Pi_Pi_Pi
Sinto como se estivesse sendo atropelada por dez elefantes de tanta dor que sinto em minha cabeça.
Pi_Pi_Pi
Tento abrir meus olhos mas ao fazer isso os próprios ardem tanto que não consigo mante-los aberto.
Pi_Pi_Pi
Ahhh que barulho infernal!
Pi_Pi_Pi
Droga! Esse som realmente me irrita muito!
Com vontade de matar o primeiro que aparecer em minha frente abro meus olhos e a primeira coisa que vejo é: Um teto branco.
Onde estou?
Tento levanta da cama mas meu corpo todo dói, olho pros meus braços e vejo fios conectados aos mesmos, em meu peito também tem fios e eu os sigo com o olhar que vai até uma máquina que se utiliza para monitora os batimentos cardíacos. Então é dessa máquina que sai esses sons horríveis.
Que raios eu estou fazendo aqui!?
-Que bom que já acordou garotinha.- Paro de respirar- Sabia que você se recuperaria e voltaria para seu daddy.
Olho em direção ao miserável causador de toda a minha desgraça e o mesmo se encontra com um capuz lhes cobrindo metade do rosto deixando apenas do nariz para baixo amostra.
-O que você está fazendo aqui?- pergunto aflita e os meus batimentos cardiacos aumentam.
-Cuidado de minha garotinha, não está claro?- fala debochado. Que ódio e vontade de mata-lo.
-Desgraçado! Eu não sou sua! Eu estou aqui por sua culpa seu infeliz miserável lix...
-Olha a boca garota se não quiser perder a língua! E não! Você não está aqui por minha causa está aqui por causa do seu pai!- ao terminar de falar o peso de suas palavras caem como um balde de água fria sobre mim.
Eu sei que meu pai nunca me amou, que sempre me desprezou e me machucou de todas as formas possíveis, mas eu nunca imaginaria que ele faria tal maldade com sua filha, a quem fazia de tudo para que todo santo dia ele tivesse um prato de comida na mesa.
-Eu te odeio! Você é um monstro!- falo em tom de nojo.
-É uma pena que ache isso do pai de seus filhos.
Oi? Como? Do que esse imbecil está falando?
-Tá louco?
-Olha para sua barriga garotinha.- diz e aponta em direção da minha barriga.
-Não vou olhar para lugar nenhum ser desprezível, você não manda em mim e se fui seu pagamento você já está pago, agora saia daqui!- aponto meu dedo indicador na direção da porta do quarto.
-Não! Sim, já fui pago mas você está carregando um filho meu ai e eu não irei me afastar!
-Seu idiota eu não posso esta grávida seu energúmeno!- que burro! Ele faz as maldade comigo ontem e hoje já diz que carrego um filho, estupido!
-Sim, você pode e estar!
-Não, não estou! E é muito cedo, você acabou comigo ontem e hoje já está dizendo que colocou cria dentro de mim? Ouça só as merdas que você está falando.
-Você está grávida de três meses.- diz simples.
Meu cérebro parou, como assim grávida de três messes? O que aconteceu?
-Co..como?- sinto minha garganta secar.
-Você sofreu um acidente, foi atropelada por um caminhão, mais especificamente, teve traumatismo craniano e entrou em coma, fiquei sabendo pela televisão do acidente.- fala cada palavra friamente, mas também o que esperar desse monstro.
-Se fui atropela e tive todo esse dano, como que essas coisas continuaram vivas!?- pergunto sentindo nojo.
-Primeiro, ele não é coisa, é meu filho! Exijo que o respeite, sua cadela!- diz me olhando com cara de irritado, foda-se, também estou e estou muito mias que ele.- E segundo, eu não sei, quando vim te ver já tinha se passado um mês e uma semana desde o seu acidente e o médico me disse que você estava grávida e que por um milagre não perdeu a criança e nem tebe sequelas nela.
-Seu desgraçado! Filho da pu.ta, você fudeu de vez com a minha vida.- Lágrimas grassas e dolorosas escorrem de meus olhos- O que eu vou fazer? Meu pai!
-Não chore garotinha, eu estou aqui e não deixarei faltar nada para nenhum de vocês.- Tenta passa a mão por minha bochecha mas eu desvio, só de imaginar esse lixo me tocando me dar enjoos.
-Eu não quero nada de você seu imundo! De você eu tenho nojo, nojo e nada além de nojo e ódio por você ter feito o que fez comigo! VÁ EMBORA, ME DEIXE EM PAZ SUMA DA MINHA VIDA!- Grito histérica e o vejo arregalar os olhos- SAIA DAQUI SEU DESGRAsado...- sinto minha voz falhando enquanto lágrimas rolam livremente, estou sendo fraca mais uma vez, que ódiooooo.
-Eu vou Mileny, mas, eu prometo que irei voltar e terei minha família comigo.
-SAIA DAQUI! Eu te odeio, te odeio, EU TE ODEIO, eu te ode...- O infeliz sai da sala e eu choro ainda mais.
O que eu vou fazer? Para onde eu vou? Como irei me livrar desse projeto de monstro que cresce dentro de mim? Olho para minha barriga e sinto tanto nojo que por pouco não vomito.
-Seu projeto de monstro eu darei um jeito de me livrar de você e seguir adiante com a minha vida.- falo sentindo a garganta queimar.
A porta do quarto é aberta novamente.
-Bom dia! Fico muito feliz que esteja acordada.- Sorrir pra mim.
-Quem é você?- Grossa? Sim! Mas quem se importar? Eu não.
-Sou a Suzana, sua enfermeira.
Suzana tem uma estatura baixa que nem eu, seus cabelos são grisalhos e seus olhos são castanho mel.
-Certo, quando poderei sair daqui?- sou logo direta, não tenho tempo e nem cabeça para ouvir conversa dos mais velhos.
-Quando estiver bem.- Reviro os olhos- Não fique assim, você é uma mulher forte você e seus filhos.- Diz com um sorriso bem grande na cara que me da vontade de bater muito para tira-lo de lá, sei que é errado, mas enfim, tou com ódio e gostaria de poder descontar em algo... Ou alguém...
-Filhos?- Diz que eu ouvir errado.
-Sim, você está grávida de gêmeos, meus parabéns mamãe.
-Como faço para tira -los?
Vejo a enfermeira arregalar os olhos e me olhar como se não acreditasse no que acabou de ouvir.
-Por que você que tira-los?-perfunta fazendo carinha de triste.
-Porque eu os odeio.-digo a verdade sem um pingo de arrependimento.
-Mas, vocês lutaram tanto pa...
-Eu quero eles FORA DE MIM, VOCÊ ESTÁ SURDA?- minha paciência vai ao zero! Quem essa velha acha que é?
Sinto meu coração acelera tão rápido que meu peito começar a arder, a maquina começa a apitar tão rápido e alto que meus ouvidos começam a doer, esse é realmente um som horrível!
A enfermeira corre para fora do quarto e eu começo a enxerga tudo embasado. Tento levantar da cama e ao fazer isso além de enxerga tudo embasada agora não vejo mais nada.
-Você é minha e vai fazer o que eu mandar entendeu Mileny?- Daddy segura meu queixo muito forte me suspendendo a cabeça oara cima.-Não! Seu resto de... Há!- Caio no chão e coloco minha mão em minha bochecha direta onde a mão dele acertou.-Agora vadia vai ver que não deve me negar nada! "Daddy" me puxa pelos cabelos e me joga novamente no chão fazendo minha cabeça bater no mesmo, senta em cima de minha barriga e começa a rasgar minha blusa, começo a me debater em baixo dele mas ele nem se move, tento bater nele porém ele com uma de suas mãos segura as minhas duas em cima da cabeça, me sinto ainda mais vulnerável, não aguento mais segura e as lágrimas saem livremente de meus olhos, ele sorri ao me ver assim, parece que seu maoir prazer é me ver sendo franca e chorona, chorona pelos seus atos, e com um único puxão arranca meu sutiã e com a mão livre toma meu seio direito em um aperto forte me fazendo gritar de dor.-HÁÁÁ!PA...PARA! PARA! SO.
-o que estão fazendo?- Sinto meus pulsos doer e o sangue escorrer por entre os cortes abertos pelas feridas.-Ora mamãe, estamos apenas brincado de medico com você.- Diz um deles segurando uma faca enorme em sua mão direita.-Não, por favor não faça isso...NÃOOOOOO- O outro monstro seguram minhas pernas enquanto o da faca corta minha barriga. Lágrimas de sofrimento e arrependimento por não ter dado fim nesses demônios saem de meus olhos.-Não chore mamãe não gostamos da senhora chorando.-Dizem os dois demônios juntos, novamente meus olhos caem em suas mãos e os vejos segurando minhas tripas.-SEUS DESGRAÇADOS, DEMÔNIOS, PROJETOS DE MONSTROS, ABERRAÇÕES DA NATURE...-Acorde... Mily acorde.- Sinto meus ombros sendo chacoalhados - Vamos Mily, acode menina! Obro meus olhos e a primeira coisa que vejo são os belos olhos de Suzana. Não consigo me mover na cama. Me sinto cansada. Estou tremendo tanto, mas se quer um som não consigo solta por minha
Paredes em cores brancas, moves: Mesa, sofás, estantes e prateleiras também brancos. Utensílios: Porta-retrato, computador, porta-lápis todos nas cores brancas. Roupas: Jaleco branco, calça branca, camisa com o nome do consultório impecavelmente... Branco.-Percebo que gosta de observa srta. Fellipo.-Diz o psicólogo me analisando. Isso me deixa terrivelmente agitada. Eu não quero estar aqui! Eu não quero conversar com ELE! Eu não confio em homens. Eu não confio NELE! - Gostaria de dizer alguma coisa?... Bom, já estamos aqui a mais de vinte minutos e a srta. não disse se quer uma palavra... Por que está aqui?- Pergunta olhando em meus olhos e eu instantaneamente desvio meu olhar.-Porque me mandaram vir!-Digo quase em um sussurro. Não quer que me tratar com ele...-A srta sabe o por quê de te mandarem vir aqui?-Sei.-Digo olhando para a janela de madeira branca no meio da parede que fica ao lado de minha poltrona também branca.-Quer falar sobre?-P
-Minha garotinha finalmente acordou.Ah não! De novo não! Por favor diz que eu to sonhando por favor!- Implora meu subconsciente tentando a todo custa pensar que estou apenas tendo um pesadelo.-Vamos minha doce garotinha abra seus olhos.- Não!- Abra faça isso pro seu daddy. Não sei o quê que está acontecendo mas ao ouvir seu comando abro meus olhos bem devagarinho, assim que eu os abro por completo a primeira coisa que vejo é: Grandes e belos olhos azuis. Por um instante eu me esqueço que o dono desse lindo céu é o capeta incorporado no corpo de um homem monstruoso.Por que esse monstro tem olhos assim? Deveriam ser arrancados dele, ele não merece ter olhos assim!-Isso garotinha, que bom que abriu os olhos agora você pode dar de mama para nossos pequeninos.- diz mostrando seu sorriso horrível. Deixo meu olhar cair para os dói embrulhos em s
Tome! Isso irá te ajudar!- Diz me entregando um caderno. O pego.Olho pro caderno e reparo em seus detalhes: Capa marrom, com dois ursos de pelúcia de mãos dadas. 90 folhas, uma matéria. Ele é bonito, gostei.-Obrigada!- Digo alisando a capa do caderno que, por recomendação do psicólogo se transformará em meu diário onde escreverei o que guardo em meu coração e depois apenas o mostra-lo. Sem precisar dizer se quer um palavras sobra tal assunto.-Não por isso!- Diz sorrindo olhando em meus olhos.- Bom, com isso nossa seção dessa semana se encerra.-Okay.-Digo me levantando.-Até próxima segunda srta. Fellipo.-Até Dr. William.- Aceno com a cabeça, ainda não sou capaz de segurar em seu mão.Coloco meu mais novo confidente dentro de minha bolça e saio da sala dele logo em seguida saindo do consultório. Já não é mais necessário que Suzi me acompanhe, já sei vir sozin
" Dia bonito? Sim!Hoje eu acordei bem cedinho, observei o sol nascer entres as muitas casas de blocos que se encontram uma colada na outra na minha rua.Mas por quê o dia é bonito se é igual a todos os outros?Simples! Hoje é aniversário de papai e eu tentarei fazer um bolo bem gostoso para ele. À duas semanas atrás fiz dez anos de idade... Ele não lembrou... Mas tudo bem. Eu sei que no fundo ele me ama... Ele só não sebe me demonstrar o seu amor que imagino ser enorme por mim.Ingênuos meus tolos pensamentos!Com uma alegria que mal podia conter em meu pequenino ser tomei uma banho bem gelado<
"Na escola sou chamada de esquisita, pobretona e de santinha. Tudo porque não tenho amigos, só ando com roupas emendadas e ninguém me ver fazer nada dos que os pré-adolescentes na minha idade costuma fazer. Todos me odeiam! Menos meu pai. Ele só não sabe demonstrar de um jeito diferente o amor que senti por mim.Hoje é dia de prova e como sempre sou a última a sair da sala. Minha rotina sempre era: Casa, escola, bicos na casas da vizinha, casa e escola.Não saio para lugar nenhum, meu pai não permite. Diz que irei vira vadia se tiver amigos então para não vira isso fico no meu canto sozinha. Ninguém fala comigo e eu não falo com ninguém. ( a não ser com os professores). Mas, acho que esse dia eu comecei com o pé errado pois assim que sai da sala fui abordada por Sarah (a líder do grupo das patricinhas mimadas em minha opinião), Clara, Olívia e um garoto que eu já o tinha visto conversando com Sarah.
-Bom dia menina Milly!- Comprimenta-me Suzi com um belo sorriso em seu rosto.-Bom dia!- Digo afastando a cadeira da mesa e sento na mesma.-Teve algum pesadelo?-Não, hoje não.- Digo cortando um pedaço do bolo de cenoura que Suzi colocou em cima da mesa e o coloco em meu prato.-E no trabalho?- Pergunta se sentando na mesa e se serve de bolo também.-Meus pés e pernas já não doem mais como nas primeiras semanas.-Que bom, e na escola?-Tô bem também, consegui recuperar as matérias perdidas e eu estava pensando...-Em?- Me incentiva a continuar.-Pagar para fazer uma prova e me forma sem precisar ficar os três anos estudando.-Tem certeza?- Pergunta deixando o bolo que estava em sua mão descansar novamente no prato.-Tenho, daqui a menos de três meses esses bebês deixaram de fazer parte de mim e