Mundo de ficçãoIniciar sessão
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Alex_ Que tal uma água de coco? _ Minha esposa sugere e nós vamos para uma das mesas de um quiosque qualquer. Passamos o tempo que me resta, admirando as ondas agitadas do mar e conversando sobre assuntos triviais. Decido nesse meio tempo que não levarei Fabi comigo, a final, ela não tem nada a ver com isso, é um problema só meu e ainda tem o fato de estar grávida. Não sei ao certo o que pode acontecer durante essa conversa. Minutos depois, estamos atravessando a rua e voltando para o nosso carro, quando simplesmente congelo ao ouvir a voz do mauricinho bem atrás de mim._Fique aqui, amor, vou comprar algo para levar para casa. Serei rápido. _ Ele pede e se sai do carro. Olho para trás sem hesitar._ Podemos ficar na praça? _ Jasmine pede, apontando para uma praça em frente ao supermercado. Engulo em seco._ Claro, mais fresco. _ O assisto em câmera lenta abrir o porta-malas e tirar de lá um carrinho triplo. Ele o monta e em seguida ajuda a esposa tirar três bebês adormecidas do banc
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Alex_ Será que... Posso te abraçá-la? _peço hesitante. Antes de me responder, ela olha o marido e para a minha surpresa, ela aceita._Claro! _ Aproximo-me meio sem jeito e a abraço acanhado._ Obrigado, Jasmine! _ sibilo baixo em meio ao abraço._ Não precisa agradecer _ diz se afastando e me lança um olhar indecifrável._ Não sei como te chamar... _ Dou de ombros._ Alex, me chame de Alex _ peço, me afastando ainda mais e me aproximo da minha esposa, para sair dali.Não sei o que pensar tudo isso. Eu realmente acreditei que seria mais difícil. Na verdade, eu pensei que não conseguiria, que não ia acontecer realmente. Puxo a respiração de modo audível e no mesmo instante sorrio, e antes de dá a partida, contemplo a pequena família de Jasmine se preparar para ir embora. Porra, estou respirando aliviado agora. Quando foi que fiz isso na vida? Apenas uma vez, uma única vez; quando resgatei Fabi das mãos dos Mackoy. Quando foi que fiz isso na vida? Apenas uma vez, uma única vez; quando r
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AlexNão sei onde é que estou com a minha cabeça, quando resolvi vir para esse jantar. Já posso até ver... Olhares especulativos, furiosos e repreensíveis, me enredando o tempo todo. Cacete, eu devia voltar e deixar tudo exatamente como estar, mas seria um ato de covardia, certo? Caralho, eu enfrentei traficantes, assassinos, chefes do tráfico e agora estou arregando, por causa de uma família de bacanas, que pensam que são os donos do mundo! Puxo a respiração bem devagarinho, assim que estaciono o carro em frente ao casarão. Uma bela casa por sinal. Contemplo a exuberante fachada da casa, ladeada por muros altos e com um belo paisagismo no seu rodapé. Um pé quer pisar no acelerador e seguir em frente, mas a mão quer puxar a macha ré e correr para longe dali. Sinto o suor borbulhar na testa e a garganta ficar seca imediatamente._ Não está pensando em desistir, não é? _ A voz da minha esposa soa suave ao meu lado. Sim, estou pensando seriamente em desistir. Eu não preciso deles, certo,
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Alex_ Então... _ Tento falar, mas as palavras não vêm._ Obrigado por defendê-la daquele maldito e por salvar a sua vida dela! Com certeza se Jasmine tivesse morrido naquele dia, eu teria ido com ela. E obrigado por dá o toque sobre o Mick! Ele teria morrido se não dissesse nada. _ É para respirar aliviado, porra! Solto a respiração que que estava presa, diante da tensão dentro deste cômodo pequeno._ Obrigado por me dá uma nova chance! _ falo, quase sem voz. Ele apenas assente e sai da sala. Entendo que não está sendo fácil para ele... Para ninguém aqui nessa casa, porque sei o quanto está sendo difícil para mim também._ Valeu, cara! _ Mick diz em seguida, me estendendo a mão. A seguro em um aperto firme e ele também sai. Mas, atrás de mim, está o leão de Wall Street. E algo me diz, que é pela fera do Alcântara que terei que passar. Viro-me de frente para ele e o encontro ainda sentado na mesma posição, me olhando altivo e sério. Penso no que dizer, mas eu não sei o que exatamente
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AlexOlho o meu reflexo no espelho de corpo inteiro a minha frente e aguardo Fabiana sair do banheiro, enquanto ajeito meu cabelo. Não demora muito e ela sai de lá. Um dos funcionários do hotel avisa que o carro já chegou e pega as nossas malas, saindo do cômodo em seguida. Não vejo a hora de voltar para casa e esquecer de vez esse lugar. Aproximo-me da minha esposa e lhe beijo a boca levemente, logo seguro sua mão e saímos do quarto. Meu telefone toca e eu o pesco em meu bolso lateral. Anita... Ela está tão ansiosa pela nossa chegada, quanto nós estamos. Entramos no carro e ponho a ligação no viva voz._ Fala mãe _ dizemos em uníssono e ela faz silêncio por uma questão de segundos.Decidimos que, já que Danilo e Anita serão como nossos pais, então os chamaremos como tal. Anita ainda não se acostumou com isso._ Vocês me matam quando me chamam assim _ resmunga rindo e nos faz rir._ Vai se acostumando, vovó, em breve teremos crianças lhe chamado assim. _ Fabiana rebate com animação na
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FabiSete anos depois...Memorial Lucian Rios.Quanto a minha herança e a casa dos meus pais, esses foram dedicados às vítimas de assédio sexual, a algumas mulheres que sofreram, ou sofreram violência doméstica, ou de alguma forma, foram usadas e torturadas pelo submundo do crime. Administro o lugar, onde há dezenas de profissionais contratados, no intuito de ajudar e dá uma segunda chance para essas pessoas. Foi a maneira que encontrei de contribuir ao destino. Se Deus me deu uma segunda chance, então darei muitas segundas chances para outras mulheres, que passaram ou estão passando pelo que eu passei. O casarão foi todo modificado. Algumas paredes foram derrubadas e mais quartos construídos, no lado sul da casa, temos alguns consultórios para atendimento das mulheres e isso inclui serviços de odontologia, pediatria, ginecologia, clínico geral, psicóloga, psiquiatra, entre outros. No lado norte da casa, funcionam alguns cursos, que preparam as mulheres para voltar a sociedade com alg
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Fabi_ Não quero brócolis mãe! _ Lucian resmunga, fazendo uma careta enjoada, mas ele parece mudar de ideia, logo que Anita fala algo ao pé do seu ouvido. Um sorriso de janelinhas aparece logo em seguida._ Com capa vermelha? _ pergunta em tom de segredo e eu seguro o riso. Alex está em uma conversa de pai e filho com o Danilo na mesa. Desde que voltamos do Rio de Janeiro a sete anos atrás, ele estreitou ainda mais sua relação com Danilo e ambos se chamam pai e filho, e claro, as crianças o chamam vovô Danilo.As datas comemorativas passaram a terem significado e a são comemoradas, todas elas, sem exceção, pois temos agora pai e mãe para presentear. Na Páscoa, isso aqui vira uma festa, porque Alex faz questão de soltar alguns coelhos pelo jardim e conta histórias para os nossos filhos, até liberar a tão divertida caça aos ovos de chocolates, que caíram das cestas dos coelhos e se perderam pelo imenso jardim. As crianças e os cães se animam com a brincadeira e passam horas na busca. A
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FabiAlguns anos..._ Quando eu crescer quero ser igual a você pai. — Ouço a voz do meu filho mais velho, sentado na cadeira da presidência da empresa Fox. Com apenas quinze anos, Pedro Fox já tem o semblante forte e imponente de manda chuva... Esse nasceu para o poder. Penso orgulhoso. Não que os meus outros quatro filhos não tenham sua perspicácia. Sorrio. Eloá é inteligente e linda, assim como a mãe. Cecília é sagaz, Matheus é malandro, esperto e inteligente assim como o pai. Palavras de Anita. Mas o Lucian é o gênio, ele ama tecnologia e com apenas onze anos, faz coisas que até Deus dúvida com um teclado e mouse nas mãos._ E você será filho _ digo orgulhoso. Uma vez por mês as crianças me visitam aqui na empresa e põe incrível que pareça, cada um tem o seu setor preferido aqui dentro. E lá está Pedro em seu mundo de poder...A porta do meu escritório se abre e as mulheres da minha vida passam por ela. Levo as mi mãos a cintura da minha esposa e a puxo para um beijo rápido e apaix