72. Maternidade

"Emanuele?"

A voz de Amanda no telefone soa mais uma vez, mais preocupada e mais aflita. O choro da moça é tão sentido que é impossível responder.

Ainda com os dedos trêmulos de raiva, revolta e mágoa por ter um papel estúpido jogando na cara dela que o pai era um anônimo qualquer no mundo, Emanuele finalmente consegue tomar um pouco de fôlego.

Aquele pesadelo tinha que ter um fim; nada daquilo poderia perdurar por muito tempo. Ela precisava acordar, e rápido! Mas aquilo estava ficando cada vez mais difícil e insuportável.

Fungando repetidamente e fazendo o melhor para limpar as insistentes lágrimas que caíam por suas bochechas, a garota finalmente consegue responder.

"Tô aqui."

"O que aconteceu? Porque você tá chorando?"

Emanuele coça o rosto.

"Porque eu não tenho pai, Amanda."

"O quê? Como assim, todo mundo tem um pai."

"Sim, mas eu não sei quem é, e aparentemente nem a maternidade sabe. Meu pai é desconhecido. Nem sei se estava presente no dia em que eu nasci."

Um silêncio desconfo
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo