Estrelinha (II)

— Ficarmos juntos?

Ele assentiu com a cabeça. Se aproximou e pegou minha mão que estava com o curativo:

— Vou cuidar de você quando voltar.

— Devo esperá-lo onde? — provoquei.

— Eu já disse que você não vale nada, raio de sol?

— Já... Umas mil vezes. — Ri.

Theo deu um beijo no meu rosto:

— Em alguns minutos estarei de volta.

— Para quem esperou 24 anos, o que são alguns minutos?

— Uma eternidade — sussurrou no meu ouvido, sorrindo. — Alguns minutos ainda parecem uma eternidade.

— Amo você. — Pisquei.

— Pode repetir? Mil vezes?

— Posso... Quando você voltar. Vá logo! — Empurrei-o para fora do quarto, mesmo a contragosto.

Claro que eu não me sentia confortável com ele levar Málica. Sabia que ela estava jogando e faria qualquer coisa para não perdê-lo. Aquela mulher se ajoelhou aos pés de Theo e aquilo me intrigou. Porque ao mesmo tempo que parecia saber tudo que se passava entre Theo e eu, outras vezes fingia que nada acontecia.

Assim que me certifiquei de que eles haviam saído, peguei
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