Um tempo depois, minha mãe percebeu o meu incômodo e me chamou para que conversássemos e, assim que nos afastamos, já despejei tudo que estava sentindo.
— Mãe, você não pode simplesmente decidir com quem eu devo sair. Eu não pedi isso.
— Enzo, é só um jantar. Ninguém está te obrigando a casar com ela — respondeu baixinho, ainda mantendo o sorriso de “boa anfitriã”.
— Mesmo assim, você sabe o que está fazendo. E isso me irrita — falei entre dentes.
Ela se aproximou e sussurrou no meu ouvido, com aquele tom que me dava nos nervos:
— Já está feito, meu amor. Tarde demais pra surtar agora. E, por favor, não seja rude com a moça. Ela é de boa família, bem-educada, tem classe... Exatamente o tipo de mulher que você precisa ao seu lado.
Engoli em seco. Lá vinha aquele velho discurso da "classe social", como se amor e sentimentos tivessem pedigree.
— Mãe, pare de se meter na minha vida. Sério.
— Só estou tentando ajudar — ela sorriu e voltou para onde Bianca estava, mudando de