Alex— Como eu te disse, você não tem nada para me oferecer. — Observo a sua respiração ficar extremamente ofegante e as pupilas dilatam ainda mais. — Nada pessoal rapaz, mas preciso de algo que faça o seu pai entender o quão isso é sério, o quão estou disposto a ir longe para conseguir o que eu quero.— Não por favor! Não faça isso! — Ele suplica, debatendo-se como pode.— Relaxe, Magno, serei rápido. — Seguro a sua orelha esquerda onde tem uma bela argola dourada e a decepo, ouvindo os gritos doloridos do rapaz em seguida. — Sabe o que fazer — digo para Jordan, largando o membro decepado em um saco de plástico transparente. Ele segura, assentindo e se afasta imediatamente. — Limpe essa bagunça! — ordeno para Hermes e vou para perto da mulher. Agacho-me diante dela, observando o seu choro e relutante, ela olha nos olhos. Contemplo os olhos verde-esmeralda inchados e vermelhos. — A culpa é do seu marido, Helena. Quando voltar para casa verifique o cofre atrás da estante móvel. É lá qu
Alex— Eu não sou… ou não era. Eu acho que quando estou ansiosa, ou nervosa me dá vontade de comer chocolates. — Sorrio amplamente. Ela pega uma colher e tira uma porção do brigadeiro de panela, depois leva a boca e saboreia o doce, fechando os olhos, e quando os abre, me encara sugestiva. — Experimenta — pede, tirando outra porção na colher e me estende. Abro a boca para receber o doce de bom grado. — Gostoso, não é? — Sem lhe responder, contorno o balcão e me posiciono ao seu lado. Passo o indicador no creme e depois na pontinha do seu nariz. Surpresa, Fabi arregala os olhos para mim, me fazendo rir e antes que chegue a reclamar, passo a língua lá, limpando a minha sujeira.— Muito gostoso! — sussurro com a voz rouca. Passo o doce no cantinho da sua boca agora e ela fecha os olhos gemendo baixinho, enquanto passo a língua ali também. Sem ela esperar, ergo o seu corpo e a faço sentar em cima do balcão. Ela cruza as pernas ao redor da minha cintura e atrevido, afasto a pequena camisol
Alex — Perguntei, onde eles estão? — Olavo repete pausadamente e entre dentes. No entanto, faço um gesto apontando para uma cadeira atrás dele em um pedido mudo para se sentar. Contudo, ele permanece em pé na minha frente.— Sente-se, Olavo e conversaremos — peço calmamente. O homem me lança um olhar especulativo.— Não quero conversar com você, Marrento. Sei muito bem do que você é capaz, e adivinha? Eu também posso sequestrar a sua família, também posso retalhá-la e mandar os pedaços para você, seu filho da puta, desgraçado! — Cospe cada palavra com voz exaltada. Ainda calmo, apago o cigarro que está pela metade e me levanto da cadeira. Contorno a minha mesa sem pressa, enquanto ajeito o meu terno em meu corpo. Cada passo e movimento é dado sobre sua vigilância minuciosa.— Sim, você pode, mas não fará! — rosno. Ele volta a engolir em seco. — O que você vai fazer é baixar essa porra dessa arma e colocar o caralho do seu rabo entre as pernas! Agora, se sentar na porra da cadeira e m
Alex — Os cãezinhos estão crescendo e o Raj está ficando cada vez mais impossível. — Anita resmunga durante o jantar. Fabi acha graça do seu comentário. — Acredita que o safado escondeu a minha pantufa preferida no quintal? — Ela continua a resmungar, porém, com falsa irritação nos arrancando algumas risadas.— Eu que o diga. Os meus sapatos italianos estão um lixo! — retruco em seguida.— Ah, relevem, Raj é só um bebê. — Fabi o defende com um tom manhoso.— Na verdade, todos eles são, Fabi. Julgo que você é a culpada disso tudo. — A acuso sério e ela me encara em completo espanto.— Não sou nada! Por que eu sou a culpada? — inquire exasperada. Mantenho-me sério.— Porque você o mima muito e ele faz o que quer e bem entende. — Ela bufa, cortando o bife no seu prato. Anita abaixa a cabeça, reprimindo uma risada.— Para o governo de vocês, estou ensinando os filhotes a obedecerem ao meu comando —retruca. Arqueio as sobrancelhas, interessado no assunto.— E eu posso saber como está faze
Alex Abro a geladeira e olho lá dentro por algum tempo, indeciso do que fazer realmente. Precisa ser algo bem leve e nutritivo já que ela não comeu bem no jantar. Fecho a geladeira e abro o freezer, encontrando alguns potes com congelados que Anita costuma fazer, cada um com suas etiquetas.— O que está procurando, querido? — E falando nela! Tiro a cabeça de dentro do freezer e encaro uma Anita assanhada e sonolenta. Inevitavelmente seguro o riso.— Procurando algo para Fabi e eu comermos.— São duas da madrugada! Vocês não dormem?— Estamos sem sono, Anita – ralho.— Alex?! — Ela me chama com repreensão. — Onde estão as suas roupas, menino?! — Mais uma vez seguro o riso e dou de ombros.— Eu só preciso pegar algo para comer e sairei da sua cozinha, Anita! — retruco, fazendo graça. Em silêncio, a mulher abre a geladeira e pega uma travessa de vidro com uma tampa de compressão, e a põe em cima do balcão. No mesmo instante desisto do freezer e me acomodo no banco alto próximo à bancada
Fabi Solto uma respiração profunda, sentindo-me saciada. Alex sabe realmente como me relaxar. Penso e sorrio, mordendo o lábio inferior. A verdade, é que ando muito ansiosa ultimamente, ou posso dizer que com medo mesmo. Sim, tenho medo de que tudo isso se vire contra mim de alguma forma. Não preciso e não quero o dinheiro dos Rios, mas preciso fazer justiça a minha família. Esses últimos dias não têm sido fáceis para mim, quanto mais se aproxima a data da minha apresentação diante da justiça, mas apreensiva me sinto. Solto outro suspiro e saio em silêncio da cama. Pego uma camisola esquecida no chão e ponho um sobretudo de seda por cima dele. O que Alex está aprontando? Ele está demorando muito. Penso e ansiosa, calço um par de pantufas que estão perto da cama e decido ir atrás dele. Contudo, um movimento brusco atrás da cortina blecaute, me chama a atenção e paro movida por minha curiosidade, voltando para perto da janela. No entanto, assim que me aproximo e estendo a mão para olha
FabiAlgumas horas depois…O chapéu negro, de abas largas esconde os olhos lacrimejados. Ao meu redor, o silêncio e a dor andam de mãos dadas. Observo em silêncio as sepulturas que carregam seus nomes e novas lágrimas enchem os meus olhos ao ver seu nome escrito em uma placa de metal. Uma mão forte me afaga e mordo meu lábio reprimindo mais um soluço. Não! Não! Não! Grito e abro meus olhos deforma exasperada e puxo o ar com força. Contudo, um abraço meigo me envolve e me agarro a ele, entregando-me ao choro.— Está tudo bem, querida! — A voz doce de Anita fala próximo do meu ouvido O som calmo e sussurrante não me convence dessa realidade e seguro firme o seu corpo, o apertando com força em meus braços como se disso dependesse a minha vida. Sua mão começa a afagar os meus cabelos. — Está tudo bem! — Ela repete, mas faço não com a cabeça e aperto os meus olhos, pois, não consigo olhar para o sangue de Alex escorrendo por minhas mãos.— Alex — sussurro com a voz sufocada de dor. Anita s
FabiMexo-me levemente na cama e sinto o familiar peso do seu braço ao redor da minha cintura e imediatamente reconheço o seu calor junto ao mim. Respiro fundo e sorrio languidamente, apreciando o seu cheiro. Deus, que não seja só mais um sonho! Peço internamente e abro finalmente os olhos para encontrá-lo bem ali, deitado ao meu lado. O quarto está semiescuro, mas é possível vê-lo em meio a penumbra. Alex está na mesma cama que eu e está dormindo calmo e sereno. Ergo uma mão e toco o seu rosto levemente, sorrindo em seguida feito uma boba. Perto dele me sinto mais segura. Penso. Aconchego-me mais ao seu corpo e volto a fechar os olhos só para absorver o calor da sua presença. Em algum momento, o médico entra no quarto e acende a luz. Aperto os olhos para me adaptar a luz forte, e no mesmo instante Alex acorda, piscando os olhos para focar melhor.— Boa noite, senhor Fox e… senhora Fox! — O homem diz formalmente.— Boa noite, doutor! — responde com a voz rouca de sono.— Boa noite! —