-Minha garotinha finalmente acordou.
Ah não! De novo não! Por favor diz que eu to sonhando por favor!- Implora meu subconsciente tentando a todo custa pensar que estou apenas tendo um pesadelo.
-Vamos minha doce garotinha abra seus olhos.- Não!- Abra faça isso pro seu daddy.
Não sei o quê que está acontecendo mas ao ouvir seu comando abro meus olhos bem devagarinho, assim que eu os abro por completo a primeira coisa que vejo é: Grandes e belos olhos azuis.
Por um instante eu me esqueço que o dono desse lindo céu é o capeta incorporado no corpo de um homem monstruoso.
Por que esse monstro tem olhos assim? Deveriam ser arrancados dele, ele não merece ter olhos assim!
-Isso garotinha, que bom que abriu os olhos agora você pode dar de mama para nossos pequeninos.- diz mostrando seu sorriso horrível.
Deixo meu olhar cair para os dói embrulhos em s
Tome! Isso irá te ajudar!- Diz me entregando um caderno. O pego.Olho pro caderno e reparo em seus detalhes: Capa marrom, com dois ursos de pelúcia de mãos dadas. 90 folhas, uma matéria. Ele é bonito, gostei.-Obrigada!- Digo alisando a capa do caderno que, por recomendação do psicólogo se transformará em meu diário onde escreverei o que guardo em meu coração e depois apenas o mostra-lo. Sem precisar dizer se quer um palavras sobra tal assunto.-Não por isso!- Diz sorrindo olhando em meus olhos.- Bom, com isso nossa seção dessa semana se encerra.-Okay.-Digo me levantando.-Até próxima segunda srta. Fellipo.-Até Dr. William.- Aceno com a cabeça, ainda não sou capaz de segurar em seu mão.Coloco meu mais novo confidente dentro de minha bolça e saio da sala dele logo em seguida saindo do consultório. Já não é mais necessário que Suzi me acompanhe, já sei vir sozin
" Dia bonito? Sim!Hoje eu acordei bem cedinho, observei o sol nascer entres as muitas casas de blocos que se encontram uma colada na outra na minha rua.Mas por quê o dia é bonito se é igual a todos os outros?Simples! Hoje é aniversário de papai e eu tentarei fazer um bolo bem gostoso para ele. À duas semanas atrás fiz dez anos de idade... Ele não lembrou... Mas tudo bem. Eu sei que no fundo ele me ama... Ele só não sebe me demonstrar o seu amor que imagino ser enorme por mim.Ingênuos meus tolos pensamentos!Com uma alegria que mal podia conter em meu pequenino ser tomei uma banho bem gelado<
"Na escola sou chamada de esquisita, pobretona e de santinha. Tudo porque não tenho amigos, só ando com roupas emendadas e ninguém me ver fazer nada dos que os pré-adolescentes na minha idade costuma fazer. Todos me odeiam! Menos meu pai. Ele só não sabe demonstrar de um jeito diferente o amor que senti por mim.Hoje é dia de prova e como sempre sou a última a sair da sala. Minha rotina sempre era: Casa, escola, bicos na casas da vizinha, casa e escola.Não saio para lugar nenhum, meu pai não permite. Diz que irei vira vadia se tiver amigos então para não vira isso fico no meu canto sozinha. Ninguém fala comigo e eu não falo com ninguém. ( a não ser com os professores). Mas, acho que esse dia eu comecei com o pé errado pois assim que sai da sala fui abordada por Sarah (a líder do grupo das patricinhas mimadas em minha opinião), Clara, Olívia e um garoto que eu já o tinha visto conversando com Sarah.
-Bom dia menina Milly!- Comprimenta-me Suzi com um belo sorriso em seu rosto.-Bom dia!- Digo afastando a cadeira da mesa e sento na mesma.-Teve algum pesadelo?-Não, hoje não.- Digo cortando um pedaço do bolo de cenoura que Suzi colocou em cima da mesa e o coloco em meu prato.-E no trabalho?- Pergunta se sentando na mesa e se serve de bolo também.-Meus pés e pernas já não doem mais como nas primeiras semanas.-Que bom, e na escola?-Tô bem também, consegui recuperar as matérias perdidas e eu estava pensando...-Em?- Me incentiva a continuar.-Pagar para fazer uma prova e me forma sem precisar ficar os três anos estudando.-Tem certeza?- Pergunta deixando o bolo que estava em sua mão descansar novamente no prato.-Tenho, daqui a menos de três meses esses bebês deixaram de fazer parte de mim e
2 meses depois:Dona Laís se encontra internada no hospital público daqui da região, ela não quis fazer tratamento e nem ser internada em um hospital particular. Lucian nesse dia quase abriu um buraco no chão da lanchonete de desesperado e angustiado que ficou. De longe se nota o amor que ele nutri por sua vó e o medo que carrega em seu olhar de perda-la para essa doença. Dana Laís disse que já viveu o que tinha para viver e que já estava na hora dela parti. Mesmo eu não tendo como ajuda financeiramente eu tentei convence-la a aceitar o tratamento ( que custa muito caro, acho que nem se eu vendesse meus dois rim e um pedaço do meu fígado conseguiria pagar tal tratamento) para da um fim em seu câncer, ela não aceitou e como consequência hoje eu estou na escola com o coração na mão. Não quero perder dona Laís, não apenas pelo o emprego que mesmo que ela se vá já tenho garantido com Lucian mas, pel
"Ando de vagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais..."Lembro como se fosse hoje dona Laís limpando o balcão com a flanela úmida de cor vermelha enquanto escutava essa musica."É preciso amor pra poder pulsarÉ preciso paz pra poder sorrirÉ preciso chuva para florir..."Lembro perfeitamente do seu olhar longe... Perdido... Triste..."Todo mundo ama um diaTodo mundo choraUm dia a gente chegaE no outro vai embora..."Lembro de cada expressão de tristeza e arrependimento estampado em seu rosto cansado da vida. Queria muito saber o por quê dela ficar assim." Cada um de nós compõe a sua históriaCada ser em siCarrega o dom de der capaz...De ser feliz.
Já se passaram duas semanas desde aquele episódio em que minha barriga vibrou. Não aconteceu novamente. Fiquei (mesmo odiando isso) preocupada com eles, não queria está assim, afinal, eles são frutos de todo o sofrimento que passei a oito meses atrás sendo que em três fiquei em coma.Lucian, finalmente saio de seu luto depois que sentiu minha barriga vibrar. Ele agora (mesmo em apenas dois meses que nos conhecemos) me considera sua amiga especial, não entendi bem o porquê de ser especial, mas fico feliz em.saber que tenho um bom papel em sua vida. Ele é cinco anos mais velho que eu e apesar de acha-lo muito lindo também o considero apenas como meu melhor amigo. O amigo que nunca tive, e que nunca achei que um dia teria.Lucian e Suzi ficam babando por minha barriga sempre que estão comigo, fico triste. Sei que eles tem um carinho enorme por essas crianças mas, infelizmente não posso dizer o mesmo de mim... Quer dizer... Já não os odeio tanto
- Mamãe, te amamos muito!- dizem duas lindas crianças em meu colo.- A mamãe também ama muito vocês!- digo e dou um beijo na testa de casa um. Eu os abraço e me sinto tão feliz, essas crianças são tão meigas, como pude pensar em dar-las para outras pessoas? Ao longe escuto vozes:-Ela está tão pálida.- escuto uma voz feminina bem baixinha, eu reconheço essa voz. É a voz de Suzi!-Mas ela é forte, ela vai acordar logo!- agora escuto uma voz masculina, eu também a reconheço, é Lucian! Ahh que saudade eu estou deles, parece que não falo com eles a dias. Aos poucos vou abrindo meus olhos, uma luz forte dificulta ainda mais essa tarefa. Mas, quando finalmente consigo abri-los, tudo está embasado, fixo meus olhos na imagem que se parecer ser com a de duas pessoas. Aos poucos meus olhos vão se acoatumando, e quando finalmente se acostumam vejo Suzi e Lucian abrindo a porta da sa