Eu amo frango

Lembrei do quanto Theo era satisfeito por Málica cozinhar:

— Será que sua esposa poderia me ensinar a fazer este frango? Eu posso pagar, é claro!

— Não precisa pagar. — Ele riu novamente. — Madalena iria adorar ensiná-la.

— Podemos marcar então?

— Assim que você quiser. Eu trabalho um dia sim e dois não. Faço turnos de 24 horas.

— Trabalha 24 horas de uma vez? Isso... É horrível. Eu sinto muito. Deve denunciar. Posso ajudá-lo a fazer isso. Talvez não compreenda muito bem, Greg, mas se chama “trabalho escravo” o que estão fazendo com você. Eu lamento muito e vou ajudá-lo, prometo.

Ele riu:

— Não é trabalho escravo. Eu gosto do que faço e a remuneração aqui é boa. Trabalho um dia e descanso dois.

— Não é justo, Greg!

Gatão pulou, pondo as patas nas minhas pernas, pedindo mais comida. Dei um dos pedaços da minha mão, dos guardados, para ele, que lambeu a boca depois de engolir.

Olhei para a televisão novamente, atenta ao próximo concorrente e Gregory pôs o pote de frango na minha perna:

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