Quando Ricard foi amaldicoado, minha mae tentou se matar diversas vezes e por ultimo apontou a espada sagrada contra meu pai. Minha família estava no fundo do poço e miserável. Não adianta nada ostentar prosperidade se por dentro estamos nos matando. Eu me sentia só. Algumas vezes me pegava chorando, com dúvidas do que fazer. Até que iniciou a expedição e conheci Amanda, aquilo foi como desfrutar de um novo amanhecer, que me chamava para viver de novo. Na primeira vez que nos conhecemos tive a certeza, que seria ela, seu jeito desleixado, sua língua presa e seu jeito bravo. Seus olhos azuis me deram esperança e eu nem sabia porque, até ela liberar meu irmão.Eu me perdi muito, por causa do desespero de ver meu irmão adormecido e estar vulnerável a aqueles que fazem e desfazem da nossa vida. Mas nunca me esqueci dela. Nós somos corações unidos pelo destino. Eu sei que com ela posso ter a alegria que tanto procurei.-- CADE OS MEDICOS.—Derek gritou atrás de mim.Entrei nos meus aposento
AMANDA.Assim que desperto me deparo com Christopher me encarando, atentamente. Será que ele não dormiu. Porque ele me encara como se eu fosse desaparecer a qualquer momento.Recordo de tudo que aconteceu ontem, e é como se eu tivesse dormido e tido um pesadelo, um pesadelo no qual eu vi Christopher chorando por mim desesperado. Será mesmo que não foi fruto da minha imaginação. Porque ele choraria por mim.-- Vossa majestade ele levantou e se sentou na cama. Então me abraçou do nada.-- Eu estava com medo, Amada—disse me apertando em seu abraço. Pega de surpresa, não sei como reagir.- Pensei que me odiasse. Porque se preocupou comigo.- Como eu odiaria a pessoa que eu mais amo?-- Mas, a Larissa, eu pensei que...—limpei as lágrimas me lembrando das coisas horríveis que ela me disse.-- Você é o amor da minha vida. No instante que tive certeza que você foi sequestrada eu senti um medo que nunca antes senti. Você é tudo que eu tenho. E por minha culpa você esteve em perigo. Te pedir pa
-- Amanda, para onde é que pensas que vais?- Viro-me lentamente para me dar de cara com a minha prima e fico de costas para a porta. Olha, tu vais só arranjar problemas com a mãe. Ela não gosta que saias para a floresta.—a encaro entediada, afinal, ela sempre diz isso quando quero sair—Amanda, sério. Tu, não devias fazer isso. Não é de bom tom que uma dama fique abanando um arco e flecha de um lado para outro.Revirei os olhos.-- Você usa esse vestido feio que rasteja no chão mas nem por isso, e fico reclamando. Ah. Mesmo quando fica inventando avarias para ir a cidade grande, eu não me meto nas suas escolhas. Então eu imploro encarecidamente que faça o mesmo comigo.Ela ficou chocada com a boca aberta, se movimentando como se fosse falar algo, mas apenas saiu um guincho agudo. Ela apontou-me o dedo e eu arquei as sobrancelhas desafiando a iniciar essa discussão. Ela recolheu o dedo e fechou a boca, emburrada, dei um sorriso convencido e dei meia volta.Mesmo quando sai de casa, ain
Acordo com o som do galo. Eu e Antonieta dormimos no mesmo quarto. Eu sou dois anos mais velha que ela, com vinte aninhos. Eu e Tônia, crescemos juntas, nossas mães viveram juntas até onde me lembro. Tia Di Meranca é irmã da minha falecida mãe, que perdeu a vida devido a uma enfermidade. Eu tinha 7 anos na época. Do meu pai, pouco sei, apenas de que perdeu a vida dois anos após meu nascimento. Em termos práticos, sou órfã de pais. Por outro lado, minha tia foi abandonada pela pessoa que engravidou logo que o mesmo teve conhecimento da gravidez. Do que eu sei, é que o mesmo já tinha três esposas, minha tia seria a quarta, não sei o que aconteceu, apenas que o mesmo desistiu da minha tia e nunca mais veio a ver.A história da minha família é triste, acho que é azar no amor, só que, em contrapartida, somos mulheres fortes e independentes.-- Coloque tudo na carroça, hoje irei connosco para o vilarejo, tenho muitas entregasTia Dimirança, é uma mulher de estatura média, gordinha, de cabelo
Tomamos café, depois fomos fazer nossas tarefas. Minha tia tirou o dia de folga para ficar conosco. Ela está pensativa. Quase como se estivesse divagando entre o passado e o presente. Eu não fiquei para escolher roupas para ir à prisão, peguei em Cry e corri para a floresta, voltei para amaciar.Sinto saudades, saudades de uma pessoa que mal lembro. Saudades da minha mãe, aposto que ela não me deixaria ir de mão beijada, ela era uma guerreira. Ia fazer de tudo para me ver feliz.Encarei meu reflexo no riacho. Meus cabelos volumosos cheios de no, minha sobrancelha ruiva, e meu rosto vermelho depois de chorar. Bati minha mão contra o reflexo fazendo a água se agitar.--- Ao mundo inteiro, sobrevivi.—a melodia sai num tom arranhando.--- Nesta batalha, não irei ceder.--- Aos poucos a imagem do meu rosto no riacho voltou a se formar --- Choquei perfeito, sem exitar, se me derrotam, poderei tentar... porque eu sou... eu sou...--- parei de respirar por um instante. Acho que já sei o que faz
Desperto me sentindo levemente enjoada, e antes mesmo de abrir as pálpebras, me recordo de tudo que aconteceu. Sinto como se estivesse dormindo em nuvens, por isso me levantei abruptamente, não reconhecendo o cômodo, no qual me encontro. Uma cama limpa e confortável, um armário, uma janela média, uma porta, e mais ao fundo, vejo o banheiro, por detrás de sinuosas cortinas.Droga. Onde eu estou?Olho para o meu colo e vejo que continuo com as mesmas roupas de antes. Mas não vejo sandálias. Ignoro esse pormenor e me levanto.Eu tenho de sair daqui.Me direciono a porta, segurou na maçaneta, e felizmente a mesma não está trancada. Abro e não vejo ninguém pelos corredores. Olho ao redor e vejo vários compartimentos espalhados na linha horizontal, e vertical, como se fosse um labirinto de residências.Com certeza esse é o palácio do imperador.Deve ser meio dia porque o sol está no pico. Sigo minha intuição e entro num dos corredores. Nunca estive aqui, mas com certeza, posso me orgulhar
(...)Minha pele ficou um pouco vermelha, por causa de todos os procedimentos, com os quais elas me fizeram passar. Depois disso me vestiram um lindo vestido, cor de vinho, colocaram brincos de pedras de jaspe, e um colar de ouro branco.-- Ouro branco, senhora?—questionou uma das serviçais.--Sim. -- disse Ruth com um estranho brilho nos olhos. -- Simboliza pureza.Quando me levaram, até a sala de jantar, que por acaso fica de portas abertas, para a lagoa, que está cercada, pelos pilares do palaniços, com lanternas amarelas iluminando o lago.O sol já havia se escondido, dando abertura para lua minguante. Apesar do olhar emocionado da imperatriz, o príncipe não deixou de passar seu olhar de reprovação por terem chegado atrasadas. A família real está no centro da sala, enquanto que os servos, devidamente organizados, servem. As serviçais entram comigo até o centro da sala, elas fizeram uma curva e se retiraram. Me deixando à própria sorte. Olhei em volta , e o único rosto que eu recon
Eu levei horas, para chegar à fronteira, mas com o cavalo real, foram apenas alguns instantes para voltarmos ao palácio, dessa vez ele me conduziu aos meus aposentos. Ele ficou me vigiando, enquanto os servos, colocavam grades, nas janelas e tranquetas nas portas. Como punição por tentar fugir, ele disse que ficaria sem jantar, e ficaria o dia todo trancada no quarto.Eu prometi me casar, com aquele príncipe desprezível. Isso nem sequer faz sentido, não me recordo de alguma vez ter visto. Ele me humilhou. Nunca. Nunca. Nunca. Vou amar um homem assim. Eu o odeio. Odeio. Odeio. Odeio.-- A Partir de hoje, terá aulas de etiqueta, e retórica. Daqui a três luas cheia, será o dia da competição, e a imperatriz a quer pronta para qualquer desafio. -- Ruth informou.-- Porque a imperatriz, está tão interessada, que eu aprenda tudo isso?—Ruth sorriu.-- Não sei ao certo, meu chute é que você conquistou o favor da imperatriz.-- Mas. Eu mal a conheço. Quero dizer, não conheço ninguém.Depois de