Se eu achei que a noite na boate tinha sido o ápice da viagem, estava redondamente enganada. Porque o pós-boate com minhas amigas era um espetáculo à parte. Estávamos destruídas, descabeladas, com os pés latejando e o rímel borrado, mas com o coração leve e a alma em êxtase. Voltamos para o hotel de táxi, rindo por absolutamente nada e abraçando as dores como se fossem medalhas de guerra. Foi épico.
Assim que entramos no quarto, desabamos. Literalmente. Cada uma em uma cama, uma almofada, uma poltrona. Ninguém teve forças nem pra tirar o salto. Mas, é claro, ainda tínhamos energia para o mais importante: fazer inveja ao nosso querido e fofo Murilo.
— Ana! Liga pro Murilo! — Bea gritou, jogando uma almofada em mim.
— Eu? Tô sem força até pra piscar — respondi, rindo.
— Vai logo! — Bea insistiu. — Ele PRECISA ver o nosso estado deplorável e sentir inveja.
— Verdade, vamos fazer inveja no Muri. — Respondi.
— Quem é Murilo? — Rafa perguntou.
— Murilo, trabalha na empresa do seu irmão,