Capítulo Vinte e Oito — Cecília Prado

Despertei numa enorme cama vazia. Apalpei onde antes estava deitado um homem e só encontrei o gelado dos lençóis, vazios.

Por algum motivo, desconhecido, meu coração resolveu acelerar e mil coisas se passaram pela minha cabeça.

Ele deve ter se arrependido de ontem.

Mas ele foi simplesmente embora? Me deixando sozinha na casa dele?

Não é possível, ou era?!

Senti o sangue ferver e me joguei para fora da cama. Peguei meu celular na mesa de cabeceira e acendi o visor, o relógio marcava 6h30 e o sol já queimava através das persianas fechadas.

Disquei o número dele, mas desisti de ligar assim que avistei o aparelho dele em cima da escrivaninha do quarto.

O filho da puta não levou nem o celular!

Balancei a cabeça, incrédula que isso realmente estava acontecendo.

Andei furiosa pelo apartamento procurando minhas roupas, encontrei algumas delas no chão da cozinha e foi novamente para o quarto para me trocar.

— Como ele pode sair assim? — Bufei, de raiva. — Ele só foi embora?! Me deixando sozinh
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