Lili Logo sinto as suas mãos segurar em cada lado da minha cintura e Dante me puxa com suavidade para os meus braços. Os nossos olhos se conectam e sua respiração ofegante b**e contra a minha pele quando se inclina para mais perto do meu rosto. Meus braços logo envolvem o seu pescoço e ele insinua um beijo no canto da minha boca, depois outro e mais outro, e quando ele pensa em aprofundá-lo e levá-lo para outro limite, eu me afasto dos meus braços, lançando lhe um olhar impetuoso. Com certeza ele deve estar se perguntando: o que estará se passando pela minha cabeça? Bom, e eu lhe respondo livrando-me da minha blusa. Ele parece preocupado agora, porque seus lindos olhos correm rapidamente de um lado para o outra da extensão da praia. O fato é que não tem ninguém aqui além de nós dois e quando Dante percebe isso, me fita cheio de desejo e começa a se livrar da sua camisa também. Apressada, eu me livro da calça de tecido e os seus olhos praticamente devoram o meu corpo vestido apenas
Dante — Dante, meu filho, onde você esteve esse tempo todo? Eu fiquei tão preocupada, querido! — Mamãe fala assim que adentro a sala de visitas e quando ela se aproxima me abraça forte e aspirando o meu cheiro. No entanto, não consigo retribuir o seu gesto, apenas me afasto sem dar muita importância a sua preocupação e ela me lança um olhar interrogativo. — Por que não apareceu na igreja, Dante? Céus, a Kimberly foi humilhada diante da alta sociedade com essa sua atitude! Precisava ver o desespero da moça. — É com ela que você está preocupada? — Não! Filho eu fiquei desesperada. Você sumiu, não atendia o telefone, não dá notíc... — Já ouviu falar na caixa de Pandora, mamãe? — inquiro de repente, ignorando todos os seus comentários. Jennifer agora parece confusa. — Como? — Eu acabei de descobrir que você é a minha caixa de Pandora, Senhora Travel. — Filho, eu não estou entendendo. O que quer dizer com isso? — Você roubou a TL, a levou a falência de propósito! — Observo atentamen
Dante — Eu, mas como eu fare isso?! — Dê o seu jeito, "mamãe", porque a meu ver foi quem causou tudo isso e se você não quer ser sacrificada por que eu tenho que sacrificar a porra da minha vida, por você?! — Dante querido, não fala isso! Você foi a única pessoa que não me usou... Aonde você vai? — Para qualquer lugar longe de você! — Não faz assim, filho! Não vai... — Fecho a porta do meu quarto e após respirar profundamente algumas vezes começo a arrumar as malas. — Dante, abre a porta, filho, vamos conversar! — Não dá mais pra ficar nessa cobertura e fingir que nada aconteceu. Eu preciso sair daqui. Preciso ficar longe dela, de toda essa loucura. — Dante?! — Ela insiste. No entanto, o meu corpo começa a fraquejar e por mais que eu lute e tente me conter, me pego me sentando na beirada da cama e começo chorar. Ela o matou! Matou por ganância, por prazer. Droga, Deus! Ela o assistiu morrer, que tipo de pessoa faz isso? *** Minutos mais tarde... — Dante? O que ouve, cara? —
Dante — Eu estou bem! Você já conhece o meu vô Bernard? — É um prazer conhecê-lo, senhor Ricci! — Estendo uma mão para o homem que a segura com um aperto firme logo em seguida. — O prazer é meu, rapaz! Você deve ter vindo pela Lilian? — Meu coração dispara covardemente. Como ele sabe? Em resposta, ele aponta para a pasta e eu relaxo. — Ah, sim! — Beijo a minha filha e a ponho de volta no chão. — Ela está trancada naquele escritório a horas. Será que consegue tirá-la de lá para o jantar? — Eu posso tentar! — Forço um sorriso e após fazer um gesto sutil de cabeça, caminho na direção do escritório. Assim que abro a porta a encontro concentrada na tela do computador e aproveito para observá-la um pouco. Lilian está usando óculos de grau, é a primeira vez que a vejo de óculos e Deus, a visão é tentadora! Aproximo-me lentamente e sem fazer barulho, a sua concentração é tão profunda que ela chega a sobressaltar quando a abraço por trás e beijo a lateral do seu pescoço. Contudo, logo ela
Dante — O seu pai tinha essas manias na adolescência. Ele ficava horas trancafiado no quarto criando códigos parecidos com esses. Tanto que uma vez ele me ajudou a pôr segurança em uma das chaves do escritório. — Sério, vô? — Lilian se empolga e eu também. — Deve ter alguma coisa que os ajude nas coisas dele no porão de casa. Mas teriam que ir para Massachusetts averiguar. — Ela me lança um olhar curioso e eu a fito com expectativas. Seria a solução de tudo! Penso esperançoso. — Tudo bem vocês ficarem aqui com Alice enquanto vamos até a sua casa? — Ora, querida, você sabe que amamos ficar com a nossa garotinha! — Um sorriso grande e lindo se abre no seu rosto e ela abraça o avô, beijando-o várias vezes. — Bom, mas não farão isso agora, certo? Já está bem tarde e precisam dormir um pouco para fazer essa viagem. — Claro, vô! — Lilian sibila carinhosamente e após beijar calidamente a sua testa o observo sair do cômodo, e assim que a porta se fecha ela me beija animada. — Pronto par
Lili Trabalhos de escola, boletins, agendas, fotos com os amigos e de bailes, números de telefones das gatinhas, arquivos de escritórios, planilhas e uma imensa lista de endereços ... enfim, toda uma vida de um adolescente normal e de um jovem iniciante no mercado imobiliário, mas nada de pistas, nada de códigos e nada de nada! Já passa de meia noite e vencido pelo cansaço Dante apagou no sofá do escritório, porém, ainda tem uma caixa para ser aberta e eu não estou disposta a deixar para o dia seguinte. Quer dizer, mesmo que não aja nada que nos ajude dentro delas, ainda tem a possibilidade de encontrar alguma coisa na mansão Ricci, mas confesso que estou torcendo para encontrar o que eu preciso bem aqui. Não é covardia e nem medo, é só que... eu não sei se estou preparada para encarar a mulher que tornou a minha vida um abismo escuro de dor e de solidão. Faço o símbolo da fiquinha com os dedos, beijando-os antes de finalmente tirar o lacre da caixa e as minhas emoções desabam no me
Lili ... — PAI! — grito apavorada, encontrando o quarto ainda escuro. Agoniada, me livro do braço de Dante que envolve o meu corpo, visto uma roupa e vou imediatamente para a sacada em busca de ar. Faz tempo que não sonho com o meu pai, mas de verdade, essa é a primeira vez que sonho com ele no meio de uma discussão com Júlia. A verdade, é que eu nunca os vi discutir por qualquer assunto, mas esse sonho parecia real demais. A brisa fria da madrugada começa a aplacar toda a minha ansiedade e nervosismo, mas a agitação permanece crescente dentro de mim. Sem ter muito o que fazer, decido sair do quarto e fazer algo que eu gosto muito, e que faz muito tempo que não pratico, ir para a cozinha fazer doces. Descobri que esse tipo de culinária me acalmava logo que fui morar com os meus avós, assim não tinha tempo de pensar no passado e a minha cabeça focava melhor nos estudos. A prática me levou a perfeição e quando Alice alcançou a idade de comer guloseimas, comecei a criar alguns personal
Lili Meu coração se agita no peito quando penso na possibilidade de abri-lo e com uma respiração profunda tento a primeira senha que vem na minha cabeça. — Droga! — resmungo e olho para os lados em busca de uma dica, mas nada. Não tem nada aqui. Então faço uma sucessão de tentativas; minha data de nascimento, data do casamento dos meus pais, a data de aniversário dele. — Merda! — Começo a suar de ansiedade e penso em um número inusitado. — 15 - 04 - 20 - 11 e a portinha se abre. Chego a trincar o maxilar quando penso que a chave para a abrir é justamente a data da morte do meu pai. Me concentro em olhar o que tem lá dentro, mas não tem nada que me ajude ou que ajude o Dante. Exceto... Não pode ser! — Tome, querido, beba isso. Vai se sentir melhor! Lembro-me de uma cena, onde eles gritaram um com o outro assim que entraram em casa. Era tarde da noite e eles haviam acabado de chegar de uma festa. Eu não entendi bem o motivo da discussão, mas Júlia preparou uma bebida para ele e lhe o