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Quando Ir Pra Escola Vira Drama

Então, lá estava eu, sentada no sofá, com Sophie no colo, mamando feliz e tranquila, enquanto eu chorava como se tivesse acabado de assistir ao final mais triste de um filme.

Claro que Bryan acordou, porque, né, era impossível ignorar uma adolescente fungando feito louca às sete da manhã. Ele me olhou com aquela cara de "o que tá acontecendo aqui?" e perguntou, direto:

— O que houve?

— Nada — respondi rápido, tentando disfarçar e secar as lágrimas com o braço, o que, pra ser sincera, só me fez parecer ainda mais patética.

— Ela te machucou? — ele insistiu, olhando pra Sophie, que nem ligava pra nada, ocupada demais sugando.

— Não! Não tem nada a ver com ela! É coisa minha, boba.

— Liah... — Bryan me encarou como se estivesse lendo minha alma. — Tem definitivamente algo errado.

E pronto. Antes que eu pudesse pensar em uma desculpa, ele se ajoelhou na minha frente, o que me deixou completamente sem saída. Quem faz isso?

— Me conta — ele pediu, com um tom mais suave. — Você tá me preocupando.

Eu fiz que "não" com a cabeça, mas ele não parecia disposto a desistir.

— Se você não contar, eu vou pegar Sophie.

— Não! — Segurei Sophie mais perto, desesperada. — Por favor, deixa ela mamar.

— Então me explica o que tá acontecendo.

E foi aí que eu percebi que ele não ia soltar o osso. Respirei fundo, porque, sério, eu sabia que o motivo ia soar completamente ridículo.

— Tá bom, eu conto — digo, derrotada. — Eu... eu preciso ir pra escola hoje.

Bryan franze o cenho, confuso.

— Você tá chorando porque tem que ir pra escola?

— Eu não quero ficar longe dela!

Ele ficou me olhando como se eu fosse uma personagem de novela. O silêncio foi constrangedor. Aí ele suspirou e disse:

— Isso é... normal, eu acho?

Eu balancei a cabeça, tentando colocar em palavras o que tava sentindo.

— É que ontem ela ficou com fome o dia todo porque não quis nada. E agora, se eu for pra escola e ela passar mais meio dia assim, eu não vou conseguir parar de pensar nisso.

— Liah — Bryan falou, daquele jeito sério dele. — Você não vai faltar à escola por um bebê que nem é sua responsabilidade.

Eu sabia que ele tava certo. Claro que tava. Mas, mesmo assim, doeu.

Então eu fiz o que qualquer adolescente emocionalmente exausta faria: me arrumei pra escola ainda fungando. No carro, enquanto Sophie mamava no meu colo (de novo), eu tive uma ideia. Não sabia se era boa, mas, olha, quando você tá desesperada, qualquer ideia parece genial.

Quando chegamos ao colégio, virei pra Bryan e falei:

— Vem comigo.

Ele arqueou uma sobrancelha.

— O quê?

— Confia em mim.

Puxei ele pela manga do casaco até a sala do diretor. Bryan tava claramente desconfortável, mas me seguiu. Entramos, e o Sr. Robertson, o diretor, me recebeu com aquele sorriso "sou um adulto que acha que entende jovens".

— Srta. Liah, a que devo a honra? — ele perguntou, apontando pra cadeira.

— Sr. Robertson, vim pedir permissão pra que meu marido e minha filha passem os intervalos comigo.

E pronto. Jogou-se a bomba.

O diretor arregalou os olhos, e Bryan tossiu, engasgado.

— Quando esteve grávida? — o Sr. Robertson perguntou, claramente em choque.

— Isso é um assunto privado, Sr. Robertson — respondi, toda séria. — E espero que continue assim. Pode ser?

O homem balbuciou algo, mas acabou concordando, porque, vamos ser honestos, ele não tinha ideia do que tava acontecendo.

E Agora?

Quando saímos da sala, Bryan parou no corredor e me encarou como se eu tivesse acabado de confessar um crime.

— Sabe que não precisa fazer isso, né? — ele falou, sério.

— Eu sei. Mas quero fazer. — E era verdade. Eu queria mesmo.

Bryan suspirou, claramente tentando processar tudo, enquanto eu pegava Sophie e dava um beijinho na testa dela.

— Traga ela daqui a duas horas e meia, tá bom? — pedi.

— Liah, espera...

Eu olhei pra ele, confusa.

— Obrigado — ele disse, baixinho.

E sabe de uma coisa? Só sorri pra ele. Porque, no fundo, sabia que estava fazendo a coisa certa.

E assim, voltei pra sala de aula, ainda cansada, mas com aquela sensação de que, pela primeira vez, tudo tava se ajeitando.

Mas é claro que a paz não dura muito, né?

No intervalo, Samantha veio correndo até mim, cheia de perguntas:

— O que tá rolando, Liah? Você tá estranha.

— Longa história — respondi, rindo.

— Então conta tudo!

— Ok, mas antes... vem comigo.

Puxei Samantha até uma sala reservada perto da secretaria. Lá, a babá estava esperando com Sophie no colo, e Samantha imediatamente ficou preocupada.

— O que aconteceu?

— Nada. Seu pai pediu pra ela vir mamar aqui — expliquei, pegando Sophie nos braços e começando a amamentá-la.

A reação de Samantha foi exatamente como eu imaginei: ela ficou de queixo caído.

— ELE SABE DISSO?!

— Claro que sabe. É o nosso combinado.

E, pela primeira vez no dia, eu senti que tava realmente no controle da situação.

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