Duas semanas se passaram desde então.Sentada na praça da cidade, Thabata segurava uma garrafa duvidosa de uma bebida igualmente questionável. A garota dá um gole e depois olha para o lado. Joshua realmente a expulsou da vida dele como se ela fosse pouco menos que lixo. E pior ainda, para trocá-la por um lixo de esgoto que era aquela nova inquilina.Ela não conseguia entender como aquela vaca atrevida e ladra de namorados havia conseguido conquistar a amizade tão rápida de todos. Amanda e Amora a expulsaram da festa, simplesmente jogando fora toda e qualquer consideração que poderiam ter pelos últimos anos de amizade. E aquela mosca morta do Johnny foi uma peça fundamental pra tragédia de fato acontecer.Tudo estava dando errado, e a culpa era toda da caipira.Cambaleando, a garota se levantou. Nenhum dos cinco otários quis falar com ela ou sequer ouvir o que tinha a dizer. Apenas disseram que "aquela conduta foi inaceitável", e algumas variantes de "você é uma pessoa ruim." Não, ela
Dois paramédicos olhavam para ela de cima, com seus uniformes brancos e instrumentos medicinais das quais ela não sabia o nome.Franzindo a testa, Emanuele levou um tempo para descobrir onde estava. A primeira coisa que reparou além dos desconhecidos que a examinavam, foi que estava deitada numa maca. A segunda coisa foi que não estava mais na rua, cercada por curiosos, ônibus, árvores e pássaros. A terceira coisa era que o nariz doía como se estivesse quebrado. E provavelmente estava.O resto do corpo também doía. A sensação era de que um caminhão havia a atropelado várias vezes. Seus pulmões ardiam quando ela respirava, e a garganta também não estava muito boa. Meu Deus, ela não tinha nascido mesmo para aquilo.Ainda tentando reorganizar as ideias e se perguntando onde estava, a moça viu que ao seu lado um rapaz bonito e preocupado segurava a sua mão. Ele respondia as perguntas que os médicos faziam, mas ela não as entendia. Talvez precisasse de algum remédio mais forte. Talvez ele
Emanuele sabe que não merece o perdão nem a compreensão de Johnny. Se estivessem em lugares opostos agora, ela mesma dificilmente seria tão generosa. Talvez a mãe dela estivesse certa. Talvez ela estivesse mesmo condenada a ser um verme rastejante sobre a Terra, causando uma sucessão de desgraças pelo caminho e machucando aqueles que a queriam bem.Enquanto o médico examinava seu nariz quebrado e receitava uma série de pomadas e remédios, a garota só conseguia olhar fixamente para o rapaz. Depois que ela contou sobre o beijo com Joshua, Jhonny soltou sua mão e se afastou para um canto da sala. Ele não desviava os olhos dela, mas também não parecia nada receptivo.Thabata poderia ser uma desgraçada, mas a própria Emanuele não estava muito atrás. Pelo menos era assim que ela se sentia.Quando o doutor finalmente acabou a consulta, a moça resolveu perguntar, mais para confirmar a informação do que qualquer outra coisa:"Você pode enviar a conta para Emanuele Parker?""A conta vai pra mi
Johnny delicadamente passa mais uma camada de pomada na pele machucada de Emanuele. A menina estremece levemente quando a ponta dos dedos do rapaz encostam nos ferimentos. Ele pede desculpas e tenta suavizar o impacto do contato, mas não há muito o que fazer. Os cortes vão doer por pelo menos alguns dias antes de fechar, e comparado à dor do nariz quebrado, aquilo não era nada.Quando a moça ia começar o relato de sua vida, o atencioso rapaz a interrompeu e decidiu que seria melhor ela fazer uso dos remédios, incluindo a pomada. Agora, por exemplo, a ex-ruiva engolia um analgésico.Depois que todo o procedimento acabou, a menina fechou os olhos e voltou a se deitar ao lado de Johnny. Era a primeira vez que falaria tudo, ao menos resumidamente, sobre como era conviver com o monstro que um dia chamou de mãe.Emanuele começa falando sobre o pai. Ela jamais o conheceu, mas sabia que ele ainda estava vivo em algum lugar. Essa conclusão foi fruto de uma pequena investigação na internet, hi
E de fato, eles não passaram aquela noite na casa dos pais de Johnny.Emanuele era grata por muitas das coisas maravilhosas que estavam acontecendo na sua vida, apesar de tudo. Uma delas era a amizade verdadeira que estava construindo aos poucos com Gustavo, Andrew, Amanda e Amora. Inclusive, as gêmeas estavam realmente empolgadas em ver ela e Johnny como um casal oficial.Afinal de contas, as duas concordaram em ceder a casa de festas que as duas tinham, a mesma casa em que a reunião aconteceu, para que pudessem passar uma noite tranquilos. Emanuele mandou um SMS dizendo a Joshua que não voltaria para o apartamento naquela noite, e que ele não precisava se preocupar. O irmão de Alexandra respondeu com um básico "ok".Dentro do carro, Johnny segurava a mão de Emanuele de forma delicada e firme, como fizera algumas horas atrás quando estavam saindo do hospital. Na outra mão estava uma pequena mochila com o que ele chamou de provisões. A moça resolveu não fazer nenhuma pergunta.Ver a
Se a dor do movimento não fosse insuportável, o queixo de Emanuele teria caído uns dois metros até o chão.O sorriso de Johnny não vacilou em nenhum momento. A moça sempre o achou atraente, mas nunca havia correlacionado a simpatia e carinho do rapaz com um corpo espetacular. Na verdade, a atração que sentia por ele era mais pelo seu caráter do que pelo físico.Ela estava totalmente nua na banheira. Ele entraria completamente nu também?Como se estivesse lendo seus pensamentos, Johnny colocou as duas mãos na cintura."É claro que vou precisar me livrar disso antes", argumentou ele, apontando para a cueca box.A moça do cabelo cor de mel subitamente ficou sem ar. Não de nervosismo, como pensou que ficaria, mas... De expectativa. Ela se sentia muito à vontade perto dele, e depois de toda a compreensão e perdão genuínos vindo dele, aquele parecia um passo compreensível a se tomar na trilha do relacionamento.Joshua era um homem mais velho que precisava de compreensão e apoio. Mesmo que e
Talvez seja a luz baixa do banheiro, ou efeito dos analgésicos, mas Emanuele é capaz de jurar que o brilho nos olhos do homem à sua frente são lágrimas.O rapaz obviamente está desconcertado. Ele bebe mais um gole do vinho e guarda a taça no chão. Seus braços grandes estão apoiados em cada lado da banheira. Emanuele observa quando suas expressões mudam drasticamente: indecisão, negação, aceitação. Johnny olha para ela, inclinando a cabeça para o lado antes de dizer:"Foi um... Acidente de percurso. Não era a minha intenção."Coçando a ponte do nariz, ele continua:"Inicialmente, tudo o que eu queria era a chance de me aproximar de você. Falar com você, conhecer você. Depois fomos nos aproximando cada vez mais, e quando vi, eu ansiava pelos dias e horas em que eu poderia te ver. Sempre que eu olho pra você... Eu te vejo brilhando, sabe? Como uma fênix."Emanuele sorri involuntariamente, a respiração acelerada. Johnny enxerga isso como um incentivo pra continuar falando:"Nossos amigo
Emanuele sempre se perguntou como seria perder a virgindade. Nos filmes e livros, a mocinha sempre escolhia alguém da qual era perdidamente apaixonada, e o casal se embolava nos lençóis entre beijos, carícias e movimentos suaves. Depois que tudo acabava, os dois ficavam agarrados um no outro, trocando juras de amor.Apesar de ela estar de fato se apaixonando por Johnny, no entanto, a moça dos cabelos cor de mel não queria ainda chegar aos finalmentes. Havia tempo para que eles dessem aquele passo, e não havia necessidade de apressar as coisas. As dores nas articulações e no nariz dela também atrapalharam bastante.Então mutuamente o casal decidiu que se daria prazer de forma conjunta, deitando-se na enorme cama de casal. Com as mãos, Emanuele e Johnny aprenderam como o outro gostava de ser tocado, o que fazia o outro gemer mais, suspirar e fechar os olhos. A moça gozou três vezes naquela noite graças a habilidade do lindo rapaz que estava ali com ela.Trêmula, Emanuele se surpreendeu