Óleo de amendoim (II)

Que ingenuidade a minha pensar que ela perder as chaves faria com que perdesse também a memória de onde Theo morava. Talvez fosse melhor dar cabo dela de uma vez para que me deixasse em paz.

Abri a porta do quarto e gritei desesperadamente. Theo apareceu atrás de mim enquanto as lágrimas escorriam pelos meus olhos de imediato.

— Ele... Fez xixi na minha mala de sapatos.

E eu que achava que Málica estar no apartamento era o que de pior poderia acontecer. Suspirei, sentindo a dor de ver meus sapatos molhados de urina canina.

Theo foi até a mala e retirou um dos sapatos holográficos, caríssimos, que me lembravam “chifres e sogra”, um dos meus pares preferidos. Estava molhado dentro... Era o fim... Da vida breve do meu scarpin exclusivo.

Ajoelhei-me no chão, inconformada. Theo ajoelhou-se ao meu lado e pegou meu queixo, fazendo-me encará-lo:

— Calma, raio de sol. São só sapatos.

— Não são “só sapatos”. Eles são muito importantes para mim... Estão comigo sempre... Mesmo quando tudo está er
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