Diana RodriguesEnquanto eu seguia ao lado de Aslan, o coração batia acelerado dentro do meu peito. A surpresa que ele tinha preparado despertava minha curiosidade e ansiedade. A nossa festa de casamento havia sido maravilhosa e por incrível que pareça divertida, mas agora estávamos partindo para uma aventura própria, só nossa. "Para onde estamos indo, Aslan?" perguntei, tentando conter minha empolgação."Ah, minha querida Diana, isso ainda é segredo," respondeu ele com um sorriso misterioso. "Tenho certeza de que você vai adorar. Apenas relaxe e aproveite o momento."As ruas estavam iluminadas com luzes vibrantes, e o som da música e risadas flutuava no ar enquanto passávamos pelas festividades do povo celebrando a nossa união. Em alguns momentos, nossos olhares se cruzavam e um sentimento de cumplicidade nos unia ainda mais."Você está realmente empolgado com essa surpresa, não é?" comentei, olhando para ele de soslaio."Sabe que sim," ele respondeu, desviando o olhar por um instan
Diana Rodrigues "Estamos na Ilha Maho" Aslan me responde sorrindo. "Eu não tenho palavras." A excitação tomou conta de mim quando Aslan revelou nosso destino na Ilha Maho. O coração batia rápido ao imaginar o que nos aguardava nesse lugar paradisíaco. E lá estávamos nós, no aeroporto magnífico que se debruçava sobre o mar cintilante. Ouvindo o som das ondas, sentindo a brisa suave, era impossível não se apaixonar por tamanha beleza. "É realmente magnífico, Aslan. Não tenho palavras para descrever o quão lindo é esse lugar", sussurrei, me aproximando dele e segurando sua mão com carinho. Ele sorriu, e seus olhos brilhavam de felicidade ao compartilhar esse momento comigo. "Eu sabia que você ia amar. E tem mais uma surpresa", disse ele com um ar misterioso. Seguimos por um caminho tranquilo e deslumbrante, cercado por paisagens de tirar o fôlego, até chegarmos a uma casa de praia escondida entre coqueiros altos e jardins exuberantes. Meus olhos se arregalaram ao admirar a elegância
Aslan MurabakQuando vi Diana no chão, com aquela mancha vermelha em suas mãos, o desespero tomou conta de mim. Parecia que cada dia da minha vida era uma montanha-russa emocional, e agora, mais uma vez, estávamos enfrentando uma situação de perigo. Os e-mails misteriosos, o destinatário inalcançável e o homem que Diana viu na ilha... tudo se conectava, como peças de um quebra-cabeça sinistro.Enquanto a ambulância chegava rapidamente para levá-la ao hospital, eu tentava manter a calma, mas o medo percorria cada fibra do meu ser. Minha mente corria em busca de respostas, mas a incerteza parecia dominar cada passo que dávamos."Vai ficar tudo bem, meu amor", eu dizia a ela enquanto segurava sua mão, buscando transmitir força e tranquilidade."Estou com medo, Aslan."No caminho para o hospital, tentava deixá-la calma e queria protegê-la da verdadeira extensão dos perigos que enfrentávamos. Queria ser o escudo que a protegesse do mal que nos rondava, e faria qualquer coisa para garantir
*Diana Rodrigues*O ônibus lotado me faz lembrar todos os dias de como é difícil ser pobre - claro que estou sendo irônica. Hoje, por sorte, consegui um lugar para sentar, o que nem sempre acontece, especialmente em uma sexta-feira. Estou feliz e grata por isso, olhando a paisagem e rezando para que ninguém precise do meu assento, pois estou exausta. Trabalhei a semana inteira e minha folga só será na quarta-feira. Quando nascemos pobres, parece que moramos no trabalho e visitamos nossa casa.José costuma pegar o ônibus dois pontos depois do meu, e estou guardando um lugar para ele ao meu lado. Quem anda de ônibus sabe o quão difícil é segurar um lugar sem arrumar confusão. José, o meu melhor amigo e que eu amo muito, entra pela porta e já acena para mim, e eu solto um sorriso, mostrando que o lugar dele está guardado. Mas uma mulher, que aparenta ter uns trinta e cinco anos, entra primeiro que ele e observa atentamente o banco ao meu lado. Travamos uma batalha de olhares entre eu, a
*Diana Rodrigues*Ao olhar para o homem alto de pernas grossas à minha frente, soltei o comentário mais idiota que poderia ter dito ao dono do hotel onde trabalho." Lindas", falei."Do que está falando? Acha bonito ter quebrado meu relógio de coleção?", ele brigou comigo."Desculpe-me, senhor. Peço que não me demita. Preciso do emprego.""Não costumo dar segundas chances a funcionários como você.""Por favor, reconsidere. Minha família depende de mim e eu preciso do emprego. Se for preciso, peço desculpas e me ajoelho à sua frente." Ele bufou e disse:"Leve alguns dos meus ternos para passar, pois estão amassados, e depois os traga de volta. Tenho alguns compromissos e estou atrasado. Enquanto isso, vou pensar no que fazer com você." Ele saiu de perto de mim, pegou três ternos e me entregou."Sim, senhor." Peguei os ternos, a vassoura e o pano. "Obrigada, senhor."O pano caiu no chão. Tinha que ser assim. Não seria eu se não deixasse nada cair. Me abaixei, mas não da forma correta e
*Aslan Murabak*A viagem para o Brasil foi algo que me deixou irritado. Meu pai me fez visitar todos os hotéis que eu comprei, e isso não estava nos meus planos. Eu queria ir para Nova York; esse era meu plano. Sou árabe e não sigo todas as "regras". Desde jovem, tive que aprender a lidar com nossos negócios, já que meu pai não é um bom administrador. Dizem que somos um povo que sabe negociar, mas meu pai é terrível com negócios. Na verdade, ele perdeu todo o nosso dinheiro quando eu tinha apenas quinze anos, e nosso país estava passando por uma crise. E eu tive que ajudar, senão perderíamos tudo.Fui para a faculdade e deixei meu país. Precisava voar e expandir meus negócios, importar meus produtos e muitas oportunidades surgiram, como a rede de hotéis do meu tio que estava tendo problemas financeiros depois que seu filho começou a assumir tudo, e eu comprei. Vim ao Brasil para ver como as coisas estão indo aqui, e meu pai me forçou a ver todos os hotéis da rede, e para evitar confli
*Diana Rodrigues*Eu estava encostada na parede e minhas lágrimas caíam no meu rosto de raiva. E agora eu devo a minha vida inteira a ele, e como vou fazer para pagar? Trabalhar de graça por tanto tempo? Como vou fazer para sustentar a minha família? E ainda mais com o desmiolado do meu irmão, que só pensa em festas e comprar coisas para a moto dele, esquecendo das necessidades básicas, e minha mãe, que é uma mulher boa, mas gosta muito de ter luxos exagerados que não condizem com a nossa situação financeira. Uma mão está em meu ombro e me assusto.— O que está acontecendo? Por que está chorando? - o sotaque do homem era igual ao do meu chefe, deveria ser um dos empregados dele - Posso te ajudar?— Não é nada, só aconteceram umas coisas comigo. Sempre acontecem.— Eu posso ajudar você?— Não, infelizmente não pode - respirei fundo - Obrigada.— Vou ficar na cidade até o fim da semana, fique com meu cartão, me contate por mensagem se precisar, diga que é a moça chorosa do hotel que eu
Diana Rodrigues "Eu quero falar com você", o dono do hotel me fala, mas Sônia me grita."Diana! Você já está causando problemas com o chefe de novo?" - já vem a gerente vaca - "Me desculpe senhor, eu vou levar essa incompetente daqui antes que cause mais confusão.""Olha Sônia, não estou causando confusão nenhuma", ele me observa sendo levada por ela."Não faça mais besteiras", foi somente o que ele disse, então segui caminho com a minha gerente."Já que sua dívida com o hotel é muito grande, você está escalada para fazer horas extras. Quando eu chamar, você deve estar pronta.""Tá bom Sônia, eu faço as horas extras", concordo."E hoje, além das suítes, você irá limpar o banheiro dos funcionários depois do seu expediente.""Mas vai ser no horário de entrada e saída do pessoal, vai estar cheio de pessoas, será serviço jogado fora, eu posso terminar de limpar.""Diana, faça o que eu mandei, querida."Limpar o banheiro na entrada e saída dos funcionários era um castigo quando uma de nós