Diana RodriguesNaquele quarto, após a emocionante celebração da "Henna Night", eu me vi cercada por meus amigos. Aisha, José e eu compartilhávamos nossas histórias, nossos sonhos e nossas esperanças para o futuro. A noite estava repleta de felicidade e sorrisos, mas pude perceber no olhar de José uma sombra de tristeza."José, o que está acontecendo? Você parece triste," perguntei, olhando para ele com carinho.Ele suspirou, parecendo hesitante em compartilhar suas preocupações. "É que, vendo vocês dois tão felizes e realizados, eu me pergunto o que será do meu futuro. Aisha, agora pode viver com seu filho e com Hassan e você está prestes a viver essa linda história de amor. Mas eu..." Não o deixei terminar a frase, interrompendo-o com firmeza. "José, você também merece ser feliz, e tenho certeza de que seu conto de fadas está por vir. A vida é cheia de surpresas, e o amor pode estar onde menos esperamos. Eu quero muito que você encontre a pessoa certa e seja feliz, assim como nós.
Diana RodriguesEnquanto eu seguia ao lado de Aslan, o coração batia acelerado dentro do meu peito. A surpresa que ele tinha preparado despertava minha curiosidade e ansiedade. A nossa festa de casamento havia sido maravilhosa e por incrível que pareça divertida, mas agora estávamos partindo para uma aventura própria, só nossa. "Para onde estamos indo, Aslan?" perguntei, tentando conter minha empolgação."Ah, minha querida Diana, isso ainda é segredo," respondeu ele com um sorriso misterioso. "Tenho certeza de que você vai adorar. Apenas relaxe e aproveite o momento."As ruas estavam iluminadas com luzes vibrantes, e o som da música e risadas flutuava no ar enquanto passávamos pelas festividades do povo celebrando a nossa união. Em alguns momentos, nossos olhares se cruzavam e um sentimento de cumplicidade nos unia ainda mais."Você está realmente empolgado com essa surpresa, não é?" comentei, olhando para ele de soslaio."Sabe que sim," ele respondeu, desviando o olhar por um instan
Diana Rodrigues "Estamos na Ilha Maho" Aslan me responde sorrindo. "Eu não tenho palavras." A excitação tomou conta de mim quando Aslan revelou nosso destino na Ilha Maho. O coração batia rápido ao imaginar o que nos aguardava nesse lugar paradisíaco. E lá estávamos nós, no aeroporto magnífico que se debruçava sobre o mar cintilante. Ouvindo o som das ondas, sentindo a brisa suave, era impossível não se apaixonar por tamanha beleza. "É realmente magnífico, Aslan. Não tenho palavras para descrever o quão lindo é esse lugar", sussurrei, me aproximando dele e segurando sua mão com carinho. Ele sorriu, e seus olhos brilhavam de felicidade ao compartilhar esse momento comigo. "Eu sabia que você ia amar. E tem mais uma surpresa", disse ele com um ar misterioso. Seguimos por um caminho tranquilo e deslumbrante, cercado por paisagens de tirar o fôlego, até chegarmos a uma casa de praia escondida entre coqueiros altos e jardins exuberantes. Meus olhos se arregalaram ao admirar a elegância
Aslan MurabakQuando vi Diana no chão, com aquela mancha vermelha em suas mãos, o desespero tomou conta de mim. Parecia que cada dia da minha vida era uma montanha-russa emocional, e agora, mais uma vez, estávamos enfrentando uma situação de perigo. Os e-mails misteriosos, o destinatário inalcançável e o homem que Diana viu na ilha... tudo se conectava, como peças de um quebra-cabeça sinistro.Enquanto a ambulância chegava rapidamente para levá-la ao hospital, eu tentava manter a calma, mas o medo percorria cada fibra do meu ser. Minha mente corria em busca de respostas, mas a incerteza parecia dominar cada passo que dávamos."Vai ficar tudo bem, meu amor", eu dizia a ela enquanto segurava sua mão, buscando transmitir força e tranquilidade."Estou com medo, Aslan."No caminho para o hospital, tentava deixá-la calma e queria protegê-la da verdadeira extensão dos perigos que enfrentávamos. Queria ser o escudo que a protegesse do mal que nos rondava, e faria qualquer coisa para garantir
*Diana Rodrigues*O ônibus lotado me faz lembrar todos os dias de como é difícil ser pobre - claro que estou sendo irônica. Hoje, por sorte, consegui um lugar para sentar, o que nem sempre acontece, especialmente em uma sexta-feira. Estou feliz e grata por isso, olhando a paisagem e rezando para que ninguém precise do meu assento, pois estou exausta. Trabalhei a semana inteira e minha folga só será na quarta-feira. Quando nascemos pobres, parece que moramos no trabalho e visitamos nossa casa.José costuma pegar o ônibus dois pontos depois do meu, e estou guardando um lugar para ele ao meu lado. Quem anda de ônibus sabe o quão difícil é segurar um lugar sem arrumar confusão. José, o meu melhor amigo e que eu amo muito, entra pela porta e já acena para mim, e eu solto um sorriso, mostrando que o lugar dele está guardado. Mas uma mulher, que aparenta ter uns trinta e cinco anos, entra primeiro que ele e observa atentamente o banco ao meu lado. Travamos uma batalha de olhares entre eu, a
*Diana Rodrigues*Ao olhar para o homem alto de pernas grossas à minha frente, soltei o comentário mais idiota que poderia ter dito ao dono do hotel onde trabalho." Lindas", falei."Do que está falando? Acha bonito ter quebrado meu relógio de coleção?", ele brigou comigo."Desculpe-me, senhor. Peço que não me demita. Preciso do emprego.""Não costumo dar segundas chances a funcionários como você.""Por favor, reconsidere. Minha família depende de mim e eu preciso do emprego. Se for preciso, peço desculpas e me ajoelho à sua frente." Ele bufou e disse:"Leve alguns dos meus ternos para passar, pois estão amassados, e depois os traga de volta. Tenho alguns compromissos e estou atrasado. Enquanto isso, vou pensar no que fazer com você." Ele saiu de perto de mim, pegou três ternos e me entregou."Sim, senhor." Peguei os ternos, a vassoura e o pano. "Obrigada, senhor."O pano caiu no chão. Tinha que ser assim. Não seria eu se não deixasse nada cair. Me abaixei, mas não da forma correta e
*Aslan Murabak*A viagem para o Brasil foi algo que me deixou irritado. Meu pai me fez visitar todos os hotéis que eu comprei, e isso não estava nos meus planos. Eu queria ir para Nova York; esse era meu plano. Sou árabe e não sigo todas as "regras". Desde jovem, tive que aprender a lidar com nossos negócios, já que meu pai não é um bom administrador. Dizem que somos um povo que sabe negociar, mas meu pai é terrível com negócios. Na verdade, ele perdeu todo o nosso dinheiro quando eu tinha apenas quinze anos, e nosso país estava passando por uma crise. E eu tive que ajudar, senão perderíamos tudo.Fui para a faculdade e deixei meu país. Precisava voar e expandir meus negócios, importar meus produtos e muitas oportunidades surgiram, como a rede de hotéis do meu tio que estava tendo problemas financeiros depois que seu filho começou a assumir tudo, e eu comprei. Vim ao Brasil para ver como as coisas estão indo aqui, e meu pai me forçou a ver todos os hotéis da rede, e para evitar confli
*Diana Rodrigues*Eu estava encostada na parede e minhas lágrimas caíam no meu rosto de raiva. E agora eu devo a minha vida inteira a ele, e como vou fazer para pagar? Trabalhar de graça por tanto tempo? Como vou fazer para sustentar a minha família? E ainda mais com o desmiolado do meu irmão, que só pensa em festas e comprar coisas para a moto dele, esquecendo das necessidades básicas, e minha mãe, que é uma mulher boa, mas gosta muito de ter luxos exagerados que não condizem com a nossa situação financeira. Uma mão está em meu ombro e me assusto.— O que está acontecendo? Por que está chorando? - o sotaque do homem era igual ao do meu chefe, deveria ser um dos empregados dele - Posso te ajudar?— Não é nada, só aconteceram umas coisas comigo. Sempre acontecem.— Eu posso ajudar você?— Não, infelizmente não pode - respirei fundo - Obrigada.— Vou ficar na cidade até o fim da semana, fique com meu cartão, me contate por mensagem se precisar, diga que é a moça chorosa do hotel que eu