Benjamin teria uma reunião importante no outro dia, e eu como a única sócia deveria acompanhá-lo, e mesmo cansada e com medo, iria. Afinal ele estava dando tudo pelo nosso futuro. Queria contar a minha surpresa para ele, mas não sabia como ele reagiria. James era todo carinho e atenção. Acho que eles estavam travando uma batalha. Eu que não iria ficar no meio disso. James parou o carro e esperou Ben descer. — Vou dormir na sala? – Ele me olhou. — Depois a gente vê. – Dei um sorriso amarelo.James queria falar comigo. Eu sabia disso.— Estamos a um passo de acabar com eles. – Ele colocou a mão no meu rosto. — Tentei te falar mais cedo, mas não tive coragem. — Então fala logo. — Pequena. Quero que venha morar comigo. Eu sei que é muito cedo, e não te peço agora, mas quero que saiba que te amo de verdade. Morar não aqui. ,– Ele apontou para a minha casa. — Morar na fazenda, onde Nicolas pode crescer longe dessa loucura toda.— Não vai ser fácil James. – Desviei os olhos dele. — Ele
Como sempre acordei mais cedo que Ben, estava dolorida e com a mão dormente, Ben havia se enrolado no meu casaco caro e dormia feito um bebê. Passei por cima dele e entrei no banheiro, tomei meu banho e tratei de me vestir no banheiro. Tinha uma reunião e nada melhor que o habitual uniforme de advogado, terninho preto, saia justa, meia fina preta e sapatos de salto fino. Prendi o cabelo, e depois soltei de novo. Abri o último botão na minha camisa de seda vermelha, estava ótima. Quando saí do banheiro Ben já tinha ido para o banheiro do quarto do Nicolas.Depois do café foi a correria que Ben gostava. Levamos Nicolas até a escola, e tivemos que encontrar o tal hotel. Ben arrumou briga no trânsito e quase parou, fiz um show dizendo que ia desistir de tudo e ele voltou a dirigir rapidinho.O hotel não era nada com o que imaginamos. Era coisa de rico. Fomos levados até uma sala privada de reuniões onde encontramos nossos quatro sócios.- Bom dia. - Benjamin adotou o advogado do diabo. A
Estava bufando de raiva. Benjamin me deixou para trás, me perdi dentro do hotel e fiquei vagando. Por sorte a aspirante a Wanda Vision me achou perdida e me guiou até a saída. Quando coloquei os pés para fora James acabava de estacionar o carro. E meu pobre coração pulou uma passada. Ele usava terno e um sobretudo feito por medida. O infeliz deu um sorrisinho vigarista e abriu os braços para mim.Atravessei a rua com cuidado para não estragar o clima megalorômantico e me joguei nos braços dele. Deus do céu esse homem foi feito com muito carinho, acho até que o pai dele tem um pincel nas partes baixas.- Estava com saudade pequena. - Ele falou no meu ouvido.Tentei regular a minha respiração e me afastei um tiquinho dele.- Preciso te contar uma coisa. - Fiquei séria.- Então ficará surpresa com o que tenho para te dizer sobre a carta. Mas vamos almoçar que estou com fome.James tinha baixado todas as músicas da minha cantora preferida, e mesmo não entendendo nada se arriscava a cantar
- Acho que nunca fui até o seu quarto. - Estava me sentindo ansiosa. Todo esse tempo nossa única transa foi na noite da cabana, e mesmo que tenha sido boa ele não estava saudável.James me guiou até o quarto dele. Bem arrumado, com os móveis em tom de ferro e preto. A cama enorme muito bem arrumada. O cheiro dele estava presente ali. James tirou o casaco e eu imediatamente senti meu rosto esquentar. Os olhos dele assumiram uma cor muito mais viva, mais brilhante. Ele caminhou até mim unindo nossos labios em um beijo lacivo.Ele me ajudou a tirar o casaco, abriu os botões da minha camisa de seda com os olhos colados em mim, a levou ao nariz e inalou meu cheiro.Novamente nos beijamos, eu mesma abri minha saia e a tirei, a meia foi uma dificuldade que causou até uma risada nervosa em nós. James percorreu o cós da minha calcinha com o dedo do meio, me deixando totalmente molhada.- James... - Gemi. - Por favor...- Vem pequena. Vamos tomar um banho, quero relaxar com você.O banheiro de
- Marjorie!Sentei alerta. James sacou a arma do chão e feito um gato pulou no meio do quarto subindo a cueca box. Por sorte coloquei a camisa dele e consegui fechar alguns botões antes da porta ser chocada contra a parede e um Benjamin bêbado e furioso passar por ela.- Você mocinha. - Ele apontava para mim. - Benjamin você está caindo de bêbado, volta pra casa agora. - Tentava me agarrar a camisa me sentindo mais que nua.Benjamin me encarou e começou a chorar. Ridiculamente.- Se ele te fizer sofrer pequena? Aí você vai ficar chorando ouvindo Marjorie Raoni,- Você trocou os sobrenomes cara. - James relaxou a mão da arma.- Você fez aquilo? - Ele sentou no chão. Benjamin bêbado era um pé no saco. - Com esse franguinho?- Ben, amanhã a gente conversa. - tentei colocá-lo em pé.- Você disse que tinha nojo de cara com peito cabeludo. - Ele limpou ás lágrimas com o dorso da mão. - Ele tem o peito cabeludo.- Tem um bocado de cabelo. - Helen entrou no quarto, mais bêbada que ele.-Benj
Helen foi mesmo até a escola do Nicolas. E não tinha carros da polícia ainda, nem carros de agentes do FBI. A escola estava vazia, o que indicava que James fez um escândalo dos bons sobre a segurança do Nic. Helen parou o carro meio atravessado em cima da calçada, eu estacionei o carro do meu pai na esquina, não queria que ele fosse buscar o carro furado de bala.Desci do carro apressada e antes de alcançar Helen um furgão branco parou com uma freada brusca, a porta lateral abriu e uma enxurrada de homens armados passou por ela.Se fosse eu corria, mas Helen não se deixou abalar. Estava usando a mesma roupa da noite anterior, calça de couro, blusa preta com uma estampa estranha e a famosa bota com pontas prateadas. Sinceramente não via ela como pediatra. Andreas foi o último a descer, e foi uma descida triunfal digna de filme. Usava camisa social azul escuro e calça de linho. O homem era lindo, com todo aquele cabelo grisalho, maldade acumulada, coxas grossas e uma bunda de dar arrepi
HelenAndreas respirava com dificuldade, pelo meu olhar crítico via pelo menos dois tiros letais ali. Ele morreria e eu descobri que não estava pronta para isso, mesmo ele sendo ruim eu ainda o amava. Minhas mãos estavam sujas de sangue e eu tentava desesperadamente parar os sangramentos.- Andreas. - Minhas lágrimas molhavam o rosto dele.Andreas não falava nada, mantinha o maxilar travado de dor, os olhos fixos em algum ponto ao longe. Estava com vergonha. Passei a mão no rosto bonito dele.- Escuta. - Ele disse com dificuldade. - Nunca deixei de te amar. Perdi tudo para vir te buscar Helen. Mi amore. - A voz dele era rouca. - Me perdoe por nunca ter te dado um filho Helen, por não ter a força de deixar tudo para trás e ficar com você...- Fica quieto Andreas. Por favor. - Beijei os lábios dele. - Não me deixa.- Apodrecer na cadeia ou morrer nas mãos da máfia? Prefiro a morte.- Fica comigo. - O desespero agarrava meu pescoço com mãos transparentes. - Muda de vida, eu vou com você
JamesNão pude ir até meu próximo destino como queria, tive que voltar em casa, entregar a carta na mão dos agentes da Nadja, revisamos as imagens da câmera de segurança interna e externa. Nas imagens vi que Marjorie desceu as escadas as exatas seis e meia, estava vestida graças a Deus. Helen levantou assim que ela saiu, foi até o quarto e quando voltou estava com um olhar resignado no rosto. Passou pela porta, lá fora pegou meu carro.- Senhor, temos as imagens da casa da Senhorita Raoni.Logo vi minha pequena entrando em casa, e vi consternado que dava para vê-la se trocando.- Vocês ficam vendo a Senhorita se trocando? - Encarei um dos seguranças do condomínio.- Claro que não. - Ele desviou o olhar da tela.Mentiroso. Ben já nem olhava mais para a tela, virou totalmente na direção do homem e cravou os olhos nele. - Isso é crime sabia? - Ele cruzou os dedos.- Não vi nada. Então não cometi crime nenhum.Benjamin ameaçou ficar em pé, deu trabalho para mantê-lo do meu lado, mas se e