Capítulo 57

Ana Luiza Martinelli

Assim que desliguei a ligação, voltei para o quarto e minhas amigas me encararam.

— Aposto que estava falando com o falecido que resolveu ressuscitar — Bea disse, e Rafa a olhou de cara feia.

— Ei! Não fala do meu irmão.

— Desculpa, Rafa, mas o seu irmão está parecendo uma mosca de padaria, *aff*! Ele acha que vai chegar, contar uma lorota qualquer e a minha amiga vai se render aos pés dele novamente. Duvido! A Ana está muito esperta e não vai cair em qualquer papinho.

Bea e Rafa iniciaram uma pequena discussão, e eu apenas deixei as duas pra lá e resolvi escolher uma roupa para sair mais tarde.

As duas pararam de discutir e me encararam.

— Por que está tão quieta? — Rafa perguntou, e Bea me encarou.

— Só estou escolhendo um look para a baladinha.

— Amiga, eu amo sair, mas você já viu a hora?

— Já, Rafa, não sou cega. Preciso de uma festa pra curtir, me jogar na pista, dançar até sentir que minhas pernas vão cair. Quero viver naquele ditado: “Mente vazia, copo che
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