Água

O simples movimento de abrir e fechar a boca para falar fazia meus lábios coçarem. Percebia a vermelhidão tomando conta do meu corpo e não podia fazer nada, pois estava atrelada à porra das algemas.

- Gatão! Você é um cão leal, sensível e protetor, vindo da montanha dos Pirenéus! Me ajuda, porra! – Gritei, sem sucesso.

Sabia que o cachorrão certamente estava deitado, ocupando quase toda a minha cama, completamente preguiçoso. Aposto que chegou a abrir os olhos grandes e brilhantes quando ouviu seu nome, arqueando as orelhas... Para em seguida abaixá-las, enquanto fechava os olhos e voltava a dormir.

- Fofinho! Gatinho querido... Eu posso perdoá-lo... Em troca você sai pela janela e chama o porteiro. Diga que estou aqui, trancada... E vou morrer, asfixiada, porque o óleo de amendoim já deve estar atingindo a minha garganta.

Nem sinal do gato assassino. Aposto que estava feliz da vida sabendo que eu estava ferrada.

Foi então que vi o desgraçado do Fofinho passar pela porta e me analisar
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