XXVIII
Oito anos atrás...

— Onde pensa que vai com essa roupa?

Davi entrou no quarto e me olhou.

— Eu vou levar o Nicolas para o meu pai ver. – Passei por ele.

Mas Davi segurou firme meu braço e falou bem baixo.

— Essa roupa está escandalosa de mais. – Ele me apertou mais ainda. – Seu pai nunca vem aqui. Você também não vai lá, se ele gostasse tanto de você tinha arcado com toda essa despesa.

Eu estava de calça jeans e camiseta de alça, a calça ficava um pouco apertada, mas as garotas que ele conhecia e dizia ser só amizade andavam pior. Além do mais Nicolas não era nenhuma despesa, pelo menos para ele.

Nossa relação era estranha. Depois que o flagrei com a garota dentro da casa da mãe dele, nós só fazíamos o papel de pai e mãe, pelo menos no papel mesmo. Por vezes ele dormia no meio certinho da cama, e eu tinha que dormir sentada. Ou quando Nicolas chorava ele me fazia sair de casa de madrugada e ficar andando pelo jardim até Rita abrir a porta, ou Nicolas dormir. Davi tinha aprendido a me
Jô Coelho

Por todas a Marjories que tem sofrem abusos e no fim se erguer tal qual um pássaro de fogo. Minha homenagem ❤️

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