Felipe
Ultimamente os meus dias tem sido extremamente corridos... Eu sempre estou pela faculdade pela manhã, e alguns dias até mesmo durante a tarde e também tenho o meu trabalho no hospital, então mal me sobra tempo para aproveitar a vida, mas eu dou o meu jeitinho, eu sempre dou!
- Eu estava com saudades de você, gato! Fazia tanto tempo que você não ligava pra mim, eu achei até que tinha esquecido de mim.- Uma voz soou próximo a mim e ao olhar para o lado, me deparei com aquela mulher deitada ao meu lado.
Eu sempre estou muito ocupado com a minha vida, mas dou o meu jeitinho de me divertir e fazer o que mais gosto de fazer, e hoje foi um desses dias... O meu trabalho no hospital e na faculdade estava me deixando com a cabeça explodindo, então eu trouxe uma mulher do clube para passar a noite comigo e isso me aliviou, e muito.
Eu precisava mesmo extravasar e me aliviar um pouquinho, então foi bom traze- la pra cá, mas agora chega... Eu só queria um pouco de sexo para esvaziar a cabeça e eu paguei bem por isso, não quero ficar de conversinha com ninguém... Essa mulher veio aqui para me satisfazer e não para dar uma de psicológica.
Eu não quero e não vou conversar com ela!
- Não demora tanto pra me chamar da próxima vez, eu fico morrendo de saudades de você, meu gato.- Aquela mulherzinha diz levando a sua mão até o meu peitoral.
É, acho que está na hora dela ir embora daqui.
Levantei-me rapidamente me afastando dela, pegue a minha carteira que estava sob a mesinha de cabeceira e tirei um dinheiro dali.
- Eu deixei toda a conta paga lá no clube, pegue esse dinheiro para o táxi... Já está na hora de você ir embora.- Disse sendo curto e grosso.
Eu não quero estar com ninguém, não quero me relacionar com ninguém e é por esse motivo que eu prefiro pagar caro para ter o minino de prazer... Isso não me causa cobranças, então já está de bom tamanho e vale a pena.
- Mas já? Eu achei que ia ficar mais aqui com você.- Ela diz se insinuando pra mim.
Será que ela ainda não entendeu que eu quero que ela vá embora? Eu já fui claro, mas pelo visto terei que ser mais.
- Eu não te pago para achar nada, eu te pago para abrir as pernas e me satisfazer. Agora pegue as suas coisas e vá embora, por favor... Eu tenho mais o que fazer!- Eu disse sendo o mais direto possível.
- Vá assim que acabar, o dinheiro do táxi está aqui.- Avisei a ela e dei as costas pronto para sair dali, mas a sua voz me fez parar.
- Quando você vai me chamar novamente?- Ela me questionou me tirando do sério.
Virei-me novamente em sua direção, dei um sorrisinho irônico e balancei a cabeça sem acreditar que ela realmente estava me perguntando aquilo... Essa aí já não serve mais para alguém como eu, eu não vou ficar aguentando cobrança de uma puta.
- Nunca mais! Agora me faça um favor e saía já dá minha casa.- Eu a respondi ainda com um sorriso irônico em meu rosto e saí do quarto deixando a sós.
Eu pago para ter sexo justamente por não gostar de cobranças, não vou aguentar uma puta me cobrando algo... Essa aí nunca mais volta aqui!
Caminhei diretamente para o banheiro e comecei a me preparar para meu trabalho, assim que saí do banheiro e voltei para o quarto, vi que ela já não estava mais alí.
- Graças a Deus!- Disse ao ver que estava finalmente a sós novamente.
Eu aprecio muito a vida que levo aqui, gosto de viver sozinho e eu não pretendo mudar isso nunca... Essa historinha de se casar, ter filhos e viver "felizes pra sempre" não pra mim e eu não pretendo cair nessa história pra boi dormir.
Me aprontei rapidamente para o meu trabalho e saí de casa em rumo a faculdade.
Hoje terei um dia cheio por lá, eu irei recolher o trabalho que foi passado na última aula e irei passar uma atividade. Não tenho tempo a perder e quero que os meus alunos sejam os melhores médicos daqui a alguns anos e sei que assim será! Os que forem medíocres, nem irão sair da faculdade.
- Felipe? Felipe?- Pude ouvir alguém chamar por mim assim que eu pisei no campos.
Eu reconheço bem essa voz e já sei o que está por vir... Inferno!
- Fala!- Respondi a Lívia sem a minina paciência.
- Que bom que te encontrei! Precisava mesmo falar com você, fazem dias que não te vejo... Estava com saudades.- Lívia diz me causando estranheza.
Saudades? Essa mulher está totalmente fora de si! Ela só pode estar!
- Do que você precisa? Eu tenho algumas coisas pra adiantar antes da primeira aula de hoje, eu não posso perder tempos com besteiras.- Fui direto e franco.
- Não é nada demais, Fe... Eu só queria saber se você não quer tomar o café da manhã comigo, faz tanto tempo que a gente não conversa.- Lívia disse e aquilo me fez ter vontade de rir.
Era só o que me faltava... A última coisa que eu eu quero na vida é tomar café da manhã com essa mulher... Estou cansado e eu não quero ouvir balelas na minha cabeça.
- Não, eu não posso e nem quero, Lívia! Como te disse antes, eu tenho trabalhos pra adiantar antes da primeira aula... Era só isso?- A questionei sem paciência alguma.
Ela me encarou com sem graça, acenou com a cabeça e em seguida ela sorriu sem mostrar os dentes.
- Ótimo! Então já vou indo.- Disse sem perder tempo e saí dali direto para a minha sala.
Ao entrar alí, estranhei ao ver alguém sentado na primeira fileira e ao olhar bem, vi que se tratava daquela garota, aquela que se atrasou para o primeiro dia de aula.
Mas o que ela faz aqui tão cedo? Faltam mais de cinquenta minutos para a primeira aula.
- Bom dia, professor Felipe!- Ela me cumprimentou com um sorriso de menina em seu rosto assim que entrei na sala.
Fiquei parado alí na porta por alguns segundos e os meus olhos ficaram presos sobre ela... Helena, esse é o nome dela, eu sabia que me lembrava!
Helena, essa garota com algo estranho em seus olhos... Eu sempre paro no tempo toda vez que olho para eles... Ela tem algo em si, eu não sei o que é, mas eu sei que ela tem algo ali... Algo que me irrita e me petrifica ao mesmo tempo.
Resolvi não responde-la e caminhei até minha mesa sentando-me ali e dei início ao meu trabalho... Não tenho tempo a perder com uma garota.
- Professor, o senhor pode me tirar uma dúvida?- A voz daquela garota soou bem de repente chamando a minha atenção.
Mas o que essa garota quer? Não tenho tempo a perder com perguntas idiotas.
- Não, eu não posso! A minha aula irá começar daqui a meia hora, até lá, por favor não dirija a palavra a mim.- Disse sendo curto e grosso e sem pesar algum.
Desviei o meu olhar dela voltando a encarar o meu notebook e voltei para o que realmente me interessava, o meu trabalho.
Essa garota só quer puxar papo furado comigo e eu não estou nenhum pouco a fim de perder o meu tenho agora.
Ela parece ter entendido perfeitamente o que eu havia dito, pois um silêncio pairou sobre a sala e eu finalmente pude trabalhar em paz... Graças a Deus por isso.
- Alunos, me entreguem por favor o trabalho que foi passado na última aula. Lembrando que o trabalho não será aceito depois de hoje até o último horário... Depois não adianta insistirem.- Os avisei assim que a aula chegou ao fim.
Eu tento fazer o meu trabalho da melhor forma e dar o melhor de mim, mas eu não aceito que os alunos me passem para trás. Se o dia de entrega do trabalho é hoje, eu não aceito o trabalho com nem um dia de atraso se quer... E quem não estiver feliz com isso, que não voltem mais para minha aula.
- O meu trabalho, professor...- Aquela garota disse ao se aproximar de mim e estender as suas mãos para me entregar o seu trabalho.
- Deixe sobre a mesa.- A respondi sem encara-la.
- Professor, eu posso tirar aquela dívida com o senhor agora?- Ela me questionou ainda parada alí.
- A minha aula já chegou ao fim, todas as dúvidas serão tiradas durante o horário de aula... Agora vá, eu não tenho todo o tempo do mundo e os outros alunos também irão me entregar os trabalhos.- Eu a respondi sem paciência alguma.
Ela ficou algum tempo parada alí, parecendo não acreditar no que eu falava, mas ela logo caiu em si e se foi me deixando finalmente em paz... Finalmente!
O dia passou bem rápido depois daquela aula, consegui conclui meu trabalho com todas as turmas e aproveitei para adiantar algumas matérias... Após o fim das aulas, eu decidi ir almoçar em um restaurante que costumo frequentar.
O meu dia de trabalho na faculdade já chegou ao fim, mas eu ainda terei um longo plantão no hospital e com a correria, tenho certeza que essa será a minha primeira e última refeição do dia, então irei aproveitar e me alimentar direito.
- Boa tarde! Eu posso anotar o seu pedido? O senhor já sabe o que vai querer comer?- Uma voz bem familiar soou próximo a mim e ao levantar a cabeça não acreditei no que estava vendo.
Ahhh, mas isso não é possível!
Eu só posso ter jogado pedra na cruz pra merecer passar por isso... A tal de Helena aparentemente trabalha aqui. Essa garota já me persegue na faculdade, agora aqui também? Mas que falta de sorte!
- Você trabalha aqui?- A questionei ainda sem acreditar no que estava vendo.
Ela também me encarava com uma surpresa visível em seu olhar e o seu corpo parecia estar tenso... Ela estava bem séria e retraída, o que não é normal pra ela... Essa garota está sempre tão feliz, vive rindo feito uma palhaça por aí.
- Sim, comecei a pouco mais de uma semana... Estou gostando muito! É perto da faculdade e eu consigo conciliar tudo. Como eu sou bolsista, tenho que ter uma fonte de renda para bancar os custos com livros e todos aqueles xérox.- Ela desandou a falar, até mesmo coisas que não perguntei.
- Eu não tenho o minino interesse na sua vida pessoal, garota. Agora anote logo meu pedido, eu estou morrendo de fome e não tenho tempo a perder.- A respondi sem a minina paciência e desviei o meu olhar dos dela.
Essa garota parece me perseguir... Já bastava ter que conviver com ela lá na faculdade, agora ela vai estar em todos os lugares que eu for? Mas que inferno!
- Tudo bem, me desculpe... Pode me passar o seu pedido senhor.- Ela me respondeu e a sua voz me causou repulsa.
Que todas essas coincidências infernais acabem logo... Eu não gosto de encontrar os meus alunos fora da faculdade, ainda mais essa aluna especificamente.
Toda vez que ela cruza o meu caminho, estranhamente tudo da errado pra mim e eu quero que essas confidenciais cheguem logo ao fim... Eu não a suporto, eu não sei o porque, mas eu não a suporto.
Helena Finalmente o fim de semana chegou e eu não poderia estar mais feliz com isso... Eu tive uma semana puxada no trabalho e na faculdade também, então quero aproveitar o fim de semana para descansar e fazer as coisinhas que eu gosto.Geralmente nos fins de semana eu gosto de ficar na cama até um pouco mais tarde, de ficar enrolando no quarto o dia todo, assitir filmes melancólicos e comer besteira o dia todo e é exatamente isso que eu quero fazer no dia de hoje... Durante a semana a vida é tão corrida pra mim, eu acordo cedo, vou para a faculdade e depois ainda vou para o trabalho e é exatamente por esse motivo que eu gosto de descansar nesses dois dias que tenho livre.Eu ainda estava deitada em minha cama me sentindo totalmente sonolenta, quando a porta do meu quartinho foi aberta bem de repente e a minha tia adentrou pelo mesmo feito um furacão... Lá vem!- Você ainda está deitada, Helena? Pelo amor de Deus, garota! Isso aqui não é um hotel e muito menos um spa... Levante já de
FelipeSão seis e meia da manhã em ponto nesse exato momento e eu estou de baixo da água quente do chuveiro em busca de um pouco de tranquilidade e descanso.A última madrugada não foi nada fácil e não consigo parar de pensar em tudo que aconteceu nas últimas doze horas... Eu tive um longo e duro plantão e infelizmente nós perdemos dois pacientes em apenas uma noite e mesmo estando acostumado com tudo isso, é sempre duro ter que contar pra toda uma família que eles nunca mais irão ver um ente querido em vida.Nesse momento me encontro totalmente exausto em todos os sentidos, então tudo que quero é ir para o meu apartamento e descansar o máximo que eu puder.- Filho? Graças a Deus você ainda está aí! Eu estou atrás de você há um tempinho, até pensei que você já tinha ido.- A minha mãe "invadiu" a minha sala e desandou a falar.Ahh não! Eu estou com a cabeça cheia, eu estou cansado e morrendo de dor de cabeça e a última coisa que quero e ouvir alguém falar sem parar perto de mim... Eu
Helena Mais uma semana está se iniciando e eu estou totalmente animada com o que está por vir... Essa semana será muito, muito corrida, eu terei algumas provas, entregarei alguns trabalhos e terei um seminário, mas ainda assim estou muito animada com a minha semana.Eu gosto de dias cheios, assim não tenho tempo para pensar em coisas ruins e nem em lembrar das minhas dores do passado.Me olhei no espelho pela última vez e ao constatar que eu estava pronta, peguei a minha bolsa já saindo do meu quartinho.O fim de semana acabou, mas ainda há uma questão que eu não consigo tirar da minha cabeça... O que foi que aconteceu com o meu dinheiro? Eu não entendo! Eu juro que guardei dinheiro na carteira antes de sair de casa, mas aparentemente aquele dinheiro simplesmente sumiu, do nada... Eu vou realmente não sei como meu dinheiro foi sumir daquele jeito, mas vou descobrir. Ah, mas eu vou!Se não fosse pelo professor Felipe, eu realmente não sei o que seria de mim, aliás, eu sei sim... Eu ir
Felipe Finalmente é sexta feira e eu não poderia estar mais feliz por isso... Eu gosto muito do meu trabalho aqui na faculdade e também lá no hospital, mas eu preciso de um tempo de descanso... Um tempo pra mim relaxar e colocar a cabeça no lugar.Essa semana me deixou exausta e ela demorou tanto pra passar que eu cheguei a pensar que estava preso em um looping infinito... Eu mal podia esperar para que o dia de hoje chegasse logo.- Hey! Você está animado para o fim de semana?- Uma voz familiar soou próximo a mim e ao olhar para o lado, pude ver que se tratava da Lívia.Lá vem!Eu aposto tudo que eu tenho que essa mulher vai tentar se incluir de alguma forma no meu fim de semana, mas ela não vai conseguir... Eu tenho planos melhores pra mim, bem melhores que aguenta-la falando sem parar na minha cabeça.Eu apenas acenei com a cabeça como resposta tentando não dar muita atenção para ela e fazer com que ela se tocasse e saísse logo daqui, mas parece que o meu plano não deu certo... A L
Helena Hoje é sexta, são nove horas da noite e eu estou parada na porta de uma balada... Eu não sei como, mas de alguma forma a Ruth me convenceu de vir pra uma boate.Eu geralmente não gosto desse tipo de ambiente, aliás, eu nunca venho pra esse tipo de lugar, mas a Ruth insistiu tanto que eu acabei vindo com ela, mas eu tenho uma ideia... Eu vim, mas vou ficar apenas um pouquinho e depois vou voltar para casa.A minha tia também não gosta nenhum pouco que eu saia a noite e muito menos que eu venha a baladas, então não quero dar motivos pra ela falar.- Helena, você vai amar esse lugar! Vem muita gente bonita pra cá e eu soube que é open bar, então a gente vai poder beber a vontade.- Ruth disse totalmente animada.Eu bem que queria estar animada igual a ela, mas eu judô que não consigo... Eu gosto de lugares mais calmos e tranquilos, e ver tanta gente a minha volta me deixa meio tonta.- Eu não bebo, Ruth... Só bebo água e suco, no máximo um refrigerante.- Brinquei.- Você não bebe?
Helena Um silêncio absurdo pairava sob aquele carro, o o professor Felipe não falava nada, eu menos ainda e aquela situação estava totalmente constrangedora, então eu não conseguia nem olhar para o lado, apenas mantia o meu olhar preso na avenida.Eu realmente ainda não sei o porque do professor Felipe ter me oferecido a carona e também não sei como eu aceitei, mas aqui estamos nesse momento e eu só consigo sentir um frio absurdo em minha espinha e o meu estômago embrulhar cada vez mais.Por um segundo, eu desviei o meu olhar daquela estrada e o encarei rapidamente, mas para a má sorte, ele também estava me olhando.- Você quer me dizer alguma coisa?- O professor me questionou enquanto voltava a encarar a pista.Parei de encara-lo imediatamente, eu balancei a cabeça e dei um sorriso sem graça... Eu não sabia o que dizer, muito menos como agir e me sentia nervosa feito uma adolescente.- Não, eu só queria agradecer o senhor por tudo mais uma vez...- Falei a primeira coisa que me veio
Felipe O meu corpo se encontra totalmente cansado nesse momento, eu passei as últimas doze horas de pé correndo de um lado para o outro, sem tomar um banho, dormir ou me alimentar, mas ao menos nesse plantão nós não tivemos nenhuma perda, então todo o cansaço valeu a pena, porque pra mim realmente não há nada pior do que ver um bebê ou uma criança partir.Fazem mais de cinco anos que eu atuo como cirurgião pediatra e eu me adaptei bem a essa área... Me lembro bem que na época da faculdade eu tinha dúvidas sobre qual área iria seguir, mas no meu primeiro dia de residência de pediatria cirúrgica, eu soube que era aquela área que iria seguir.Eu nunca fui fã de crianças, nunca tive sonho de ser pai e nem nada do tipo, mas eu me lembro bem que no meu primeiro dia de residência eu presenciei uma garota de três anos chorar copiosamente de dor devido a um câncer no pâncreas e eu me lembro bem que fiz uma promessa pra mim mesmo naquele momento, eu prometi que faria o possível e o impossível
Helena Parada em frente a mesinha de estudos do meu quarto, eu encaro o porta retratos com uma foto minha e do meu paizinho quando eu ainda era um bebê e sinto as lágrimas descerem por meu rosto... Eu sinto tanto a falta disso, de ter o meu paizinho aqui por perto e de ter o seu colinho, a única coisa que me conforta é saber que eu estou aqui, a caminho de realizar o grande sonho da sua vida, ter uma filha médica... Ou como ele mesmo dizia, "doutora".Sorri em meio as lágrimas ao me lembrar dos momentos felizes que vivi por anos ao lado do meu, naquele momento uma certa tranquilidade tomou conta de mim e algo me disse que mesmo ele não estando mais aqui, o meu pai ainda toma conta de mim e lá no fundo, eu sei o quanto isso é real.- Eu te amo, paizinho e eu nunca vou me esquecer de você.- Disse sorrindo enquanto as lágrimas desciam e deixei um beijo em nossa foto.Eu ainda olhava aquela foto, quando de repente a porta do meu quarto foi aberta e a minha única reação foi secar as minha