Capítulo Trinta e Sete — Cecília Prado

O percurso até o apartamento do Theo é feito no maior silêncio, pelo menos da minha parte.

No banco de trás a pessoa que se julga minha mãe, tagarela sem parar e não poupa comentários sobre a beleza do meu então namorado.

É sempre assim. Estou tão inerte em meus pensamentos que não consegui nem ficar feliz com o rotulo do nosso relacionamento.

Estou preocupada demais com os danos colaterais que eu sei que a minha mãe vai deixar quando partir. Danos que eu terei que consertar e resolver.

É sempre assim. Ela vem, me usa da forma que bem entende, me difama e depois do estrago feito, vai embora, mas não, sem antes me humilhar.

É um ciclo vicioso sem fim.

Ela nunca vai me deixar em paz e já estou cansada de ter que juntar meus cacos sempre que ela vai embora.

Simone é uma bomba relógio pronta para explodir e não se importa em quem ela derruba no meio do caminho.

Theo pega minha mão e beija o dorso dela, dizendo silenciosamente que tudo ficará bem.

No meio do caminho ele
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