Trigêmeos

O terceiro choro veio como um raio, rasgando o ar pesado de medo e exaustão.

— E aqui está o menino!

Por um segundo, minha mente congelou. Três? TRÊS? Era como se o universo tivesse decidido que meu caos pessoal precisava de mais adrenalina. Olhei para aqueles pequenos pacotinhos de vida sendo rapidamente levados para cuidados intensivos. Era surreal. Eles eram pequenos demais, frágeis demais, e, de alguma forma, haviam saído de mim.

Depois de muito argumentar (leia-se: chorar e ameaçar arrancar os fios dos aparelhos), a médica finalmente cedeu e me deixou usar uma cadeira de rodas para visitá-los na UTI neonatal. Lá estavam eles, três pequenos milagres embalados em tecnologia avançada. As meninas eram idênticas, como se alguém tivesse usado a função “copiar e colar” da vida, e também cópias femininas do pai. Já o menino, embora menor, tinha uma expressão que gritava: “Ei, mundo, cheguei para conquistar tudo!” com uma cabeleira loira da qual eu jamais poderia brincar dizendo que ele f
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