As duas garotas ficam estáticas, olhando para Joshua. O homem coloca a embalagem em cima da mesa, e então pergunta mais uma vez:
"O que está acontecendo?"
O rosto de Thabata se modifica completamente: a hostilidade antes mostrada se transforma em contemplação, educação e preocupação.
"Oi, querido. Obrigada por trazer o que eu pedi!" Ela o abraça, mas Joshua não retribui com entusiasmo. "Eu e Emanuele estávamos conversando sobre a noite horrível que ela passou ontem. Ela veio me pedir desculpas por ter se trancado no quarto."
Emanuele poderia derrubar uma parede de tanto ódio, mas resolveu entrar no jogo. Tudo o que não precisava agora era ser inimiga do irmão da dona do apartamento.
"Sim, eu... Vim comer algo e aproveitei para me desculpar. Mas vi que você tinha saído. Então vou te pedir desculpas agora. Foi muito indelicado da minha parte fazer o que eu fiz... Sinto muito."
Joshua levanta a mão em um gesto apaziguador.
"Não foi nada. Está tudo bem." Então ele se volta para Thabata, um brilho surgindo nos olhos. "Que bom que estão se entendendo. No futuro, talvez possamos sair; tomar uma bebidinha nós três.
A simples ideia quase fez Emanuele gargalhar de deboche, mas ela se conteve.
Thabata contornou a situação facilmente, usando a maior arma de seu arsenal: a manipulação.
"Ah, querido, não sei se na cidade da Emanuele eles costumam sair em trio. Ela pode ficar desconfortável."
"É. Eu ficaria", responde Emanuele. "Bom, acho que agora vou comer algo."
"E eu tenho que ir", Thabata se despede do namorado com um beijinho carinhoso na bochecha. "Obrigado por trazer meus cremes para pele. Não posso ficar sem eles."
"Qualquer coisa por você", o homem quase derrete de tanta paixão no tom de voz.
Emanuele não fica para assistir ao resto das palavras melosas. Se dirigindo à cozinha, ela presta atenção no que há de disponível para comer. Então opta por suco de laranja, torradas com geleia e uma pequena porção de iogurte.
Quando está terminando de colocar a geleia no pão, Joshua aparece na entrada da cozinha.
"Oi."
"Oi.", Emanuele responde educadamente.
"Acho que precisamos... Começar tudo do início."
"Como assim?"
"Nossa apresentação foi um tanto turbulenta. Acho que devemos começar de novo. Nos apresentarmos de forma adequada."
A moça continua concentrada na quantidade de geleia.
"Acha?"
"Sim. Tem alguma coisa que você quer me perguntar?"
Na verdade, se Emanuele pudesse simplesmente vomitar uma montanha de perguntas para Joshua, ela o faria naquele momento. No entanto, além de precisar se comportar ao máximo por estar na presença de um total estranho, havia a questão mais importante: a proprietária original não gostaria nada se a nova inquilina não respeitasse o irmão mais velho dela. E falando nisso...
"Essa viagem que Alexandra fez...", começa Emanuele, olhando de soslaio para Joshua. "O que aconteceu? Porque ela precisou sair correndo?"
Os olhos dele se tornam frios.
"Um parente nosso está bastante doente, e ela foi ajudá-lo."
"Um parente?"
"Sim. E ela tem grande estima por essa pessoa, então resolveu visitá-lo."
"Mas... Ele também é seu parente, não é?"
"Sim."
Emanuele queria fazer a próxima pergunta, questionar o porquê de ele também não estar preocupado. Mas Joshua, antevendo isso, resolveu sutilmente encurtar o assunto.
"Eu não moro muito longe daqui. Então Alexandra pediu para eu tomar conta do apartamento dela. Ela também me contou que você viria, e para eu ser... Bonzinho com você." Ele quase riu.
"Entendo."
"Falando nisso, você trabalha? Como você veio de longe, acho difícil você se deslocar para lá todos os dias."
"Eu trabalho pelo celular", responde Emanuele. Ela montou todos os itens do café da manhã na bandeja.
"É mesmo?"
"Sim."
"Interessante."
"É."
Silêncio desconfortável. Enquanto Emanuele começa a se dirigir para a sala de estar e se acomodar, ela pergunta:
"E você? É seu dia de folga?"
"Na verdade, sim. Eu sou professor."
"Legal."
Mais segundos de silêncio. Emanuele quer falar com o irmão mais velho de Alexandra; conhecê-lo. Mas ela sempre foi péssima em situações sociais, e ele era tão... Atraente. Era difícil não ficar olhando para os bíceps, peitoral e todo o resto do conjunto espetacular que ele escondia por trás de camisas de manga comprida. E também...
"Educação física." Joshua diz.
Emanuele pisca.
"O quê?"
"Sou professor de Educação Física."
"Ah. Eu odeio Educação Física."
Joshua gargalha abertamente. A moça se surpreende genuinamente ao ver a intensidade da expressão do homem, que geralmente apresentava uma expressão neutra o tempo todo.
Depois de recuperar o ar, o professor diz:
"É sempre bom fazer alguns exercícios."
"É fácil pra você falar."
"Como assim?"
"Ah, olha o seu tamanho! É claro que se exercitar deve ser algo bem fácil pra você."
Emanuele percebe tarde demais que está olhando fixamente para os braços de Joshua. Ele nota o olhar da moça, e por um segundo que pareceu passar de forma extremamente lenta, parece gostar daquilo, daquela atenção.
Ela abre a boca para pedir desculpas, mas o homem fala:
"Vamos fazer o seguinte, então. Hoje vou provar que qualquer pessoa, do meu tamanho ou não, pode e deve praticar exercícios físicos."
"Mas-"
"Eu ficaria muito feliz se você aceitasse. Eu... Ainda estou me sentindo culpado por ontem."
Apesar do susto que Emanuele havia passado, ela não queria falar sobre o assunto de forma alguma. E embora estivesse apavorada e assustada, a moça estava fazendo de tudo para aparentar normalidade. Aquela foi a forma que encontrou para lidar com os próprios traumas: fingir que eles não aconteceram.
A mulher de cabelos ondulados e tingidos por tinta rubra bebericou um gole do suco, encarando os olhos de Joshua diretamente. Ele não rompeu o contato visual.
Ela sentiu, lá dentro do peito, que ele também escondia informações, assim como ela. Que tipo de segredos um professor de educação física que tomava conta do apartamento da irmã mais nova poderia guardar? Não apenas um professor, mas um herói que salvava jovens donzelas em becos escuros.
Será que havia uma conexão entre isso e o parente próximo que ele obviamente não quis falar sobre? Ou era mera coincidência e Emanuele estava apenas confundindo as coisas; tomando conclusões de formas precipitadas?
A moça respondeu, apoiando o copo na bandeja:
"Quando começamos?"
"Assim que você terminar o seu café da manhã."
"Vamos fazer os exercícios aqui no apartamento, mesmo?", a moça olha para os lados, claramente notando que não havia espaço devido a mobília e o tamanho dos cômodos."
"Há uma quadra aqui perto."
Opa... Quadra? De esportes?
Joshua notou a mudança de expressão no rosto de Emanuele.
"O que foi?"
"Eu... Só não me dou bem em espaços assim."
"Assim como?"
"... Assim."
O homem franziu a testa.
"Eu prometo que não vai levar muito tempo."
Vencida pela insistência, Emanuele acata o pedido de Joshua. Ele parece bem empolgado.
"Ótimo. Vou trocar de roupa. E você também precisa. Coloque uma bermuda de lycra, se você tiver. Ah, e uma regata também."
Meia hora depois, seguindo fielmente as dicas do seu anfitrião temporário, vestida com uma camisa de mangas curtas e bermuda de exercício, Emanuele desceu os últimos degraus do andar térreo do apartamento. Da última vez em que havia saído, estava chovendo e algo horrível aconteceu. Um arrepio passou por seus braços ao contemplar a lembrança.
Mas a visão rapidamente foi substituída quando viu Joshua. Ele estava vestindo uma camiseta que deixava todos os seus músculos do braço à mostra, assim como boa parte de seu peito largo.
A bermuda, apesar de folgada para não atrapalhar os movimentos, mal escondia o volume pronunciado no meio das pernas.
As bochechas de Emanuele ficaram violentamente vermelhas.
Joshua não se importou.
"Agora vamos."
Os dois se dirigiram à quadra que ficava há poucos metros do prédio onde moravam. Além de algumas crianças aqui e ali, tudo o que se via além do espaço esportivo eram alguns brinquedos e equipamentos básicos.
"Você não acha que vou conseguir me pendurar em uma dessas barras, não é?", Emanuele perguntou meio brincando, meio sério.
Como um bom profissional, ele analisou a silhueta de Emanuele, avaliando seu peso e altura. A menina corou mais ainda.
"Acho que consegue. Melhor de cinco?"
"Não."
"Ora, vamos lá. Apenas uma vez."
"Já disse que não vou conseguir."
Joshua faz biquinho. Parece estar se divertindo muito.
"Ok, vamos fazer isso ficar interessante, então."
Emanuele olha para ele, intrigada.
"Se você conseguir fazer duas vezes ao invés de uma, eu lavo todas as suas roupas por uma semana."
"TODAS as minhas roupas?"
Ao imaginá-lo tocando suas calcinhas e sutiãs, Emanuele dá um pequeno gemido de vergonha. Joshua olha para ela, de olhos arregalados.
A moça simplesmente dá meia volta, mas gentilmente é puxada de volta.
"Para de ser chata. Ao invés de lavar as suas roupas, eu faço outra coisa. O que você quiser. Mas pelo menos tente."
"Emanuele parece ponderar seriamente...
"E se eu não conseguir?"
O sorriso de Joshua pode indicar qualquer coisa.
"Então, eu escolho a sua punição."
A ruiva olha para ele. Os dois se encaram por apenas três segundos antes de ela tomar a decisão silenciosamente e avaliar a altura da barra.
Apesar de estar numa altura alta, com um pulo poderia ser facilmente alcançada. Respirando fundo, rezando para que ninguém estivesse olhando para ela, a moça salta e segura a barra com as duas mãos.
"Agora tente erguer o seu peito por cima da barra."
Fazendo toda a força do mundo, Emanuele começa a fazer o que Joshua pede. Ele está diretamente abaixo dela. Será que ele achava que ela iria cair?
Quando finalmente consegue, as mãos e a fadiga da moça a traem.
Porque Emanuele simplesmente perde o equilíbrio e solta os dedos.
Caindo diretamente em Joshua.
E como se isso não bastasse, ela agora está em cima dele, diretamente sobre o forte peitoral. O calor que emana da pele dele é inédito, algo que jamais sentiu antes…
Ela...
Ela simplesmente não consegue se mexer.
Os braços de Joshua estão em seu ombro agora.
Será que ele iria... Beijá-la?
O coração de Emanuele se acelera enquanto ela espera para ver o que ele fará a seguir.
Joshua murmura baixinho."Emanuele."A ruiva parece estar meio sonhando, meio acordada. A voz dele era profunda, grave e relaxante. Ela permaneceu no mesmo lugar."Emanuele".Mais uma vez, ela apenas escutou o chamado. As mãos dele permaneciam em seus ombros.Mas então a garota finalmente volta a si.Joshua está com o cenho franzido enquanto a observa. Rapidamente, sentindo muita vergonha, a garota sai de cima do professor. Que humilhante! Por quanto tempo ela ficou ali, parada como uma tola? E o que será que ele estava pensando dela agora?"Foi um tombo e tanto. Você está bem?"O homem não parecia zangado ou ofendido. Na verdade, era preocupação que reluzia em seus olhos enquanto se levantava. Mas também não havia sinal de faísca, devaneio ou qualquer uma das coisas que Emanuele havia sentido. Que desastre."Estou bem", ela respondeu, tentando em vão retomar a compostura. "Desculpe... Eu acho que não consigo mesmo fazer esse tipo de coisa. Não sou boa.""A culpa foi minha. Acho que
Emanuele tem certeza de que Joshua também a quer.Há um brilho em seus olhos escuros, algo que cintila como um diamante. A garota simplesmente sabe; ela entende que ele a quer. Mesmo que eles mal se conheçam.Ou... Não.Na verdade, Joshua está a uma distância respeitável dela, ainda com um sorriso amigável nos lábios. Cortês, até. Mas sem sombra de flerte ou qualquer sinal que denote algo mais.Emanuele se inclinou para a frente, é verdade, mas nem tanto. Em sua mente, coisas incríveis estavam prestes a acontecer. Mas tudo não passava de um devaneio.Como ela era estúpida!E os segundos de tensão? Aparentemente, tinham sido reais, mas ainda assim completamente fora do contexto em que ela os imaginou."Emanuele.""Hã?", a ruiva deu um pequeno pulo de susto, mantendo as costas eretas novamente."Eu sei que não é uma boa ideia perguntar isso, mas... Tem certeza de que está bem?""O que você quer dizer com isso?""Você sabe. Depois de ontem.""Estou bem."A voz de Emanuele saiu trêmula. O
A primeira surpresa que Emanuele teve foi ao notar que o ambiente urbano foi desaparecendo lentamente.A enorme quantidade de prédios, carros buzinando, pessoas aqui e ali com seus afazeres simplesmente foi ficando para trás, cada vez mais longe, e em seu lugar árvores e estradas de terra se fizeram ver.A moça olhou para Joshua com uma sobrancelha erguida, perguntando a ele silenciosamente o que estava acontecendo. O moço explicou:."As reuniões deles costumam ser na casa de Amora e Amanda. Ou melhor, na casa de festa das duas.""Casa de festa?""É."Na cidade natal de Emanuele, a coisa mais próxima a uma casa de festa que ela conheceu foi um pequeno rancho onde os mais velhos se reuniam para beber e comer churrasco. Mas ela tinha quase certeza de que essa reunião, e com esse grupo, seria completamente diferente.E ela estava totalmente certa.Quando desceram do táxi, eles viram a alguns metros de distância uma enorme casa de fazenda. As janelas estavam todas abertas, e era possível
O beijo é rápido, breve e quente. Por segundos, os dois permanecem apenas com os lábios encostados um no outro. As mãos de Johnny seguram as mãos de Emanuele, suavemente e carinhosamente. Então ele afasta o rosto do dela, olhando fixamente em seus olhos. A moça não sabe o que dizer ou fazer. Apenas olha ele de volta, procurando as palavras certas. Se é que havia qualquer palavra certa a ser dita. Johnny é o primeiro a falar, a voz rouca. "Desculpa. Isso foi muito precipitado?" Emanuele responde, um tanto afobada: "Precipitado? Precipitado?! Isso depende. As regras da cidade grande devem ser bem diferentes das cidades pequenas, não é? Quer dizer, talvez você já tenha bebido algumas doses antes de eu chegar e por isso se desinibiu. Não que você seja desinibido. Quer dizer, as pessoas costumam ser mais soltas por aqui, né? Ou não? É preconceito da minha parte falar isso? Claro que não, né? Será que é preconceito achar que é preconceito eu falar isso?" Johnny se segura para não garg
Antes que Emanuele possa se defender ou sequer reagir, a mão espalmada de Thabata vai direto até seu rosto. Ou quase. Segurando fortemente a mão da namorada louca e possessiva de Joshua, Johnny diz: "Você só pode ter enlouquecido." Thabata rosna para ele. "Não se meta, fedelho. Isso é um acerto de contas." "Não. Isso é pura e completa loucura. O que foi que ela te fez pra você atacá-la dessa forma?" "Não é da sua conta, moleque. Larga a minha mão agora." Ela começa a tentar se desvencilhar, mas o rapaz não a solta. Emanuele dá dois passos para trás, e acaba esbarrando em uma garota que estava dançando. Ela pede desculpas, mas percebe que ela nem a ouviu. Assim como outras pessoas, ela reparou em Thabata e Johnny, que agora estavam claramente muito irritados um com o outro. "Essa ladra de namorados vai ter o que merece", diz a louca, fazendo um esforço monumental para se soltar do aperto de ferro de Johnny. Ele não cede. "Ela não está nem aí pro seu namorado, Thabata. Você que
"Joshua", murmura Emanuele, tentando intervir antes que algo sério aconteça."Eu já falo com você". Ele sequer olha para a moça enquanto diz isso. Os olhos escuros estão fixos em Johnny, que permanece ao lado da ruiva.Por alguns segundos, os três fazem silêncio, avaliando um ao outro. Então Jhonny dá um passo à frente e coloca as mãos nos bolsos."Você quer falar, então fale."Joshua inclina a cabeça para o lado."Eu prefiro escutar antes de falar qualquer coisa. O que aconteceu?"Emanuele olha para baixo, desconfortável. Johnny diz em alto e bom som:"Sua namorada está com ciúmes da Emanuele."Para a total surpresa da ruiva, o homem mais velho não tenta negar nem dá qualquer sinal de estar inclinado a discordar da frase certeira de Johnny. Ele continua:"Ela contou a todos que estavam ouvindo que você a salvou de um quase estupro, e que Emanuele usou isso como pretexto para tentar te seduzir."Joshua não diz nada. Emanuele também não consegue encarar nenhum dos dois. Ela simplesmen
Emanuele quase deixa a taça cair. Ela olha incrédula para Johnny, que continua olhando para as mãos.A moça abre a boca, mas percebe que não conseguem emitir nenhum som. Ele obviamente detestava ela, e não fazia força para disfarçar. Será que..."O Joshua sabe?", ela finalmente consegue verbalizar algo."Não vejo porque não saberia. Nunca foi um segredo."Johnny suspira e continua:"Eles começaram a namorar uns cinco meses depois que nós terminamos.""Mas... Quando... Como?""É, ela engana muito bem as pessoas. Só que eu nunca consegui acreditar completamente no que ela falava, sabe? E isso foi bem antes de ela conhecer o pessoal.""Porque vocês terminaram?"Ele olha para as estrelas brilhantes acima. "Ela me manipulou para que eu cortasse uma amizade de longa data. Fez eu ficar cego e estúpido como uma mula. Eu sequer dei uma chance para essa pessoa, apenas a tirei da minha vida."Emanuele não diz nada imediatamente, esperando que ele conclua seus pensamentos."Quando me dei conta d
Uma brisa suave faz com que as ondas rubras do cabelo de Emanuele se agitem, e ela coloca uma mecha atrás da orelha enquanto, nervosa, pondera seriamente o convite do rapaz a sua frente. Passar a noite com ele... Ele não está mal intencionado. Apesar dos beijos e toques mais ousados há alguns minutos atrás, Johnny realmente quer apenas passar mais tempo com a ruiva, transmitir segurança a ela e fazer o possível para diminuir seu estresse. A moça pisca duas vezes antes de educadamente recusar: "Johnny, é muita gentileza da sua parte... Mas eu realmente vou precisar voltar para o apartamento." O rapaz compreende. Então ele se aproxima de Emanuele e beija sua testa antes de perguntar: "Eu vou te ver mais vezes, não é?" "Claro que sim. Não precisa se preocupar em relação a isso. Só vamos ter que ajeitar alguns detalhes na nossa agenda." Eles conversam mais um pouco, tentando em vão esquecer os eventos negativos daquela noite. Johnny diz que mora relativamente perto de Emanuele, e q