Iza Osni - Mais conhecida como "Maya Iza Osni"
O barulho das crianças sorrindo atraiu a minha atenção de forma elegante pela rua pacífica que eu mesma caminhava. A vila onde eu morava era conhecida pelas pessoas que se localizada em uma religião totalmente isolada de todos. Poucas pessoas conseguiam ter acesso aquela área com tanta facilidade parecia ser privada e só com autorizações que podiam ali morar.
A pequena vila citada acima, possuía um espaço para poucas casas, continha em torno de 40 casas nas quais eram idênticas como se fossem um padrão a seguir da própria vila onde todos que ali pertenciam teriam que seguir as normas, casas com apenas um único andar e tinha uma fachada na cor branca bem simples por sinal em cada uma delas. Não havia nada que as diferenciasse com exceção dos números em frente à cada uma delas.
Uma jovem virou-se ao escutar o seu nome, sorrindo assim que avistou uma de suas amigas. Estava quase na hora de ir para casa, sorriu fazendo-a concordar. Nenhuma das jovens poderia ficar na rua após as quatro da tarde, era uma das regras que não poderiam ser quebradas, o aprender desde cedo e as ordens que sua família foram estabelecidas para que seguisse sem dar muito trabalho ao parceiro que teria domínio sobre nós mulheres.
Amanhã vamos caminhar um pouco juntas?
Claro... sorriu concordando ao se despedir, retomando a sua caminhada.
Seus trajes era um longo vestido branco que cobria todo o seu corpo evitando assim que o sol tocasse em sua pele e que alguém a visse. O seu vestido reto não dava forma ao seu corpo e muito menos evidenciava qualquer de suas características positivas que seria as suas belas curvas que por sinal ela tinha até demais. Todas as jovens da redondezas vestiam o mesmo modelo e a mesma cor e na cabeça usavam uma touca para esconder seus cabelos longos.
Assim que "Maya" entrou em casa sorriu muito aliviada ao retirar a touca exibindo seus cabelos longos preto. Passou a não perceber que sua mãe estava ali apenas a observando e pela forma que me esperava tinha algo que gostaria de falar, porém ela tinha ciência que não seria coisa boa, pela expressão de sua mãe.
Mãe... a saudou ao abaixar a cabeça levemente como um sinal de respeito, onde aprendeu que sempre deveria abaixar a cabeça ao encontrar sua mãe ou alguém superior a si, fora que nunca pudesse sequer olhar nos olhos de um homem em momento algum, pois seria um desrespeito sobre qual a sua religião pertencia.
Aprendendo desde de cedo que o seu marido era o seu "Senhor" e que jamais poderia sequer desobedece-lo.
Deveria ter chegado mais cedo... disse a voz autoritária e rígida de sua mãe que fez assentir, como lhe foi ensinado desde cedo.
"Maya" assim não retrucou apenas concordou que estava errada, tendo seus catorze anos e que tinha alguns meses prestes a completar seus quinze. Está na hora de saber o seu futuro disse a voz rígida novamente onde a mesma assentiu novamente...
Em sequência sua mãe pediu para que a menina sentasse no sofá... no momento em que sua mãe se sentou ao seu lado, ela a olhou com cuidado e bem desconfiada.
Sua mãe vestia-se da mesma forma que ela com exceção da cor do vestido. O vestido de todas as mães eram da cor rosa e os cabelos ruivos sempre a fizeram sentir inveja, pois não gostava da forma como seus cabelos se destacavam.
E a última vez em que falou com seu pai, três anos atrás ele lhe disse que era vergonhoso ter uma filha de cor de cabelo chamativos.
"Maya Iza Oslan" a sua mãe disse o seu nome completo fazendo-a olhar com curiosidade... quando sua mãe disse concluiu então seu marido já foi decidido.
Fico feliz em saber... mentiu ao sentir seu corpo todo estremecer. Sempre soube que as jovens a partir de quinze anos eram levadas pela família dos prometidos, mas não pensava que o seu dia chegaria tão cedo.
Ele é de uma família muito respeitada entre nós. O nome do seu marido é "Duhan Parker" ... ela assentiu ao abaixar a cabeça segurando uma mão contra a outra.
Há algo que deseja perguntar?
Ela possuía inúmeras perguntas, mas temia fazê-las.Perdoe-me, mas posso perguntar qualquer coisa?
Sim, hoje será permitido sanar suas dúvidas e preocupações para que continue no caminho do nosso Deus com alegria.
Mãe você foi prometida ao meu pai também?
Sim, fui entregue a ele... a forma fria como lhe foi respondida não passou despercebido para a jovem... deseja saber os detalhes?
Ela concordou... minha família não possuía influência em nossa religião, mas devido a minha devoção foi me permitido casar com um homem respeitável que era o filho do ancião.
Ela assentiu ao tentar se recordar do ancião. Ela não recordava dos detalhes em sua face, pois conheceu quando tinha apenas 3 anos e havia sido levada para a vila que se encontrava no momento. O ancião era a pessoa mais respeitável entre todos e sempre recepcionava as novas meninas ao entrarem na vila. Era o dever dele zelar pelo bem estar de todas... meu senhor, seu pai foi benevolente ao casar-se comigo.
Fico feliz em saber minha mãe...
Não deveria ser eu lhe contar sobre isso, mas não desejo que vá até seu Senhor desconhecendo seus deveres. Irá morar com o seu Senhor no próximo mês. É necessário que aprenda todos os seus gostos e o satisfaça, mas para isso irá viver com a família dele que será sua família. Deve sempre manter a sua cabeça baixa e agir de acordo com que lhe for ordenado, compreende?
Sim, minha mãe... ela permaneceu em silêncio por alguns segundos antes de sussurrar... poderia contar como foi com a senhora?
Não me proibiram sobre isso... revelou ao manter uma postura elegante ao contar o que acontecerá comigo. A família do meu senhor foi benevolente ao me permitirem fazer parte de sua família. Aprendi a cozinhar o que meu senhor gostava, a arrumar a casa da melhor forma que pudesse satisfazê-lo e uma semana antes do meu casamento foi permitido que eu o visse em seu quarto. O seu pai tocou me naquele dia tirou minha pureza e ordenou que eu fosse mais experiente na cópula.
Cópula...
"Maya" pensou confusa ao assentir, escutando tudo em silêncio.
Fui enviada para uma casa onde as mulheres satisfaziam aos homens. Elas me ensinaram tudo o que meu senhor desejava. Ela não soube dizer o motivo, mas sentiu o seu coração apertado ao escutar as palavras de sua mãe. Duas vezes por semana eram escolhidos quatro homens pela família de seu pai para que copulassem comigo. Seu pai era exigente e não me aceitaria se ainda não fosse experiente.
Deitou-se com outros homens? Ela perguntou em um fio de voz... É ensinado que devemos nos deitar com nossos maridos apenas.
O desejo de nossos maridos está acima disso.
Se meu marido desejar, poderá fazer o que quiser comigo?
Sim, "Maya".
Ela não soube dizer o motivo, mas sentiu o pânico tomar conta de si. Ela não compreendia a extensão das palavras que dissera, mas soube que poderia ser muito perigoso.
Minha mãe, eu gostaria de saber mais.
Saber o que?
Sobre o que os outros maridos solicitaram que as mulheres fizessem.
A mãe de "Maya" a olhou profundamente avaliando o seu pedido. Suas ordens foram para que explicasse a sua filha da melhor forma sobre os fundamentos do casamentos e como ela deveria proceder.
Será permitido... fique aqui sentada... ordenou ao se levantar e sair pela porta retornando minutos depois com duas mulheres as quais "Maya" já cumprimentava antes. Elas lhe contarão filha.
A primeira a contar possuía cabelos loiros, olhos da mesma cor de esmeralda e uma pela branca que ressaltava os pontos arredondados em seu pescoço. Arredondados do mesmo diâmetro e forma. Eles eram idênticos.
Meu marido e meu senhor... começou a falar e "Maya" percebeu a forma como ela tentava manter a sua voz baixa... gosta de obediência e por isso sou punida.
Punição? Deus não pune seus filhos... "Maya" disse confusa ao olhar para a mulher... não entendo...
Os nossos maridos podem fazer o que desejarem conosco, existimos para satisfazê-los.
"Maya" assentiu incomodada.
E a senhora? Perguntou ao olhar para a mulher um pouco mais velha sorria polidamente.
Meu marido sempre foi carinhoso e gentil comigo... "Maya" sorriu para a mulher... ele sempre foi gentil após eu receber o que eu merecia. Não deixava a comida quente o suficiente oi o ajudava quando necessário.
Não entendi...
Punição, minha querida... a mulher de cabelos escuros falou sorrindo educadamente... para Deus devemos ser punidos quando fazemos algo errado e para nossos senhores também é desta forma.
"Maya" sentiu o seu corpo estremecer ao imaginar as coisas terríveis que poderia acontecer consigo. Abaixou a cabeça escondendo o seu rosto para que as mulheres não enxergasse as lágrimas que caiam pela sua face. Ela chorava de medo... medo de seu futuro ali ser um caos.
Um homem com o poder de controlar a minha vida e meu corpo que regra doida é esta, meu Deus.
Oito anos se passou... O cheiro do hambúrguer impregnou minhas narinas como todas as manhãs assim que entrei na hamburgueria que eu mesma trabalhava. Na entrada da loja, sou tomada pelo meu reflexo no espelho e sem conseguir evitar toquei meus cabelos pretos com muita raiva. Sempre tenho um sentimento controverso contra meu próprio reflexo após tanto tempo que passei em toda minha infância e adolescência restringida quanto a me olhar no espelho. Por muito tempo pensei que a cor dos meus cabelos representasse uma característica ruim que eu devia extinguir ou deixado de existir. Meus cabelos sempre são mantidos presos, já que evito chamar a atenção de todos que tentavam chegar a mim, muito desnecessário. Chamar a atenção nunca resultou em algo benéfico isso eu aprendi nos primeiros anos após a minha fuga. "Maya" não existia mais. Uma careta se formou em meu rosto eu conseguia senti-la ao desviar o olhar do espelho. Tentei sorrir como fazia todas as manhãs para a dona da hamburgueria
"Iza Osni"O barulho da televisão e o cheiro de cigarros foi a primeira coisa que chegou até mim assim que abrir a porta de onde eu trabalhava a noite. Ter dois empregos poderia ser considerado como um ganho na loteria, já que em nenhum dos dois meu verdadeiro nome foi descoberto e recebia meus pagamentos em dinheiro ao final de cada semana. Sorri para o dono ao ir para trás do balcão tentando manter a blusa curta abaixo do meu umbigo. A única regra que o estabelecimento possuía para os empregados era sobre os vestimenta. As mulheres deveriam ir bem atraentes, não importasse o quão vulgar fossemos.Pensar sobre isso me deixa até enjoada até olhar para o semblante di próprio dono. "Emerson Ohan" não deveria ter mais do que seus cinquenta anos e mesmo assim possuía um forte senso de justiça e proteção com todos que ali trabalhavam para ele. Ele sempre me protegia dos clientes e me acompanhava até em cada tarde da noite.Preparada? Hoje tem jogo? Me avisou como sempre acontecia nas sexta
Comuniquei que tivemos um desentendimento e eles vieram atrás de você. Não é como se fosse a minha culpa. E de quem seria? Eu era a única inocente entre nós dois. Isso é realmente ridículo, deveria me matar, sabia disso? Disse ao lhe dar as costas sentindo a cada passo uma dor indescritível. Eu não quero sua salvação... gritei raivosa... eu queria poder escolher a minha vida como qualquer outra pessoa, isso era pedir demais. O que acha que eu faria com você? Não sou um monstro. Todos os homens são... declarei com amargor ao me virar e encará-lo. Não sei que tipo de expressão estava em minha face, "Duhan" pareceu incomodado... não vou me casar com você. Não serei uma maionese, objeto ou um lixo para vocês. Eu lhe disse que era a tocaria... Por que diabos deveria acreditar? Porque sou policial e trabalho no ramo. E policiais devem proteger as pessoas... disse como se aquela frase fosse suficiente para compreender tudo. Ele retirou um tipo de colar mostrando o seu distintivos em
"Duhan Parker" O peso das quatros sacolas do supermercado me fazia parecer algum desocupado. Aquela hora eu deveria estar na delegacia cuidando dos meus casos e dos afazeres, mas estava fazendo compras. Devo estar ficando realmente louco já estava indo para o carro quando meu celular tocou. Diga... escutei a voz alterada do meu chefe "Gonzaga" do outro lado da linha tentando compreender o que ele dizia. Apesar de sua competência ele tinha a tendência a misturar tudo o que dizia com espanhol quando estava alterado. Se continuar assim nunca vou entender sabe disso... respeitei fundo ao escutar com mais atenção aparentemente haviam encontrado alguém morto dentro de um apartamento. Já estou a caminho... disse por reflexo olha do para as compras ao meu lado. Resmunguei algo ao entrar no carro colocando as compras no mesmo sendo o mais rápido possível que eu conseguia ou que desse. Cheguei ao meu apartamento mais rápido do que esperava mesmo subindo as escadas rápido, barulho na porta ma
"Iza Osni" A inquietação tomou conta de meu corpo assim que me vi sozinha em um apartamento desconhecido. Eu poderia ir embora e continuar fugindo até ser pega, mas a esperança de conseguir ser livre durante toda a minha vida era exageradamente tentadora para isso. Passei anos fugindo e com muito medo e agora me via com duas escolhas, era surreal onde estava e com quem estou, sempre quis fugir desse tal casamento arrumado por conta de religiões dos nossos pais isso me torturava bastante. Enfim, me via como uma pessoa que podia escolher o meu próprio destino e foi por isso que havia aceitado a porta dele... além de ter medo da morte e da perseguição. Uma pessoa como todas as outras. Devia ser uma tola por começar a chorar ao me dar conta de algo assim. Passei o dorso de minha mão em meu rosto, não queria ser vista como fraca por ele. Suspirei ao me levantar do sofá e ir para a cozinha, onde as compras permaneciam na sacola. A casa passo que eu dava sentia muita dor. Me abaixar era
7. "Duhan Parker"A delegacia estava mais movimentada do que eu estava acostumado. O barulho das vozes aumentava cada vez mais ao me aproximar da minha sala e ao olhar para o lado, percebi o motivo. Um grupo gritava com a dos policiais ao lhe mostrar fotografias. Era uma cena um tanto inusitada visto que o policial não sabia o que fazer.O que está acontecendo aqui? Gritei ao me aproximar daquele grupo estranho. Apontei para a pessoa que parecia estar mais controlada. Explique...A mulher para quem eu apontei segurava uma das fotografias com força entre seus dedos. Seus olhos estavam vermelhos assim como o seu nariz...Soubemos que uma jovem foi encontrada... a sua voz era baixa e rouca. Ela devia ter chorado muito... estamos implorando para que olhe as fotografias e veja se é uma de nossas meninas.Olhei para a foto em sua mão... como eles poderiam saber sobre a pessoa encontramos? O corpo da vítima ainda estava na autopsia e mesmo após longas horas de busca, não encontramos nada que
O sim de galhos se partindo, a aspereza das árvores e a escuridão da noite não forma suficientes para que eu percebesse o perigo ao conseguir me libertar dos braços daquela pessoa. Da pessoa que perseguia durante meses. Eu não poderia acabar assim.Meu peito subia e descia de forma rápida ofegante no instante em que corria em direção ao horizonte.Eu não poderia morrer ali, não depois de tudo que havia descoberto.Continuei correndo até sentir a terra molhada em minhas mãos. Eu havia caído, meus joelhos doeram com o impacto, talvez tenha me machucado, mas não havia tempo para isso. Os passos se aproximavam de mim cada vez mais.Na minha mente só vinha eu não quero morrer.Disse a mim mesma continuando correndo, enquanto tentava não gritar. Cada som ao meu redor me assustava mais do que a escuridão da mata fechada onde eu estava.Como eu havia ido parar ali?Só me lembrava de estar em minha casa terminando de editar o artigo que enviaria para o jornal.Correr é a única coisa em que con
"Iza Osni"O oxigênio não parecia existir ao olhar para a mansão a minha frente. O corpete do vestido longo na cor bege me deixava com dificuldade em respirar. A forma como apertava os meus seios me fazia ter vontade de gritar ao sentir os olhares dos homens.O vestido escolhido por "Duhan" não era vulgar, contudo evidenciava o meu corpo de forma repulsiva ao afinar a minha cintura destacando os seios. Eu estava como a maioria das mulheres.Basta ficar calma... "Duhan" falou ao segurar em minha cintura, ao me guiar em direção a entrada da mansão. O convite se encontrava em sua outra mão. De soslaio reparei na forma como a calça escura de linho morava suas pernas o smoking escuro não diminuía os braços fortes. Seus cabelos estavam presos em algum tipo de coque e mesmo sabendo a importância da aparência não fez a barba.Estamos quase lá... garantiu ao sorrir para um dos seguranças ao mostrar o convite. Percebi a forma como todos olhavam para "Duhan". Olhares repletos de inveja e escárni