaço físico, é mais mental. Subo para meu quarto, preciso de um banho. Tiro meu casaco e alguém b**e na porta, peço que entre, é a mamma. -Figlia, preciso que se sente. - diz deixando-me alerta. -O que houve?- seu rosto transmite nervosismo, e mamma não é de ficar assim. - É sobre o bambino do Instituto. - sua voz está igualmente tensa. -O que tem? Ele foi regatado? -Sim, está no hospital, é o Formiga figlia. - sinto meu corpo congelar. Só posso ter ouvido errado, mamma disse formiga -O quê? - minha voz sai inconsistente. -A tia dele estava o maltratando, os vizinhos denunciaram, ele está muito machucado, desnutrido, mas vai ficar bem.- diz e apenas ecoa na minha cabeça "é o Formiga figlia" "maltratado" "desnutrido" -O Formiga? Mamma, era para ele estar bem.- sinto um bolo na garganta. Eu preciso ver ele. - Sim, era.- fala com pesar. -Eu preciso vê-lo. E a cag