2

  

Eu nunca tive uma boa relação com meu pai,  nunca soube o porquê de toda vez quando me olha seu rosto fica vermelho mostrando a raiva que senti por mim, infelizmente minha mãe já não se encontra mais entre os vivos, dona Cloie morreu quando eu nasci, por sua saúde ser frágil e a gravidez ser de risco a ela, não suportou e quase me levou consigo, pelos médicos conseguirem me salvar e perderem minha mãe meu pai  me odeia de todo o seu coração, todos a minha volta sabiam o porquê dele me  desprezar tanto menos eu até que, em um certo dia depois de uma certa noite...

Augusto por nunca consegui superar o falecimento de sua amada esposa se entregou ao vício da bebida e dos jogos de azar, com quase quinze anos devendo uma divida muito grande com um dos maiores no mundo do jogo, Augusto teve sua vida ameaçada, mesmo sem vontade de viver seu medo pela morte era maior,  Augusto nunca me amou como sua filha por acha que eu sou responsável pela morte de sua delicada e sensível Cloie, ele me deu como forma de pagamento para dar prazer durante 24horas ao homem que ameaçará sua insignificante vida e que se não paga-se a divida sua vida desceria pelo ralo, Augusto queria que eu sofresse por leva sua amada e assim fez. Ele fez sua única filha comer muito mais que um simples pão amassado pelo diabo.

  Eu uma simples menina tinha sonhos, sempre me imaginei no futuro casada com meu príncipe encantado, com dois filhos e um cachorro, uma casa com um lago no terreno, árvores para poder colocar balanços para observa o pôr-do-sol nos fins de tarde, pois eu amo a cor que o céu adota durante esse horário.

Eu sempre acreditei que meu príncipe viria me salvar de toda magoa e ódio que me cercava dando-me muito amor e carinho que nunca tivera em minha vida. Mas infelizmente esse sonho ficou apenas nos sonhos.

  Por que?

  Será que eu realmente sou a culpada pela morte de uma pessoa?

  Será que eu merecia toda a tristeza que me esperava no futuro?

Uma jovem como eu não é fácil de se encontra, não que eu esteja me gabando nem nada do tipo, porém uma jovem que nunca teve o amor de seu pai e nem de sua mãe, mas nunca destratei Augusto por não amar-me, por sempre ser doce e gentil mesmo só recebendo palavras duras e marcas físicas de quando meu pai chegava em casa bêbado ou quando novamente perdia tudo o que não tinha no jogo de azar, mesmo assim eu era um pessoa que jamais desejaria o mal de outra por pior que ela fosse, eu era uma das joias raras mais difíceis de se encontra. 

  Pena que coisas ruins acontecem com pessoas boas.

Eu estudava durante a noite, pois durante o dia tinha que me virá fazendo bicos para poder bota comida na mesa e paga as contas da casa, e se eu não conseguisse ainda tomava uma surra desse homem.

  Mas, uma noite antes da que nos encontramos, Augusto chega em casa feliz, eu nunca o tinha visto assim, nessa noite ele tava tão feliz que comeu a comida sem reclama, nem me xingou e até sorriu para mim que logo retribuir o sorriso. Eu por um momento achará que meu pai havia mudado, que finalmente ele me amaria, mas, esse momento de desvaneio durou pouco, pois assim que amanheceu Augusto disse que quando eu volta-se da escola antes de chega em casa eu teria uma tremenda surpresa, não gostei do tom que  ele usará para falar comigo e um sentimento estranho me atingiu, mas deixei pra lá e segui meu dia normalmente, nunca sentir nada de bom vindo dele mesmo.

Quando a noite chaga, me  arrumo para ir para escola, durante o caminho de ida aquele sentimento de mais cedo reaparece fazendo meu coração acelerar, com tudo novamente tento joga essa sensação pra fora de mim, minhas aulas ocorrem normalmente, mas na hora da saída, fui mais uma vez atingida novamente por essa sensação desconhecida, vou pro ponto de ônibus. Mas, o ônibus demora tanto que perco a paciência e decido volta a pé pra casa. Eu não deveria ter deito isso...

  A noite estava fria, e eu me arrependi de não ter levado comigo um casaco, minha caminhada estava tranquila, a rua estava deserta não podia se ouvir nada além da minha calma respiração, mas, ao passar por um beco escuro, novamente o sentimento ruim me atingi me fazendo acelera meus passos, a sensação de estar sendo seguir se faz presente e instantaneamente olho pra trás, mas nada encontro, assim voltando minha atenção pra frente mas ai, sou surpreendida por uma chave-de-braço em meu pescoço e um pedaço de pano é pressionado contra o meu nariz, me debato e tento me solta mas não adianta o ser que me agarrou é forte demais pra mim e em meios a tentativas de fugas a escuridão me abraça.

   Ao desperta minha cabeça lateja me fazendo pôr a mão na mesma, observo o lugar onde me encontro e o choque de me ver raptada me faz novamente perder a consciência.

    Ao senti um líquido gelado em meu rosto abro abruptamente meus olhos e em um pulo me levanto do colchão que se encontra no chão, ainda  zonza tento foca na imagem a minha frente, aos poucos consigo enxerga a imagem de um homem com capuz amarelo escondendo-lhe a face e um balde preto em sua mão direita, ele ao percebe que  já me recuperei  agarra meu braço e me leva para fora do quarto, caminhamos e paramos em frete a uma grande porta de madeira o homem de capuz amarelo abre a porta, me joga pra dentro do quarto, caio no chão batendo minha testa no mesmo, o homem fecha a porta e a tranca, mim levanto e agarra a maçaneta tentando abrir a mesma mas é em vão. 

  Eu penso em grita, mas quem me ouviria? E se alguém me ouvisse me ajudaria ou me mataria?

  Então sem muitas opções olho ao redor em busca de uma brecha que possa utiliza para fugir.  Ao encontra uma pequena janela escuto:

- Não pense que pode fugir por essa janela.

   Viro-me rapidamente pra onde vem o som da voz,  não consegui enxerga-lo por o mesmo estar coberto pela escuridão, mas sou capaz de sentir o alhar do ser que me falarás queima-me a pele, então em tentativa de me proteger abraço o meu próprio corpo.

O homem sai das sombras e eu me perco no azul de seu olhar mas volto a realidade quando o mesmo me toca, sou surpreendida quando o homem agarra meus cabelos e me joga violentamente na cama, então noto a aparência do homem e me assusto, no entanto, logo meu susto passa e consigo ver beleza no homem. Com tudo, quando o mesmo inclina-se sobre a mim e tira-me o meu BV, me apavoro e mordo o homem que se enraiva e atinge-me com tapa no rosto, então grito: 

- Não! Não! Não! Por favor, NÃOOOOOOOO!!!

Mas ele não se importa e rasga a minha roupa, ele para por um tempo e me observa, mas logo vira-me de bruços para cama, abre minhas pernas e a dor que sinto é tão grande que o meus gritos podem ser ouvidos talvez até do outro lado do mundo, mas o infeliz não se importa e continua com suas investidas.

Sinto todos os meus sonhos indo por água abaixo, passei toda a minha vida sofrendo, e agora perdi a única coisa que ninguém além de mim deveria ter controle: o meu corpo! Isso me doi a alma, estou sendo invadida, violada, machucada, estraçalhada, mas ninguém se importa, eu sou sozinha, e pelo jeito ficarei assim até o dia da minha morte! Que triste é o meu destino...

Não aguento mais e caio de bom grado nos braços da escuridão. 

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo