No dia em que Laura acordou do último coma e descobriu estar grávida e no dia da suposta morte de Diogo.
-Manu-
Minha barriga já está bem aparente, estou de seis meses e meio e os gêmeos crescem bem, já não consigo me movimentar como antes então só atendo o balcão e fico somente até o horário do almoço.
-Ei bolinha, vamos? -vejo Miguel atrás do balcão me chamando, ele praticamente virou meu protetor e amigo, a alguns meses atrás ele terminou com a namorada que só sugava a vida do pobrezinho, quando ele disse que tinha terminado quase fizemos uma festa mas ele não deixou.
-Não me chame assim Miguel, quando meus filhos nascerem não irei deixar você pegar eles. -resmungo pegando minha bolsa e me dirigindo a saída, é assim a algum tempo, nesse horário Miguel me leva em casa e volta para encerar o dia e ajudar na limpeza.
-Sabe que você é a bolinha mais linda que já vi. -ele diz passando o braço por meus ombros. -Vamos indo que tenho que voltar em quinze minutos.
Estamos saindo quando escuto barulho de tiro, Miguel é tirado bruscamente do meu lado e logo um pano é colocado sobre meu nariz, tudo vai ficando escuro e não consigo saber o que está acontecendo.
-Vamos rápido com isso... -a última coisa que escuto antes de apagar completamente.
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Meus olhos pesam e me forço a abri-los, vejo o teto branco, viro o rosto encontrando uma parede preta e umas cortinas, me sento meia atordoada, onde estou? Como caralho vim parar aqui?
-Finalmente acordou. -escuto a voz de um homem e viro minha cabeça encontrando um senhor sentado em uma poltrona perto de uma janela. -Desculpe te trazer aqui dessa forma, mas você me pertence.
Olho para ele sem entender. Não sei onde estou, não sei quanto tempo dormi, nem quem é esse homem me encarando como se eu fosse algo valioso, mas ou mesmo tempo descartável.
-O que quer dizer com isso? Onde estou? Quem é você? -olho para todos os lados e quando vou me levantar vejo uma algema em meu braço e uma corrente ligada a cama.
Na hora me assusto, que merda ta acontecendo, tento me soltar mais não dá certo, meu coração bate forte o senhor só me observa sem fazer nada, levo a mão em minha barriga em instinto quando vejo seu olhar ir parar ali.
-Você foi vendida a mim, mas fugiu, estragou seu corpo ficando grávida e perdendo sua pureza, mas ainda vai servir como prostituta, mas se seus filhos nascerem bonitos você será minha mulher. -ele diz como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.
-Vou m****r trazerem comida, depois alguém vira te soltar para que possa tomar banho, por enquanto não irei deixar você sair, mas depois, quem sabe se você for uma boa menina. -seu sorriso é macabro.
Ele se levanta vem ate mim passa a mão em meus cabelos e vai em direção a porta, vejo ele retirar uma chave do bolso da calça e quando sai escuto o barulho da porta sendo trancada e de seus passos se afastando.
Como isso foi acontecer? Depois de tudo que passei fui encontrada, o que será de mim agora e meus filhos, minha mente começa a girar com todos os tipos de coisa que podem me acontecer agora.
Estou em pânico, sinto meu corpo fraco, meus olhos vão se fechando e mesmo não querendo vou perdendo a consciência.
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"Logo depois do primeiro capítulo."
"Diogo"
Sabia que minha família ficaria sem chão por causa desse plano, mas preciso sumir para poder investigar melhor essa história da morte de Olivia, os ataques, Dênis Silva e todos os ataques a minha família.
Vou até Roma com outra identidade, vou dar um jeito de me manter somente com o dinheiro que peguei na conta da família a alguns minutos atrás, posso demorar meses, mas vou dar meu jeito.
-Cara, tem certeza que quer fazer isso? -George me pergunta pela quarta vez.
Já mudei a cor do cabelo, tirei a barba, cobri as tatuagens com uma tinta que durará uns dias para sair até que eu possa as cobrir de novo, estou vestido como uma pessoa normal indo viajar, um turista, meu nome falso é Leon Meres, sou estudante de literatura e estou a passeio em Roma.
-Cala boca e vamos logo pra um hotel. -digo e ele me segue, não sei porque aceitei que esse idiota viesse comigo. Cazzo, tinha que deixar George vim comigo já que ele é um gênio em informática e programação.
-Beleza, o hotel que a gente vai ficar é um bem ruinzinho, fica no subúrbio, ninguém vai nos reconhecer por lá. -ele diz baixo e seguimos até o lado de fora, vejo um táxi e aceno, teríamos que alugar um carro logo logo, porque ficar andando pra cima e pra baixo de táxi não vai rolar.
Agora que comece as investigações sobre Olivia Sentyl, Dênis Silva e tudo mais, tenho que descobrir porque todas essas merdas vem acontecendo, além de me manter informado sobre a família.
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O hotel onde vamos ficar é um de classe media baixa, um que qualquer estudante de literatura poça pagar e ainda dar um de turista por aí.
Deixei essas coisas para o George resolver, mas isso vai ser só pela primeira semana, depois nos vamos alugar uma casa para servir de base.
-Cara esse lugar é um porre, nem tem água quente. -escuto George resmungar depois de sair do banho.
-Lembra que foi você que escolheu. -digo olhando pela janela pequena do segundo andar.
-Mas foi você que me disse para ser econômico e passar despercebido. -fala fazendo drama.
-Tá bom, chega disso. -me afasto da janela quando vejo alguns caras mau encarados passar olhando pra cima.
Por mais que esse hotel fique em um bom lugar, atrás dele tem um beco que passa muitas pessoas suspeitas, por esse motivo dentre todas as opções que George sugeriu escolhe ficar com esse.
Podemos sair pela porta dos fundos, fazer o que temos que fazer e voltar sem que ninguém note.
Solto um suspiro alto passando a mão pelo cabelo, estou um pouco cansado, passei os últimos dias me escondendo e resolvendo os assuntos para poder vir.
Tudo que preciso fazer agora é dormir pelo menos umas cinco horas sem ser perturbado, me jogo na cama pequena já com os olhos fechados me preparando pra dormir.
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"A parti daqui a história vai sendo contada no presente o que está acontecendo no agora, com Manu presa na e Diogo fazendo as investigações.""Manu"Já faz um mês que estou presa aqui, o senhor que veio aqui no primeiro dia para me receber não apareceu mais, meus dias se resumem a ficar no quarto e pela manhã uma moça e um homem vem até o quarto me pegar para caminhar e tomar sol, isso na propriedade é claro, estou de seis meses e meio, quase não consigo ver meus pés.-Manuelly, levanta, nos vamos sair dessa casa. -a mesma mulher de sempre aparece, ela é médica pediatra e me trata super bem, mas com certeza absoluta ela não é uma mocinha, tem cara de vilã.-Para onde vamos? -questiono já de
"Apartir daqui estará contando o presente.""Diogo"Entramos na lanchonete que está bem vazia para esse horário do dia, nos direcionamos ao balcão, uma moça loira dos olhos castanhos veio até nós.-Olá, já sabem o que pedir? -perguntou olhando minuciosamente para cada um de nós, seus olhos estão vazios.-Estamos procurando duas pessoas, Luiza Bonny e Miguel Olandes. -digo sem enrolar e vejo os olhos dela se arregalarem. Depois ele tenta voltar ao normal e disfarça passando a mão no avental.-Nunca ouvi esses nomes senhores. -responde e respira. -Vão querer algo?Ela parece nervosa, o jeito que segura a caneta, ou como olha para um ponto atrás de mim, me deixa intrigado.-Poderia me emprestar a caneta e o papel, traga dois sucos por favor. -digo e ela sai deixando o bloquinho e a caneta quando volta com os suco
"Manu"O tempo parece passar rápido de mais, o medo já me consome, estou entrando no sétimo mês de gestação, eles seguem me dando uma alimentação forte e saudável para mim e os bebês. Por qual motivo? Não faço ideia.-Meri, pode pegar água pra mim. -digo sentando com dificuldade. Eles instalaram uma mine geladeira aqui, onde colocaram várias frutas e água, além de outras coisas.Tudo por conta da gravidez. Vejo Meri levantar e ir até a geladeira pegar uma garrafa e me entregar. Bebo o conteúdo como se não bebesse água a pelo menos uns dois dias.-Acho que alguém acordou com cede. -Meri ri do meu apavoramento ao beber a água.-Meus filhos estão me sugando. -escuto barulho de chaves e passos fortes.Depois de um tempo um senhor para na porta da cela e sorri, sua barba é grande, usa um óculos escuros e chapéu, está de terno e tem um sorriso macabro no rosto.-Traga
"Diogo"Olho atentamente Olivia sentada na minha frente junto do seu "amigo". Faz alguns minutos que George mostra a nós uma câmera de segurança onde Liza reconhece o tal Miguel seu namorado.-Isso é muito estranho, se ele estava no apartamento, porque não me recebeu? -Liza diz chorosa. -Depois recebi as ameaças, achei que iam mata-lo.-Talvez ele estivesse sendo ameaçado também, meu tio avó é um homem sem escrúpulos. -olho para Olivia sem entender.Assim como George e Liza, o único que continua normal é o tal Dj. Espero que ela continue, vejo ela respirar fundo antes de começar a falar.-Contarei a vocês um pouco da minha história de vida. Nasci em 1998 em Cuba, sou filha de Ruan Luiz Garbonera, líder do Cartel del Doces. -respirou fundo e fechou os olhos.
"Manu"Faz alguns dias que os Caim e Kaick estão em nossa cela, sempre vem comidas, sucos, coisas de higiene, tudo por causa de meus insistentes pedidos a mulher que vem me ver a cada três dias por causa da gravidez.-Temos mais um para fazer companhia a vocês. -escuto a voz grave do cara que sempre vem trazer as comidas, ele destranca a cela e larga um cara dentro da cela, vejo o sangue, o cabelo bagunçado. Coloco a mão na boca para conter a vontade de vomitar e o cara se afasta depois de deixar o outro jogado na cela.-Meri, Caim, Kaick. Acordem, por favor. -chamo e todos levantam assustados.É bem cedo mas os gêmeos não me deixavam dormir, sempre acordo nesse horário. Levanto com dificuldade por conta da barriga grande de oito meses, me aproximo do homem que parece desacordado.-Manu não chega perto, ele pode está
"Manu"Já fazia alguns dias que Miguel foi jogado na nossa cela todo machucado e desnutrido.Estou quase completando nove meses de gestação, não sei bem quando irei ganhar, pode ser a qualquer momento a partir dessa semana, estou com medo da minha vida daqui para frente, medo da vida que meus filhos vão levar.Me sento na cama e olho pelas grades, a única luz é a da nossa cela, todos dormiam, é bem cedo, mas os gêmeos estão bem agitados nesses últimos duas quase não me deixam dormir durante a noite.Suspiro alisando a barriga, poxa vida filhos, só queria dormir mais um pouco. Escuto barulhos estranhos, parecem tiros do lado de fora e se aproximando.-Pessoal, acordem. -chamo e vejo os rostos confusos abrindo os olhos. -Gente, escutem.Todos ficam atentos aos barulhos de tiros, logo escutamos algo se abrindo e passos rápido pelo corredor, um homem parece na porta da cela
"Diogo"Vários dias para armar um plano, encontrar pessoas de confiança pra ajudar na invasão, entre várias outras coisas que precisamos.Depois que Olivia e Dj apareceram e nos deram uma luz sobre com quem estávamos lidando, nosso pensamento principal é resgatar as pessoas sequestradas, elas tem alguma ligação e temos que descobrir qual é.-Di, a nossa última refeição está pronta. -Lisa diz na porta e dou risada, como se essa fosse nossa última refeição antes de morrer.Mesmo que tenhamos tentado convencê-la a ficar amanhã, ela não desistiu de resgatar seu amor. Aprendeu a atirar com Dj, a armar bombas com George e defesa pessoal com Olivia, comigo digamos que ela aprendeu a cozinhar e a fazer curativos.-Valeu aí pequena. -digo me levantando
"Diogo"Assim que chegamos no hospital Manuelly e os bebês foram levados, a enfermeira não me deixou ir atrás dos bebês, fiquei frustrado mas não posso fazer nada, ainda estou com minha identidade falsa.-Eai já tem notícias da menina? -George senta ao meu lado no chão.-Ainda não. -assim que termino de falar uma enfermeira aparece segurando uma prancheta.-Você que estava acompanhando a mãe dos gêmeos certo? -ela olha desconfiada para mim, acho que por estar somente de calça.-Sim, como eles estão? -ela sorri pra mim.-Estao bem. Preciso que venha até a recepção para preencher os dados deles. -droga em so sei o nome dela, mas nada.-Quero transfiri-la com os bebês para o hospital de Son Diogla, em Molrens. -digo e a enfermeira me olha. -O mais depressa possível, ninguém pode saber que ela esteve aqui.-Entendo. Vou conversar com os médic