Málica (II)

Engoli em seco. Como ele me maltratava com as palavras. Será que Theo sabia o quanto aquilo me feria? Eu chegava a pensar que doía mais do que dor física.

Respirei fundo e mirei na direção da parede envidraçada que mostrava a paisagem ensolarada do dia que fazia lá fora. Eu poderia estar em tantos lugares... E minha escolha era estar ao lado dele. E por algum motivo, mesmo sabendo que deveria partir, eu não conseguia. Era como se minhas pernas se recusassem a deixar aquele lugar, aquele apartamento minúsculo, aquela vida tão cheia de limitações.

— O que quer que eu faça hoje, chefe? — Sorri, tentando me acalmar.

Lidar com Málica não seria fácil. Ela se fazia de vítima e como sempre fui taxada de forte e insensível, estava em desvantagem. Era hora de contra-atacar.

— Podemos sentar e eu lhe mostrar o projeto da venda das maquiagens e cosméticos nas farmácias e drogarias? — sugeriu.

— Claro!

Fomos para sala dele e comecei a ouvir suas ideias e projetos já montados. Vê-lo tão empolgado,
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