O grande dia finalmente havia chegado. A mansão de Ronald estava em plena movimentação desde as primeiras horas da manhã. A equipe de decoração transformou o amplo jardim em um cenário de sonho: flores brancas e lilases formavam arcos e adornos por toda a extensão, e as cadeiras, delicadamente enfileiradas, aguardavam os convidados sob um céu azul perfeito. O murmúrio das pessoas, que se acomodavam aos poucos, era misturado com o som suave de um quarteto de cordas que tocava uma melodia suave. Carla, em seu quarto, estava sendo preparada. Seu vestido era deslumbrante, uma mistura de renda e seda, com um véu que descia graciosamente sobre os ombros, quase tocando o chão. Ela estava radiante, naquele momento, o foco estava no presente, em Davi e na família que estavam formando junutos. Joaquim, seu pai, entrou no quarto para buscá-la, vestido com um elegante terno cinza. Ele estava visivelmente emocionado. — Você está linda, minha filha. Estou muito orgulhoso de você. Carla sorriu co
Carla estava nervosa, tentando prestar atenção na colega de quarto, Sabrina, mas nada parecia certo. A roupa que usava a fazia sentir desconforto, como se estivesse vestindo uma versão de si mesma que não reconhecia. — Você está linda, confie em mim. Eu sou experiente nessa área — insistiu Sabrina com um sorriso. — Sabrina, esta saia está muito curta. Não me sinto bem, nunca usei roupas assim — respondeu Carla, puxando a saia para baixo, na tentativa de cobrir mais as pernas. Sabrina suspirou, impaciente. — Você vai ter que se acostumar. Se quer ser uma acompanhante de luxo, não pode se vestir como uma freira, certo? Carla hesitou, sua voz trêmula. — Sabrina, acho que vou desistir. Eu não nasci para essa vida. — Já conversei com Madame Kiara e foi difícil convencer ela a te aceitar. A equipe está completa, e agora você quer desistir? Carla abaixou os olhos, sentindo o peso da situação. — Está bem, não tenho outra opção. De outra maneira, não vou conseguir levantar esse dinhei
De repente, os olhos de Ronald se encontraram com os de Carla. Algo nela chamou sua atenção de imediato. Ele percebeu que aquela garota não estava entre as que Madame Kiara havia lhe apresentado anteriormente. Intrigado, Ronald começou a observá-la, o que fez Carla ficar envergonhada, corando visivelmente enquanto baixava o olhar. — Madame Kiara, podemos voltar ao seu escritório? Esqueci de mencionar algo — Ronald disse, sem tirar os olhos de Carla. — Claro! Vamos — respondeu Kiara, guiando-o de volta ao escritório. Assim que se sentaram, Ronald foi direto ao ponto. — Madame, quem é aquela garota de blusa azul? Ela não estava nas fotos que você me mostrou. Madame Kiara sorriu, compreendendo imediatamente sobre quem ele falava. — Ah, você deve estar falando de Carla. Ela chegou hoje. Ainda não tive tempo de tirar fotos dela para o catálogo. Ronald, sem hesitar, respondeu de forma decidida: — Então eu escolho ela. Madame Kiara arqueou as sobrancelhas, surpresa. K — Está certo
Zefa foi até seu quarto e pegou um pijama e um vestido simples. Como Carla era magra, ela tinha certeza de que serviriam. Ao retornar, entregou as peças a Carla. — Trouxe este pijama e este vestido. Ambos estão sem uso. Se servir, pode usá-los — disse Zefa, gentilmente. — Que vestido bonito! Acredito que vai servir sim. Obrigada, mais uma vez — respondeu Carla, sorrindo. Zefa, com um pouco de hesitação, continuou: — Desculpe a intromissão, mas seu nome é Carla, não é? Nesse momento, Ronald desceu e se dirigiu à mesa de jantar. Ao sentar, percebeu que Carla também estava descendo, agora vestida com algo diferente. Ele estranhou, lembrando-se de que ela havia dito que não tinha trazido roupas. — Você disse que não trouxe roupas — ele comentou, curioso. — Sua amável governanta me emprestou este vestido. Amanhã, quando eu for comprar roupas, pretendo comprar algo para devolver a ela. Ronald sorriu, achando a situação engraçada. — Um vestido da Zefa? Até que ficou bem em você — br
Ronald já estava impaciente esperando por Carla. — Desculpa se me atrasei! — Precisamos ir mesmo ás compras, antes que você esvazie o guarda roupas de Zefa. — Ele fez este comentário, novamente com um sorriso, deixando Carla envergonhada. — Zefa insistiu, disse que o vestido não iria ficar bem para eu ir ao shopping. — Ela tem razão, mais você ficou muito bem, com essa roupa, agora vamos tenho que passar antes no meu escritório. Ronald chegou à Belle Essenza, a empresa que ele orgulhosamente liderava, acompanhado por Carla. Ele havia pedido à Carla para fingir ser sua noiva como parte de um plano para uma estratégia de enganar seu avô, e este seria um bom começo, começando a aparecer na empresa juntamente com Carla. Ao descerem do carro, Carla ficou impressionada com o tamanho e o luxo do prédio, demonstrando reconhecimento e admiração pelo ambiente. — Sua interpretação como atriz, começa agora, pois aqui você vai começar tentar convencer a todos que estamos noivos e apaixonado
Depois de deixarem a empresa Belle Essenza, Ronald levou Carla para o shopping, determinado a transformá-la em uma mulher elegante e refinada, uma figura que pudesse passar facilmente como sua falsa noiva. Enquanto percorriam as lojas, Ronald instruía Carla sobre as escolhas de roupas, sapatos e acessórios que deveriam adquirir para criar a imagem da perfeita noiva. — Ronald, não precisa tanto exagero, não vou conseguir usar todas estas roupas. — Por favor esquece o dinheiro, quero que você compra belas roupas, tem que estar realmente transformada. Carla, apesar de achar exagerado tentou fazer a vontade de Ronald, escolhendo cuidadosamente as peças de seu novo guarda-roupa, ciente da importância dessa transformação para o papel que estava prestes a representar. Ela comprou roupas contemporâneas, vestidos elegantes, sapatos sofisticados e acessórios que realçavam sua beleza natural, dando início à metamorfose que a transformaria na noiva de Ronald. O próximo passo, contudo, era con
Carla organizou toda a roupa no armário, ficou por um bom tempo sonhando vestida com cada vestido lindo daqueles. Carla agora começou a pensar em seu pai, tinha que conversar com Ronald para deixar ela sair e ir tentar resgatar seu pai. Na hora do almoço ela PC falar com ele. — Ronald, você já conhece minha história, sabe que eu estou fazendo tudo isso, para poder ajudar meu pai, eu gostaria que você me liberasse para ir tentar tirar ele das mãos daqueles bandidos. — Carla, fica calma já estou cuidando do seu pai, jamais eu poderia deixar você se envolver com esse tipo de pessoas, ainda mais agora que está se passando por minha noiva. — Mais eu quero tanto saber como ele está, estou muito preocupada com ele. — Seu pai está bem, confia em mim, meu assistente está trabalhando nisso, uma hora dessas já deve ter resgatado seu pai, logo você poderá encontrar com ele. — Mais como, eu tenho que pagar os cinquenta mil para liberta-lo. — Não se preocupe com isso agora, a única coisa qu
Carla estava muito feliz ao ver a felicidade do pai. Ao voltar para casa, ela e Jakson vieram conversando no caminho de volta. — Jakson, eu estou tão feliz, ver meu pai assim tão bem, poder voltar para faculdade, tenho medo de acordar e ver que tudo não passou de um sonho. — Eu também estou feliz por você e seu pai. Carla sentiu uma vontade imensa de agradecer Ronald, tudo que está acontecendo na vida dela. Ela é muito grata a ele e também a Sabrina que insistiu para que ela fosse a casa de Madame Kiara. Jakson deixou agora Carla em casa e retornou a empresa — Chefe, missão cumprida, corri contra o tempo mais sua noiva já está novamente na faculdade, e seu sogro dono de uma padaria, e pelo que pude ver o velho realmente faz pães e bolo maravilhosos. — Jakson eu admiro muito essa sua capacidade de resolver os problemas com tanta facilidade, ontem meu sogro era um alcoólatra e viciado em jogo, hoje ele é um dono de padaria, muito obrigado mesmo. — Chefe você acha que o velho