Capítulo 108Diana Rodrigues"Sim", eu estou chorando."Sou o homem mais feliz do mundo.""Dessa vez, o nosso casamento vai ser de verdade?" eu digo em tom de brincadeira."Sempre foi um casamento de verdade, mas dessa vez quero ver você vestida de noiva e vindo até mim de livre e espontânea vontade.""Eu te amo."O beijo que se seguiu ao pedido de casamento foi como uma explosão de sentimentos, uma mistura de paixão, ternura e gratidão. Meus lábios se encontraram com os de Aslan em um beijo arrebatador e, naquele instante, eu soube que estava vivendo o momento mais intenso e mágico de toda a minha vida.O amor que eu sentia por Aslan era avassalador. Acho que desde o primeiro momento em que o conheci no hotel, quando eu ainda era camareira, eu já o amava. Seus olhos me cativaram profundamente e sua gentileza e carinho me envolveram de uma forma que eu nunca poderia imaginar.Agora, ali, com o anel brilhando em minha mão, eu me sentia completa e plena. Tudo em nossa vida havia nos lev
Diana Rodrigues Desde que Aslan me pediu em casamento, dessa vez de verdade, minha vida no palácio se transformou em uma verdadeira avalanche de preparativos. Aqui, no mundo árabe, o casamento é uma ocasião grandiosa e significativa, repleta de tradições e cerimônias que tornam esse momento inesquecível.As reuniões com os organizadores acontecem diariamente, e a cada encontro, novos detalhes e surpresas são planejados para tornar o nosso casamento especial e único. As tradições árabes enriquecem a celebração, proporcionando uma experiência rica em cultura e significado.Uma das cerimônias mais marcantes é o "Henna Night", também conhecida como "Noite da Henna". É uma celebração pré-casamento que envolve as mulheres da família e amigas próximas, que não são muitas. Renata não poderá vir e me deixou triste. Mas não abre mão de que José participasse. Durante essa noite, eu e minhas convidadas usaremos lindas vestimentas tradicionais, e haverá música e dança típicas para celebrar a aleg
Diana RodriguesNaquele quarto, após a emocionante celebração da "Henna Night", eu me vi cercada por meus amigos. Aisha, José e eu compartilhávamos nossas histórias, nossos sonhos e nossas esperanças para o futuro. A noite estava repleta de felicidade e sorrisos, mas pude perceber no olhar de José uma sombra de tristeza."José, o que está acontecendo? Você parece triste," perguntei, olhando para ele com carinho.Ele suspirou, parecendo hesitante em compartilhar suas preocupações. "É que, vendo vocês dois tão felizes e realizados, eu me pergunto o que será do meu futuro. Aisha, agora pode viver com seu filho e com Hassan e você está prestes a viver essa linda história de amor. Mas eu..." Não o deixei terminar a frase, interrompendo-o com firmeza. "José, você também merece ser feliz, e tenho certeza de que seu conto de fadas está por vir. A vida é cheia de surpresas, e o amor pode estar onde menos esperamos. Eu quero muito que você encontre a pessoa certa e seja feliz, assim como nós.
Diana RodriguesEnquanto eu seguia ao lado de Aslan, o coração batia acelerado dentro do meu peito. A surpresa que ele tinha preparado despertava minha curiosidade e ansiedade. A nossa festa de casamento havia sido maravilhosa e por incrível que pareça divertida, mas agora estávamos partindo para uma aventura própria, só nossa. "Para onde estamos indo, Aslan?" perguntei, tentando conter minha empolgação."Ah, minha querida Diana, isso ainda é segredo," respondeu ele com um sorriso misterioso. "Tenho certeza de que você vai adorar. Apenas relaxe e aproveite o momento."As ruas estavam iluminadas com luzes vibrantes, e o som da música e risadas flutuava no ar enquanto passávamos pelas festividades do povo celebrando a nossa união. Em alguns momentos, nossos olhares se cruzavam e um sentimento de cumplicidade nos unia ainda mais."Você está realmente empolgado com essa surpresa, não é?" comentei, olhando para ele de soslaio."Sabe que sim," ele respondeu, desviando o olhar por um instan
Diana Rodrigues "Estamos na Ilha Maho" Aslan me responde sorrindo. "Eu não tenho palavras." A excitação tomou conta de mim quando Aslan revelou nosso destino na Ilha Maho. O coração batia rápido ao imaginar o que nos aguardava nesse lugar paradisíaco. E lá estávamos nós, no aeroporto magnífico que se debruçava sobre o mar cintilante. Ouvindo o som das ondas, sentindo a brisa suave, era impossível não se apaixonar por tamanha beleza. "É realmente magnífico, Aslan. Não tenho palavras para descrever o quão lindo é esse lugar", sussurrei, me aproximando dele e segurando sua mão com carinho. Ele sorriu, e seus olhos brilhavam de felicidade ao compartilhar esse momento comigo. "Eu sabia que você ia amar. E tem mais uma surpresa", disse ele com um ar misterioso. Seguimos por um caminho tranquilo e deslumbrante, cercado por paisagens de tirar o fôlego, até chegarmos a uma casa de praia escondida entre coqueiros altos e jardins exuberantes. Meus olhos se arregalaram ao admirar a elegância
Aslan MurabakQuando vi Diana no chão, com aquela mancha vermelha em suas mãos, o desespero tomou conta de mim. Parecia que cada dia da minha vida era uma montanha-russa emocional, e agora, mais uma vez, estávamos enfrentando uma situação de perigo. Os e-mails misteriosos, o destinatário inalcançável e o homem que Diana viu na ilha... tudo se conectava, como peças de um quebra-cabeça sinistro.Enquanto a ambulância chegava rapidamente para levá-la ao hospital, eu tentava manter a calma, mas o medo percorria cada fibra do meu ser. Minha mente corria em busca de respostas, mas a incerteza parecia dominar cada passo que dávamos."Vai ficar tudo bem, meu amor", eu dizia a ela enquanto segurava sua mão, buscando transmitir força e tranquilidade."Estou com medo, Aslan."No caminho para o hospital, tentava deixá-la calma e queria protegê-la da verdadeira extensão dos perigos que enfrentávamos. Queria ser o escudo que a protegesse do mal que nos rondava, e faria qualquer coisa para garantir
*Diana Rodrigues*O ônibus lotado me faz lembrar todos os dias de como é difícil ser pobre - claro que estou sendo irônica. Hoje, por sorte, consegui um lugar para sentar, o que nem sempre acontece, especialmente em uma sexta-feira. Estou feliz e grata por isso, olhando a paisagem e rezando para que ninguém precise do meu assento, pois estou exausta. Trabalhei a semana inteira e minha folga só será na quarta-feira. Quando nascemos pobres, parece que moramos no trabalho e visitamos nossa casa.José costuma pegar o ônibus dois pontos depois do meu, e estou guardando um lugar para ele ao meu lado. Quem anda de ônibus sabe o quão difícil é segurar um lugar sem arrumar confusão. José, o meu melhor amigo e que eu amo muito, entra pela porta e já acena para mim, e eu solto um sorriso, mostrando que o lugar dele está guardado. Mas uma mulher, que aparenta ter uns trinta e cinco anos, entra primeiro que ele e observa atentamente o banco ao meu lado. Travamos uma batalha de olhares entre eu, a
*Diana Rodrigues*Ao olhar para o homem alto de pernas grossas à minha frente, soltei o comentário mais idiota que poderia ter dito ao dono do hotel onde trabalho." Lindas", falei."Do que está falando? Acha bonito ter quebrado meu relógio de coleção?", ele brigou comigo."Desculpe-me, senhor. Peço que não me demita. Preciso do emprego.""Não costumo dar segundas chances a funcionários como você.""Por favor, reconsidere. Minha família depende de mim e eu preciso do emprego. Se for preciso, peço desculpas e me ajoelho à sua frente." Ele bufou e disse:"Leve alguns dos meus ternos para passar, pois estão amassados, e depois os traga de volta. Tenho alguns compromissos e estou atrasado. Enquanto isso, vou pensar no que fazer com você." Ele saiu de perto de mim, pegou três ternos e me entregou."Sim, senhor." Peguei os ternos, a vassoura e o pano. "Obrigada, senhor."O pano caiu no chão. Tinha que ser assim. Não seria eu se não deixasse nada cair. Me abaixei, mas não da forma correta e