23. Flashback

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Emanuele está deitada na cama puída, velha e com cheiro de mofo. As paredes descascadas e sem reboco têm cheiro de tijolo molhado; a janela com vidros quebrados está parcialmente fechada, como sempre. O dia é nublado e sem graça, como todos os outros. A moça olha para a porta do próprio quarto.

A ruivinha nunca teve privacidade para nada. Desde criança ouvia da mãe que nada do que tinha, da roupa do corpo até a comida (nojenta) no prato, pertencia a ela. Até os quinze anos, Emanuele achava que esse comportamento era o normal. Até uma palestrante de outra cidade ir até a escola dela, e explicar aos alunos diversas questões sobre saúde mental.

Aquele dia foi crucial para que ela entendesse que, no fundo, ela estava certa. E que sua mãe não era uma mãe normal; ela não era como as outras.

A partir dos quinze anos, Emanuele estudou vários artigos científicos e documentos escolares, bem como livros de profissionais da saúde e psicólogos. Não levou
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