- Marjorie!Sentei alerta. James sacou a arma do chão e feito um gato pulou no meio do quarto subindo a cueca box. Por sorte coloquei a camisa dele e consegui fechar alguns botões antes da porta ser chocada contra a parede e um Benjamin bêbado e furioso passar por ela.- Você mocinha. - Ele apontava para mim. - Benjamin você está caindo de bêbado, volta pra casa agora. - Tentava me agarrar a camisa me sentindo mais que nua.Benjamin me encarou e começou a chorar. Ridiculamente.- Se ele te fizer sofrer pequena? Aí você vai ficar chorando ouvindo Marjorie Raoni,- Você trocou os sobrenomes cara. - James relaxou a mão da arma.- Você fez aquilo? - Ele sentou no chão. Benjamin bêbado era um pé no saco. - Com esse franguinho?- Ben, amanhã a gente conversa. - tentei colocá-lo em pé.- Você disse que tinha nojo de cara com peito cabeludo. - Ele limpou ás lágrimas com o dorso da mão. - Ele tem o peito cabeludo.- Tem um bocado de cabelo. - Helen entrou no quarto, mais bêbada que ele.-Benj
Helen foi mesmo até a escola do Nicolas. E não tinha carros da polícia ainda, nem carros de agentes do FBI. A escola estava vazia, o que indicava que James fez um escândalo dos bons sobre a segurança do Nic. Helen parou o carro meio atravessado em cima da calçada, eu estacionei o carro do meu pai na esquina, não queria que ele fosse buscar o carro furado de bala.Desci do carro apressada e antes de alcançar Helen um furgão branco parou com uma freada brusca, a porta lateral abriu e uma enxurrada de homens armados passou por ela.Se fosse eu corria, mas Helen não se deixou abalar. Estava usando a mesma roupa da noite anterior, calça de couro, blusa preta com uma estampa estranha e a famosa bota com pontas prateadas. Sinceramente não via ela como pediatra. Andreas foi o último a descer, e foi uma descida triunfal digna de filme. Usava camisa social azul escuro e calça de linho. O homem era lindo, com todo aquele cabelo grisalho, maldade acumulada, coxas grossas e uma bunda de dar arrepi
HelenAndreas respirava com dificuldade, pelo meu olhar crítico via pelo menos dois tiros letais ali. Ele morreria e eu descobri que não estava pronta para isso, mesmo ele sendo ruim eu ainda o amava. Minhas mãos estavam sujas de sangue e eu tentava desesperadamente parar os sangramentos.- Andreas. - Minhas lágrimas molhavam o rosto dele.Andreas não falava nada, mantinha o maxilar travado de dor, os olhos fixos em algum ponto ao longe. Estava com vergonha. Passei a mão no rosto bonito dele.- Escuta. - Ele disse com dificuldade. - Nunca deixei de te amar. Perdi tudo para vir te buscar Helen. Mi amore. - A voz dele era rouca. - Me perdoe por nunca ter te dado um filho Helen, por não ter a força de deixar tudo para trás e ficar com você...- Fica quieto Andreas. Por favor. - Beijei os lábios dele. - Não me deixa.- Apodrecer na cadeia ou morrer nas mãos da máfia? Prefiro a morte.- Fica comigo. - O desespero agarrava meu pescoço com mãos transparentes. - Muda de vida, eu vou com você
JamesNão pude ir até meu próximo destino como queria, tive que voltar em casa, entregar a carta na mão dos agentes da Nadja, revisamos as imagens da câmera de segurança interna e externa. Nas imagens vi que Marjorie desceu as escadas as exatas seis e meia, estava vestida graças a Deus. Helen levantou assim que ela saiu, foi até o quarto e quando voltou estava com um olhar resignado no rosto. Passou pela porta, lá fora pegou meu carro.- Senhor, temos as imagens da casa da Senhorita Raoni.Logo vi minha pequena entrando em casa, e vi consternado que dava para vê-la se trocando.- Vocês ficam vendo a Senhorita se trocando? - Encarei um dos seguranças do condomínio.- Claro que não. - Ele desviou o olhar da tela.Mentiroso. Ben já nem olhava mais para a tela, virou totalmente na direção do homem e cravou os olhos nele. - Isso é crime sabia? - Ele cruzou os dedos.- Não vi nada. Então não cometi crime nenhum.Benjamin ameaçou ficar em pé, deu trabalho para mantê-lo do meu lado, mas se e
O celular nos deu uma direção, tínhamos alguns dos sócios presos, garotas recuperadas, mas Marjorie não voltou e nem sabíamos por onde começar a procurar já que a ligação estava demorando um bocado e eu já começava a entrar em Pânico. As desculpas sobre a viagem surpresa da Marjorie estavam acabando e Nicolas era bem esperto para saber que era uma bela de uma mentira, aliás ele me fazia colocar a mão no livro penal e isso me deixava tenso, o menino estava me dando pressão.Contei a Benjamin sobre a Jéssica, e ele entendeu até certo ponto.Eu havia acabado mais uma massacrante seção, estava na minha sala organizando os papéis do outro dia quando o celular tocou, primeiro olhei para o meu, depois para o do Orlando e atendi meio as pressas.— Sim? ,- Meritíssimo. – Ouvi a voz carregada de sotaque Italiano. – Quantos dias ela está com eles?- Pelo menos os anos de faculdade ensinaram alguma coisa. – Sentei na minha cadeira, tinha que alfinetar pelo menos um pouco. – Aquele safado do se
Quando acordei estava de volta as docas, meu peito todo doía, mesmo no escuro vi um hematoma enorme ali, meu rosto também doía pra caramba. Passei a língua, meus dentes embora doloridos estavam todos no lugar.— Você me deformou. – Escutei a voz do velho. Não o via.— Pensei que sua mãe tinha feito isso quando você nasceu. – Me apoiei na parede gelada. — Você não colabora Marjorie, podia te fazer minha coelhinha pelo tempo que eu quisesse, ia te mimar. Mas você é um animal.— Não preciso do seu dinheiro Joseph, eu estudei para ter meu dinheiro de forma digna. E não curto entorpecentes, se é isso que quer saber. Ele se mexeu, se aproximou e então eu vi, ele tinha um curativo enorme na orelha direita. Joseph estava de camisa sem manga o que me deu a visão de dois braços tatuados. Como ninguém nunca notou isso? Como James deixou passar essa informação? Helen foi casada com o filho do homem mais perigoso de Londres. — Você não vai me dar as provas. – Ele limpou a unha com uma adaga. —
Ao que parece a coruja velha resolveu mesmo me observar o tempo todo. Dei meu show de Samara, deixei o cabelo cair na frente do rosto e fiquei de cabeça baixa.- Você soltou aquele cachorro. - Joseph virou a cadeira de costas e sentou, deixando o falecido bem evidente entre o vão da cadeira.- Soltei? - Sorri para ele. - se você diz, eu é que não vou discordar.- Não ligo para ele Marjorie, só quero as provas, seu padrinho não entraria na sua casa por nada. - Olha chefe. Eu não colocaria a vida das pessoas ao meu redor para esconder uma merda de uma prova. Você já ferrou o bastante com a minha vida. Eu só quero que tudo termine, e se não for me deixar, me mata. Mas acaba com isso.Ele riu, uma risada seca e estranha que só saiu da boca mesmo, os olhos não se moviam. Joseph se levantou e caminhou até parar na minha frente, enfiou a mão no bolso. - Você está comigo agora garota, depende do que achar liberdade. Ainda mais depois do nosso passeio.- Passeio para onde? - encarei o velho.
- O garoto é esperto mesmo. - Nadja falou no telefone. - Meu contato me disse exatamente o que já sabia, sobre a localização, com a condição de esperar até as três da manhã. - Porque esse horario? - Falei vagamente.- Não disse. Mas... Fiquem esperto porque só poderão entrar com ajuda dele. Fiquem atentos á qualquer movimentação perto das três horas.- Ok.Eram exatas duas horas da manhã e Nicolas dormia enrolado ao Harry, não tinha ninguém para ficar com ele. Helen estava a caminho, só rezava para minha pequena estar viva, e que o maldito do Joseph não ter tocado em um só fio do cabelo dela...{Marjorie}Passado o efeito da droga, Joseph injetou mais uma seringa na minha coxa. Agora eu não ria ou tentava falar, tinha tantos machucados que era impossível ficar acordada, estava sofrendo de alucinações horríveis. Ele tocou em mim, da forma que quis, e eu agradeci por estar entorpecida ao ponto de alucinar várias coisas loucas. Dei uma olhada no relógio da cômoda dele. Duas e cinquenta